Nildo Viana - Textos IV
Nildo Viana - O
Governo Lula ou As Ilusões Perdidas:
59 – Afirma que o PT desde sua gênese já era hegemonizado por setores
da socialdemocracia. Com o tempo, foi se tornando cada vez mais conservador
nessa orientação.
60 – Livro de Robert Michels em 1914: “Segundo a tese deste autor, o crescimento partidário/eleitoral promove
a tendência de burocratização e criação de novas camadas pequeno-burguesas no
partido. Estas, uma vez criadas, passam a ter interesses próprios e a dirigir o
partido para satisfazer tais interesses e não mais por lutar pelo
"socialismo" ou coisas do gênero.”
Nildo Viana - O Marxismo Libertário de Anton Pannekoek:
61 – Era a Liga espartaquista de lá, digamos assim. “Na Holanda, os oposicionistas à guerra
imperialista se aglutinaram em torno de Pannekoek, Gorter, Roland-Host”. E
não ofereceram apoio incondicional à Revolução Russa. Apoio crítico.
62 - O livro de Lênin, O
Esquerdismo, A Doença Infantil do Comunismo, era sobretudo dirigido contra
Gorter e Pannekoek, porta-vozes do movimento dos conselhos comunistas.
63 - A ala conselhista seria aquela a confrontar tanto a
socialdemocracia quanto o bolchevismo. Os conselhos eram tipo os sovietes da
Rússia.
64 - Para Anton, os sindicatos já eram órgão de dominação. Não
explica.
65 - Dica para aprofundar: “Em
1947, Pannekoek escreveu sua grande obra Os Conselhos Operários”.
Nildo Viana - O Que é Autogestão:
66 – Aproveitei pra ler todos os pequenos textos dessa revista
autogestionária. Nem só o de Nildo.
67 – Previsibilidade das revoluções: “Também é verdadeiro que todas as grandes revoluções proletárias não
foram previstas. A Comuna de Paris, A Revolução Russa de 1905, A Revolução
Russa de 1917, A Revolução Alemã de 1919, entre diversas outras experiências,
inclusive as mais recentes revoltas e rebeliões, além de tentativas de
revolução, tal como no Maio de 1968 na França, As Lutas Operárias na Polônia em
1980; A Rebelião Argentina de 2002, A Comuna de Oaxaca no México ano passado”.
A luta de classes é que definirá quando será a revolução autogestionária.
68 - O primeiro texto é mais abstrato que tudo na vida.
69 - O segundo texto é o de Nildo. O que é Autogestão. Vem com aquela
divisão que já li e fichei. Controle operário… Cooperativa…
70 - O resto do texto eu também já li em algum lugar. Sua ideia final
é que a autogestão das lutas é o embrião da autogestão da sociedade.
71 - O próximo texto é “Os Conselhos Operários”, de Pannekoek, de
1936.
72 - O resumo do pensamento do comunista holandês está neste trecho: “Bater-se pela liberdade, é participar com
todos os seus meios, é pensar e decidir por si mesmo, é tomar todas as
responsabilidades enquanto pessoa entre camaradas iguais. É evidente que pensar
por si mesmo, decidir do que é verdadeiro e do que é justo, constitui para o
trabalhador que tem o espírito fatigado pelo labor quotidiano, uma tarefa árdua
e difícil, bem mais exigente que se ele se limitar a pagar e a obedecer. Mas a
única via que conduz à liberdade. Fazer-se libertar pelos outros, que fazem
desta libertação um instrumento de domínio, é simplesmente substituir os
antigos patrões por novos.”
73 - Quando um comitê de greve tiver que eleger delegados, os mandatos
destes deve ser revogável a qualquer momento e este comitê jamais deve se
tornar um órgão independente da vontade geral.
74 - Greves na revolução russa: "Os delegados faziam constantemente a ponte entre a assembléia e as
respectivas fábricas."
75 - Sovietes: “Não podiam
prever tornar-se alguma vez um poder independente, pois os respectivos membros
nos sovietes eram muitas vezes mudados; por vezes era o próprio soviete que era
inteiramente substituído.”
76 - Como é a revolução: “Do
mesmo modo, na revolução proletária, a nova classe ascendente deve criar as
suas novas formas de organização que, pouco a pouco, ao longo do processo
revolucionário, virão tomar o lugar da antiga organização política estatal.
Enquanto que nova forma de organização política, o conselho operário toma
finalmente o lugar do parlamentarismo, forma política do regime capitalista.”
77 - A escolha de delegados se daria fundamentalmente no local de
trabalho. A identidade é de classe. E não no local de habitação, onde pessoas
negociam e circulam mercadorias…
78 - Somente a classe trabalhadora votaria. A isso Pannekoek chama
ditadura do proletariado marxista - e não qualquer repressão adicional ou
estatal. Desejável numa primeira fase, parece colocar.
79 - Após a eliminação da figura do capitalista, os conselhos serão
meros organizadores do processo de produção de bens.
80 - O quarto texto fala sobre a Hungria 56. Os stalinistas pra variar
inventando coisa… “Budapeste, 23 de
outubro de 1956. Organizada pelo Círculo Petofi, um grupo de estudantes e
intelectuais húngaros, uma manifestação em solidariedade aos poloneses põe fogo
no barril de pólvora. Quem são os insurgentes? Segundo o jornal Le Figaro,
militantes cuja intenção era a de restaurar uma “democracia” à moda ocidental,
seguindo as leis do capitalismo”.
81 - Havia conselhos operários em importantes cidades húngaras.
82 - De acordo com Lefort, o
regime stalinista permitiu que os operários húngaros compreendessem algo
essencial: “a exploração não é resultado da presença de capitalistas privados,
mas da divisão, feita nas próprias fábricas, entre aqueles que decidem tudo e
aqueles que apenas obedecem”.
82 - Último texto é de Leila Silva de Moura. Começa com sincera
epígrafe de John Locke. “O governo é
instituído sob a condição e com o fim de os homens poderem ter propriedade e
garanti-las.”
83 - Traz Hobbes e Locke defendendo o Estado como foram de dar
segurança à propriedade, evitando o estado de natureza, onde tudo é de todos
e/ou do mais forte.
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