Anarquistas - Textos Diversos III - Anarquismo Insurrecionário

 

Anarquismo Insurrecionário:

42 - Stirner diferencia revolução de insurreição. Não explica bem.

43 - Federação Anarquista Italiana: uma organização plataformista que rejeita oficialmente os atos individuais de revolta, favorecendo apenas as ações de massas e uma pratica educacional e evangelizadora centrada em propaganda em 'períodos não revolucionários'.

44 - Como se mede a importância de uma revolta ou insurreição?: Se os estudantes continuarem a estudar, se os trabalhadores e funcionários de escritório continuarem a trabalhar, o desempregado unicamente se esforçando em arranjar emprego, então a mudança não será possível. Podemos olhar como inspiração os exemplos de maio de 1968 em Paris, na Itália na década 1970, ou mais recentemente a insurreição na Albânia.

45 - A revolução deve ser constante ponto de referência para o presente e não para o futuro, defende. Insurreições diárias. Ataques modestos. Ação direta. Ocupações e greves. Ataques a empresas e ou megaprojetos...

46 - Distribuição e extensão são importantes: “para que nem o exercito nem a policia sejam capazes de controlar a distribuição generalizada de tais atividades autônomas”.

47 - O sistema não teme o ato de sabotagem em si, mas sim que ele se espalhe socialmente.

48 - Nos Estados Unidos, uma seqüência de incêndios em projetos ambientalmente prejudiciais, alguns reivindicados pela E.LF. (sigla em inglês para Earth Liberation Front, "Frente de Libertação da Terra"), tem se espalhado pelo país devido a simplicidade básica da técnica.

49 - Bakunin foi expulso da Internacional em 1872. Desde então, a conquista do poder político passou a ser central para tal organização, afirma o texto.

50 - Malatesta, embora entusiasta da luta coletiva (e não da revolta individual, como alguns anarquistas), sempre teve muitas desconfianças com as organizações: “Esta foi a base de sua divergência com os plataformistas russos - que tentaram criar uma organização revolucionária centralizada e unitária.” Não concorda com a tentativa de se ter “uma única organização”.

51 - Galleani tinha mesma desconfiança com qualquer tipo de organização formal. Podiam se tornar autoritárias. Era insurrecional, ainda, por não querer esperar quaisquer condições para derrubar o Estado e o capitalismo.

52 - Para muitos, não existe contradição entre individualidade e comunismo: “a individualidade apenas pode florescer quando existe a igualdade do acesso as condições de existência. Esta igualdade de acesso é o comunismo”.

53 - Não é que sejam contra estratégias. Apenas acreditam que a luta individual e a coletiva não é contraditória (nem idêntica): “mesmo atos solitários de revolta possuem seu aspecto social e são parte da luta geral dos despossuídos.”

54 - Itália dos anos 70: “Durante a década de 1970 muitos grupos leninistas concluíram que o capitalismo passando pela sua crise final, e então se moveram para a luta armada. Estes grupos atacaram como revolucionários profissionais, reduzindo suas vidas a um papel social singular.

55 - Pequenos furtos contra o patronato: “a coletividade existe para servir os interesses e desejos de cada individuo na reapropriação de suas vidas e muitas vezes carregam nisto um conceito de modos de relações livres de exploração e dominação”.

56 - Organizações permanentes e únicas (centralistas) tendem a se limitar com o tempo (por se tornar um fim em si mesma), acredita. Desenvolvem hierarquias nem que seja informalmente…

57 - Defende que a opinião pública é meio que irrelevante. Trata-se da opinião da mídia, em primeiro lugar. Logo, critica as lideranças que passam a se preocupar com a “imagem do movimento” e etc., freando as ações.

58 - A organização deve se dissolver assim que a ação atinge seu objetivo. Inclusive têm como princípio que “A menor quantidade de organização necessária para alcançar um objetivo é sempre o melhor para maximizar nossos esforços.”

59 - Planos? Só se forem adaptáveis e descartáveis.

60 - Contra qualquer tipo de negociação com o inimigo.

61 - A solidariedade revolucionária, uma outra pratica central do anarquismo insurrecionário, nos permite ir para além do estilo de solidariedade "mande um cheque" que é tão penetrada na esquerda, assim como a solidariedade que permanece em petições ao estado ´para assistência ou piedade.

62 - … Dá um exemplo de solidariedade. O ativista Nikos Maziot colocou uma bomba no ministério da indústria para detonar quando estivesse vazio, o que não ocorreu. Isso era para apoiar a luta de campesinos contra uma mineradora. Nikos foi condenado a 50 anos de prisão apesar de “não ter reconhecido a autoridade” em discurso no tribunal.

63 - Aceita a união provisória de grupos com diferentes objetivos de longo prazo desde que haja concordância quanto a ação a ser feita.

 

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