Marxistas - Textos Diversos LXXXII
Resposta ao Texto de Miguel Urbano Rodrigues:
1363 - É uma resposta a uma crítica que Miguel
Urbano Rodrigues fez (defendendo timidamente Stálin, segundo Sérgio Domingues)
a um livro de Domenico Losurdo sobre Stálin.
1364 - Sobre Stálin querer apenas uma
“transição”... É possível que nunca
saibamos o quão sinceras eram certas afirmações de Stalin. Já o fato de que ele
tenha chefiado um Estado sanguinário para assegurar uma industrialização
tipicamente capitalista o sabemos perfeitamente. A própria “abundante
documentação” trazida à luz por Losurdo e citada por Urbano pode fornecer as
evidências. Segundo tais documentos Stalin estava convencido de que, após a
derrota de Hitler, uma aliança com os Estados Unidos e a Inglaterra teria início.
E, com ela, uma “era de boas relações com o Ocidente capitalista”.
1365 - “Gulag é confortável” (Urbano) realmente é
um argumento muito tosco. Há quem fale bem de Auschwitz. E é neste momento que a argumentação descamba para uma espécie de
campeonato de maldades. São listados os vários massacres promovidos por
governos capitalistas. Do uso da Austrália como a Sibéria oficial da Inglaterra
imperial aos linchamentos de negros no sul dos Estados Unidos. Churchill,
Roosevelt, Patton são responsabilizados por crimes sangrentos cometidos na
África, Ásia, América Latina.
1366 - Churchill e Roosevelt terem elogiado
Stalin não o ajuda em nada.
1367 - Segundo o texto, “Até as vésperas do ataque alemão à Rússia, provisões soviéticas
continuavam a abastecer a economia alemã. Os avisos de que tropas alemãs se
concentravam na fronteira russa foram solenemente ignoradas até que começou a
invasão. Milhões de russos foram mortos graças ao gênio estratégico do
estadista soviético.”
1368 - Afirma que Trotsky queria aliança com os
social-democratas contra os nazi. Já Stálin, embora não pregasse o contrário,
chegou a no mínimo “não ligar” para tumultos causados em parceria com os nazis
em comícios dos social-democratas.
Ricardo Antunes - O Caráter Polissêmico e Multifacetado
do Trabalho:
1369 - Quem é a classe: ... totalidade dos assalariados, homens e mulheres que vivem da venda da
sua força de trabalho ¬ a classe-que-vive-do-trabalho, conforme denominação que
introduzimos nos livros Adeus ao Trabalho? e Os Sentidos do Trabalho (Antunes,
2002a e 2002b) ¬ e que são despossuídos dos meios de produção.
1370 - Terceirizados, subcontratados e part-times
estão incluídos nisso aí. Antigamente esses eram apenas imigrantes, chicanos
etc. … Hoje atinge todo mundo.
1371 - Cita ainda a tendência de expansão do
trabalho em domicílio e pequenas unidades produtivas (têxtil, por exemplo) e do
terceiro setor.
1372 - Contra a transnacionalização do capital,
cabe a internacionalização da luta: “A
unidade produtiva em Flint, que desencadeou a greve e fornecia acessórios para
os automóveis, ao paralisar suas atividades afetou as demais unidades,
paralisando praticamente todo o processo produtivo da GM por falta de
equipamentos e peças.”
1373 - Trabalhadores improdutivos, do serviço
público e etc., também compõem a classe.
Ricardo Antunes - Socialismo Hoje - Alguns Pontos
Para o Debate:
1374 - Sem novidades em relação a textos
anteriores. É um resumo de conclusões.
Ricardo Antunes - Trabalho e Precarização Numa
Ordem Neoliberal:
1375 - A
experiência dos países asiáticos como a Coréia, Hong Kong, Taiwan, Cingapura,
entre outros, inicialmente bem sucedidos na expansão industrial recente, são,
em sua maioria, exemplos de países pequenos, carentes de mercado interno e
totalmente dependentes do Ocidente para se desenvolverem (Kurz, 1992). Não
podem, portanto, se constituir em modelos alternativos a serem seguidos ou
transplantados para países continentais, como Índia, Rússia, Brasil, México,
entre outros.
1376 - Trabalhadores desempregados, do exército
industrial de reserva, também compõem a classe trabalhadora.
1377 - Toyotismo: fundamenta-se no trabalho operário em equipe, com multivariedade de
funções.
1378 - Texto sem grandes novidades em relação a
outros que já li.
Ricardo Prestes Pazello - Marx Sobre Bolívar:
1379 - Resumidamente: Marx esculhambava Bolivar e
seu projeto para a América Latina. Um ditador bonapartista, em suma. O texto
não traz muitas citações de Marx.
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