Anarquistas - Textos Diversos IV

Anarquismo na África - Ana:

64 - Afirma que na África as pessoas tem menos fé no Estado que as pessoas do “primeiro mundo”. Extorsões abertas do Estado e exército são comuns. Por fim, menciona que há grupos anarquistas surgindo em alguns países. Não dá detalhes.

 

Anarquismo na África do Sul - Ana Entrevista Jonathan Black:

65 - Entrevista membro da Federação Zabalaza. O interesse pelo anarquismo no país surgiu na década de 90. Só nesta década (00), começaram os primeiros passos.

66 - Ações do grupo: “propaganda, educação e difusão em forma escrita, editorial, distribuição de literatura anarquista, realização de fóruns de educação política, participação nos movimentos sociais, na organização da comunidade e nas prisões”.

67 - A tradição anarquista existiu lá em 1900 a 1920 em algumas organizações, mas a ditadura nacionalista e o apartheid jogaram por terra tais ideias, afirma.

68 - Querem, atualmente, libertar presos políticos anti-apartheid.

69 - Inicialmente só conseguiam atrair brancos (para o anarquismo).

70 - Lamenta que sejam poucos e sem dinheiro.

71 - Cita alguns países africanos com pequenos grupos anarquistas. “Na Nigéria existiu há alguns anos, uns cinco anos (quase uma década talvez), a Liga de Consciência de anarco-sindicalista, que creio chegou a ter quase 1000 membros, embora me pareça que não existe mais. No ano 2000 ou 2002 tinham instalado um rádio, mas não estou seguro que siga funcionando.”

 

Anarquismo na Espanha - Thales Prescivalle e Pedro Paulo Barata:

72 - Em 1840, camponeses foram desapropriados pelo Estado em favor de grandes fazendeiros. O que fizeram? “seguiram um "ritual" quase que pré-programado. Eles mataram os guardas, sequestraram padres e funcionários, incendiaram igrejas, queimaram registros cadastrais e contratos de arrendamentos, aboliram o dinheiro, declararam sua independência em relação ao Estado, proclamaram comunas livres e exploraram coletivamente a terra. Porém, tudo isso ocorreu anos antes do surgimento das idéias libertárias.”

73 - Em 1845, um discípulo de Proudhon, Ramón de La Sagra, fundou em Coruña o jornal El Provenir que, apesar de ter sido fechado imediatamente pelas autoridades pode ser considerado o primeiro periódico anarquista.

74 - Em 1968, a agitação de Fanelli e dos anarquistas levou a rainha a se exilar, afirma o texto.

75 - O fim do século XIX é marcado por intensas repressões com alguns períodos de “liberações”. Anos de clandestinidade. Entrada no século XX: “Anos mais tarde, os anarquistas tomaram a CNT- Confederação Nacional do Trabalho- e evitaram a formação de uma burocracia permanente dentro desta”. Foi dissolvida em 1924 (repressão).

 

Anarquismo na Finlândia - Ação Direta - Ana:

76 - Aqui é de 2005. Uma brasileira radicada no país afirma que “o anarquismo (lá) é majoritariamente composto por jovens que não passam dos 30 anos de idade, e é equilibrado o numero de ativistas homens e mulheres”.

77 - A Ocupação “Siperia” - meio que um centro cultural - foi um espaço de antiautoritários que acabou sendo dividido com os “pós-modernos”, sob os quais quiseram os anarquistas exercer influência. O racha veio com a decisão dos pós-modernos de se candidatarem ao parlamento para criticar o sistema…

78 - Não possuem água encanada e alguns são “freegans”.

 

Anarquismo na França - Thales Prescivalle e Pedro Paulo Barata:

79 - Mas, até o final de 1870, o que prevaleceu na França foi a doutrina mutualista. Esta perdeu a sua influência para as idéias coletivistas através destes Bakuninistas: Elisée Reclus, Benôite Malon, Albert Richard e outros

80 - A Comuna congregava revolucionários de todo tipo.

81 - Em 1884, começou uma série de atentados anarquistas: “Eles foram presos mas nada se provo contra eles. Isto fez com que o governo francês, em 1883, promovesse em Lyon o famoso processo contra 65 libertários. (...) No mesmo ano, Louis Michel e Emile Pouget lideraram mais ou menos 500 manifestantes contra as ações ilegais do governo contra os anarquistas. Apesar de terem sido presos os dois e todos os condenados de Lyon receberam a anistia, devido à indignação da opinião pública.”

82 - Foi por conta de Ravachol que mais uma fase violenta teve início: de 1892 à 1984 foram cometidos onze atentados à dinamite, que resultaram em nove mortos. O ministro residente da Sérvia sofreu um atentado e o presidente foi apunhalado e morto. O país inteiro estava amedrontado e os instrumentos de ação utilizados pelo governo acabaram com a imprensa libertária, processaram os líderes e dissolveram os grupos autônomos.

83 - O jeito foi focar em comunidades rurais anarquistas e criar escolas libertárias até a metade do século XX.