Anarquistas - Textos Diversos I
Anotações Sobre “Os Anarquistas”.
Obs.: Estes textos da pasta NÃO estão organizados por ordem de data. Ordem alfabética.
A Abstenção Eleitoral nas Democracias:
1 – É de JB por sinal. Inicia com a constatação de que a população sabe que as eleições são engodos. Costumam votar não em alguém, mas sim contra alguém ou partido. (Talvez ele esteja exagerando, mas há certa razão nesse raciocínio)
2 - A democracia representativa dos EUA tem mobilizado ⅓ (especialmente nas que são apenas para o Congresso) a ⅔ (especialmente nas eleições presidenciais em contexto de crise e polarização) dos eleitores desde a década de 60 ou 70.
3 - Na França, há a queda com o passar dos anos também, mas ainda é substancialmente menor (a abstenção) que nos EUA. De 60 a 80% do povo (votam).
4 - UE e o Parlamento Europeu: “A participação média nos dez novos países foi de 27%, enquanto os quinze países membros de mais longa data registaram 50% de participação”.
5 - Interessante: “quanto mais vigorosa era a tradição de luta contra o sistema soviético, menor era o interesse pelas eleições”. E tem caído. A Bulgária, por exemplo, uma das mais quietas, teve taxas de interesse razoavelmente superiores às da Polônia e Hungria.
6 - … A ideia de que não estavam preparados para a democracia não cola, pois na Portugal pós-ditadura fascista a primeira eleição contou com o interesse de 91% do eleitorado!
7 - Na Colômbia a abstenção supera 50% em boa parte das eleições. Fica uma democracia meio estranha.
8 - Nem o chavismo alterou muito as taxas de abstenção da Venezuela.
9 - As taxas dos referendos, pelo mundo, variam muito com o tema, mas não costumam ser mais altas que as eleições presidenciais, por exemplo. Em verdade, desde algumas décadas tem sido bem mais baixa - Itália, Portugal, Suiça… Com menos da metade votando. No Leste Europeu é pior ainda. Metade é sucesso.
10 - Defende que "o que tem afinal ocorrido é a transformação gradual das democracias representativas em autoritarismos tecnocráticos, e o crescimento das abstenções é um indício deste processo."
A Literatura Anarquista dos Anos 1900-20:
11 - Já fichei em “dados…”.
Acácio Augusto - Anarquistas Versus Sistema Penal:
12 - Antes de qualquer “tribunal popular”, há de se pensar onde um tribunal se encaixa na justiça popular.
13 - Muita coisa mal explicada no texto. Talvez pelo tamanho. Gostei não.
Acácio Augusto e Edson Passetti - Anarquismos Agora:
14 - Na verdade é uma resenha do livro dos dois sobre anarquismo e educação.
15 - Não sei se o livro é vazio, mas a resenha me pareceu vazia.
Ação Direta:
15 - Texto de 1998.
16 - O temor dos capitalistas quanto a uma greve é que ela se estenda, se generalize. Podem enfrentar greves fragmentadas. As gerais são perigosas. Por isso, o texto defende que propagandear a greve para ganhar adesões é fundamental (imagino que na propaganda esteja implícita a articulação)
17 - Sindicatos católicos, socialistas, étnicos e suas burocracias sindicais… “Numa greve selvagem, caracterizada pela ação direta, as diferenças perdem a importância e o interesse, porque a unidade é uma necessidade vital.”
18 - A greve selvagem, porém, para vencer, tem que se converter em greve de massa!
19 - Os delegados de uma grande greve não são burocratas. Nascem da necessidade de unificar (na ação!) o movimento e clarificar os objetivos. Ademais, devem ser “braço estendido” da assembleia, digamos assim.
20 - Esses comitês de greve podem ser embriões dos conselhos operários.
Alexandre Nogueira - O Anarquismo Como Método de Análise Geográfica:
21 - No anarquismo, não há submissão a leis ou obediência a autoridades. É a cooperação não-governamental entre indivíduos livres, produtores e consumidores, que organiza a sociedade.
22 - Kropotkin crê ser crescente a necessidade de associações voluntárias com cada vez mais fins.
23 - Winstanley (1649) e William Godwin (1793) foram pioneiros filosóficos, digamos assim.
24 - Kropotkin diferia de Godwin, Tolstoi e Proudhon, que acreditavam que o anarquismo viria através de métodos não-violentos…
25 - Réclus, francês de origem humilde, e o russo Kropotkin eram anarco-comunistas de certa forma contemporâneos. Ambos geógrafos.
26 - Explica que os geógrafos anarquistas se preocupavam com o aspecto social da disciplina e como essa podia ser usada para combater preconceitos (nacionalismo, por exemplo) e explicar injustiças, digamos assim.
27 - Réclus criticava, por exemplo, o determinismo geográfico e o seu “unicausalismo” (digamos), como querer explicar a situação de um povo pelo clima ou relevo.
28 - “O meio é sempre infinitamente complexo”.
29 - Kropotkin propunha uma coletivização sem existência de salários. A necessidade material e o consumo guiariam a produção e não o lucro ou necessidade de ter dinheiro.
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