Dados e Fatos (Mundo) - PP - Governo Lugo e Massacre de Camponeses no Paraguai (Anuncio Martí e Emilio Gonzalez)
Anuncio Martí e Emilio Gonzalez - Governo Lugo e Massacre de Camponeses no Paraguai (PP):
603 - Cenário: “Na região de Curuguaty, departamento (Estado) de Canindeyú, onde a maior parte de seus quilômetros quadrados é latifúndio em mãos de ricos mafiosos do Paraguai e fazendeiros brasileiros e de outras nacionalidades estrangeiras, foram massacrados 13 camponeses sem terra (junho de 2012). Na tentativa de despejar os sem terra, acampados numa fazenda, 6 polícias militares perderam também a vida ao deparar com uma forte resistência de parte dos camponeses.” A mídia caiu matando. Policiais heróis e camponeses terroristas...
604 - Lugo se aproximou de alguns movimentos campesinos para passar a imagem de “governo popular”, afirmam os autores.
605 - A fazendo era de um político/grileiro safado do Partido Colorado e argumenta-se que a aquisição foi irregular. Nem assim Lugo conseguiu liberar pra reforma agrária.
606 - A aliança com o repressor de camponeses: “Depois do massacre o governo tirou o ministro do Interior Carlos Filizzola (social-democrata) e colocou no seu lugar Rubén Cándia Amarilla do Partido Colorado, com o qual o Lugo deu uma nova mensagem contrária aos interesses populares, cedendo mais uma vez à direita, desta vez para agradar e acalmar ao partido fascista da ditadura, seu principal adversário eleitoral.”
607 - Lugo não avançou com a reforma agrária, o que ajuda a manter os conflitos no campo, afirmam. Foi mera promessa política de campanha, inclusive a de recuperar as terras roubadas. O presidente teria insinuado que há “infiltrados” entre os camponeses. Grande defesa.
608 - O massacre na fazenda Morombí tem como antecedentes políticos importantes o envio em 2011, por própria iniciativa de Lugo, ao Congresso do Paraguai da Lei Antiterrorista, na contramão das conquistas do movimento popular paraguaio. A lei foi aprovada rapidamente pela direita, maioria no Congresso.
609 - Foi tudo numa reintegração de posse.
610 - Lugo foi acusado de passar a mão na cabeça dos sem terras.
611 - Organizados mais sistematicamente a partir dos anos 90, os campesinos passaram a contestar os precários títulos de propriedade concedidos desde os anos 70, ocupando fazendas e áreas consideradas fruto de grilagem, e pressionando pela imediata reforma agrária.
612 - A imprensa, sempre do lado dos ricos, seja de que nacionalidade eles forem, apresentou o ódio dos camponeses pelos fazendeiros “brasiguaios” como xenofobia atrasada.
613 - Outro texto defende que acaba havendo sim, embora por isso, certa xenofobia e nacionalismo exacerbado nos movimentos campesinos paraguaios. E a pauta se resume à retomada das terras, não tendo aquela diversificação típica do MST, a quem são sempre comparados.
614 - Extrema-direita - como o senador em questão - e campesinos queriam as mesmas terras. Para a classe patronal, a perspectiva de revisão dos títulos de propriedade concedidos por Stroessner aos brasileiros, além dos conflitos entre campesinos e brasiguaios, se apresentou como uma excelente oportunidade para ela se apoderar dos ricos empreendimentos do agronegócio.
615 - Não cita a fonte. Se verdade, é um dado assustador: “Além disso, cerca de 90% das terras do país se concentram nas mãos de apenas 10 famílias.”
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