Anarquistas - Textos Diversos VII (Bakunin)

 

Bakunin - O Estado - Alienação e Natureza - BPI:

137 - A liberdade do “todo” em nome da qual os indivíduos devem renunciar parcialmente à sua liberdade é nada mais que uma “abstração humilhante”, segundo Bakunin.

138 - Achei o texto muito teórico. Ao contrário do anterior, é mais panfletário que “de desenvolvimento”, digamos assim.

 

Bakunin - Programa e Objetivo da Organização Secreta Revolucionária Irmandade Internacional:

139 - Texto de 1868. Muito mal escrito/traduzido. Aliás, a BPI como um todo tem esse problema.

140 - Nega o livre arbítrio e coloca o ser humano como vítima do meio social e das organizações. Punir os criminosos é, portanto, hipocrisia. Não chega a se aprofundar nisso. Os únicos a ser punidos, inclusive com a morte, são os que tentam defender as atrocidades da sociedade.

141 - Diz que jacobinos e blanquistas querem tão somente uma Estado centralizado, uma ditadura. O socialismo é meio… Afirma que são inimigos, eis que futuros ditadores.

142 - Devem assumir os meios de produção a associação dos trabalhadores, não o Estado.

143 - Mandatos revogáveis no conselho revolucionário das comunas, defende.

144 - A federação deverá crescer não pela ação de comissários com suas “distinções” e sim pelo envio de propagadores revolucionários que incentivarão o meio rural e outras localidades a se unirem à federação.

145 - Defende que a “federação livre de associações agrícolas e industriais, organizando-se de baixo para cima por meio da delegação revolucionária abrangendo todos os países insurrectos em nome dos mesmos princípios, independentemente das velhas fronteiras e das diferenças de nacionalidade, terá por objetivo a administração dos serviços públicos e não o governo dos povos. A aliança da revolução universal contra a aliança de todas as reações será a nova pátria.”

146 - Em tal momento deve haver unidade de ação e pensamento nessa aliança, que se daria através da “Associação Secreta e Universal Irmandade Internacional”. Seriam duas ou três centenas de revolucionários, uma espécie de minoria ativa. Explica: “o exército deve ser sempre o povo - mas uma espécie estado-maior revolucionário composto de indivíduos dedicados, enérgicos, inteligentes e, sobretudo, amigos sinceros, e não ambiciosos nem vaidosos, do povo, capaz de servir de intermediário entre a idéia revolucionária e os instintos populares.”

 

Bakunin - Um Federalismo Anarquista:

147 - Aqui o ano é ainda 1868. Queria dialogar com humanitários e “progressistas” e lançou este documento.

148 - Defende o “Estados Unidos da Europa”, para impedir a guerra entre os irmãos europeus.

149 - Uma confederação internacional não poderia abrigar qualquer Estado centralizado militar, mesmo república.

150 - Defendia a federação livre dos indivíduos nas comunas, das comunas nas províncias, das províncias nas nações, enfim, destas nos Estados Unidos da Europa primeiramente e mais tarde no mundo inteiro. Todos esses grupos devem ter total autonomia desde que não possa ameaçar os vizinhos. Permanece o direito de livre reunião e o de qualquer secessão.

151 - Nacionalidade é permitida desde que não queria se impor a todos. “o direito de nacionalidade unicamente poderá ser considerado pela Liga como uma conseqüência natural do princípio supremo da liberdade, deixando de ser um direito no momento em que se coloca quer contra a liberdade, quer fora da liberdade.”

152 - Também o patriotismo só existirá se dentro da liberdade, não para oprimir.

 

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