Marxistas - Textos Diversos LXXXVII
Roswitha Schols - Disparidades e Individualização
Pós-Moderna - Atalho:
1448 - Primeiramente, está aqui na pasta
“marxistas”, por engano. Elabora o conceito de valor dissociação. Eu o entendi
simplesmente como toda a “exploração extra” pra cima da mulher, seja em âmbito
doméstico ou no trabalho (a mulher ganha menos porque é menos isso ou aquilo…
Por exemplo). Noutra parte do texto, ela diz que não é apenas isso, mas não
entendi que mais seria.
1449 - Agora, na era da globalização, termina
definitivamente a sociedade de classes (grandes grupos), sem que se ultrapasse
o capitalismo, aliás, a sociedade do valor-dissociação. (Terminou não).
1450 - No
nacional-socialismo também os Sinti e os Roma [ciganos, (N.T.)] foram
exterminados de forma sistemática, o que frequentemente é totalmente ignorado. Eram
associais e criminosos por natureza.
1451 - Texto abstrato pra caramba.
Rui Ferreiro - Crítica a João Bernardo:
1452 - Quase um livro. Idioma chato de ler. Numa
parte, afirma que JB não levou em conta que só houve burocracia na Rússia
porque a mesma precisava de um capitalismo de Estado para alcançar os países
desenvolvidos…
1453 - (Eu ainda não li o tal livro de JB então
estou aproveitando pouco este texto. Porém, tenho a impressão de que ele coloca
muitas teses/palavras na boca de JB. Tenho que ver o que é crítica real e o que
é crítica-espantalho)
1454 - Grundrisse: “as leis do capital não se realizam plenamente senão dentro da
competição ilimitada e a produção industrial.”.
1455 - Diz que o partido bolchevique representou
desde o início os interesses da pequena burguesia radical. Era impossível
passar ao comunismo lá.
1456 - Coloca que o capitalismo planificado, para
JB, seria a evolução do desenvolvimento capitalista, como se a classe dos
gestores passasse a ser a principal ou, no mínimo, ainda mais importante. O
neoliberalismo o teria desmentido.
1457 - Coloca que, para Marx (e Bernardo não
visualizaria isso), as funções do gestor continuariam existindo num cargo eleito
democraticamente (controlado e tal), mas apenas parcialmente. Parte de suas
funções é inútil e essa deixaria de existir.
1458 - Afirma, segundo entendi, que a remuneração
dos gestores não deve cair, pois são necessários numa primeira fase, e sim a
dos demais trabalhadores deve ser elevada a um patamar semelhante com o
contínuo desenvolvimento da produção.
1459 - Para JB, os gestores não seriam classe
trabalhadora, por não produzirem mais-valia, nem proprietários, pois não são
donos dos meios de produção.
1460 - (Obs.: Boa parte das questões deste texto
eu não entendi muito bem qual é a discordância prática e-ou onde o autor quer
chegar. Talvez seja o mal de ler texto avançado em condições precárias - sobras
do trabalho - e antes de ler o “texto criticado”, embora haja citações)
1461 - Bernardo colocava que Hitler e os nazis
ambicionavam um escravismo de Estado e que isso poderia ser um dos
desenvolvimentos do capitalismo. Coloca que tais gestores salvaram o
capitalismo da incompetência burguesa do período, incapaz de se renovar. Nos
EUA, considera que burgueses e gestores forjaram o New Deal. Cita até um
discurso de Mussolini (acho que no “Labirintos…”).
1462 - Rui argumenta que não se trata de uma nova
classe, mas a transformação histórica da classe capitalista. A
importância/consequência prática disso me faltou.
1463 - “O proletariado ou é revolucionário ou é
nada” disse Marx, numa carta de 1865. Isso porque ser classe, para o alemão,
exige essa consciência. Tem que haver um práxis coerente a sua oposição com o
capital, afirma Rui.
1464 - Afirma que se usarmos o materialismo
histórico iremos identificar que o problema com as instituições criadas pela
classe trabalhadora não foi nem de corrupção de direção, nem de corrupção da
forma organizativa (como quer JB, afirma) ou decisória. O problema seria mais
que burocratização e-ou autoritarismo, mas sim a finalidade social prática para
o qual a instituição foi criada. Naturalizar trabalho assalariado e Estado
seria um erro, a finalidade não poderia ser melhorar as condições de vida dentro
dessa sociedade.
1465 - ...Seria mais uma questão de “culpa” da
passividade da base (ou descompasso entre os objetivos desta e da cúpula) que
propriamente da burocratização. Esta seria consequência dos objetivos reais da
organização, não de autoritarismos.
1466 - ...Assim, os gestores conseguem fazer o
que fazem com o movimento operário em razão do, no mínimo, não-avanço da
“base”.
1467 - Traz o texto de Anton Pannekoek sobre a
nova classe média, que seria mais de proletários qualificados altamente explorados
que propriamente uma pequena burguesia com
negócios próprios, como antigamente.
1468 - Diz que a nova classe média não é reaça,
por não ter meios de produção. (Duplo engano).
1469 - Pannekoek afirma que há tanta
estratificação e possibilidades de promoções nas camadas mais altas do
proletariado que o movimento sindical só pode ser puxado mesmo pelo
proletariado “inferior”, digamos.
1470 - Rui defende que tecnocratas/gestores e
intelectuais também compõem a classe capitalista. A classe gestorial não pode
atuar independentemente de quem efetivamente controla os meios de produção,
defende. Isso seria alterar a relação estrutura-superestrutura.
1471 - Noutra parte afirma que o gestor é um
intermediário/mediador entre capitalista e proletário, sendo assalariado e
tendo poder de comando ao mesmo tempo.
1472 - Crê que os gestores só conseguem
desenvolver o capitalismo com a ajuda da burguesia, do “espírito” desta ou
transformando-se nesta. A URSS seria a prova.
1473 - Os gestores não têm, para Rui, interesses
diferenciais, em relação à burguesia. Só se batem contra esta em casos
críticos, não é algo constante. Não há interesse antagônico.
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