Nildo Viana - Textos II
Nildo Viana - A Renovação da Psicanálise por Erich Fromm:
23 – Fromm nasceu na Alemanha e
foi um dos fundadores do Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt, que mais
tarde se tornaria conhecido como Escola de Frankfurt, ao lado de Karl Korsch e
vários outros pesquisadores.
24 - Afirma que o homem em Fromm não é um ser fechada a sua
autopreservação e movido por instintos sexuais. É sim o homem “de Marx”.
Voltado para a atividade humana, a produtividade.
25 - Coloca, Fromm, que o nazismo surgiu também de um sentimento de
impotência da classe média que, ainda por cima, assistia à ascensão da classe
operária.
26 - Fromm e a, pra mim, maior obviedade do mundo: "Se tais relações sociais não são saudáveis,
então a adaptação a elas não significa que o indivíduo seja saudável
mentalmente, mas, ao contrário, significa que ele compartilha com a maioria uma
mesma “doença psíquica”.
27 – No mais, muitas críticas que não puderam ser desenvolvidas num
texto tão pequeno.
Nildo Viana -
Crítica ao Moralismo:
28 – Crê que moral são as regras impostas de fora pela “sociedade” e
ética é uma coerência interna entre valores e práticas.
29 – Coloca o moralista como uma pessoa que não quer saber da gênese
do indivíduo ou do ato que este praticou. Exemplo: xingar é errado não importam
as circunstâncias.
Nildo Viana -
Cultura, Tradição e Memória - Juventude:
30 - Afirma que inexiste “juventude” em sociedades não capitalistas.
Ou se é criança ou se é adulto. Seria uma ressocialização, uma socialização
secundária pra inserir o jovem no mercado de trabalho, afirma.
31 - Texto muito abstrato e pouco prático.
Nildo Viana -
Democracia Burguesa, Eleições e Voto Nulo:
32 – O Estado Capitalista serve para amortecer a luta de classes. “O núcleo fundamental da luta de classes
ocorre na produção. Trata-se da luta em torno do mais-valor. Posteriormente,
esta luta ocorre na esfera do mercado, onde se dá a realização do mais-valor.
Daí a luta de classes se espalha para as demais relações sociais, atingindo as
instituições burguesas (escolas, igrejas, etc.), a cultura, o cotidiano, etc.”
33 - Outra forma de amortecer tal conflito: “expansão da “sociedade civil organizada”, caracterizada por ser
constituída por um conjunto de instituições privadas que realizam uma mediação
burocrática entre estado e sociedade.”
34 – As eleições servem para legitimar a dominação do Estado capitalista.
Por isso, defende voto nulo, inclusive militante.
35 - Não há, para Nildo, necessidade de perdermos tempo defendendo a
democracia burguesa (embora esta seja melhor que a ditadura simples), pois já
há várias instituições burguesas pra isso.
36 – Crê que a participação só pode haver em contextos extremos, para
deter algum fascismo. E mesmo este contexto tem exceção, pois se a revolução
for uma opção...
37 – Brechas no processo eleitoral hoje são quase impossíveis. Nildo
cita que mesmo a revolução que se seguiu à vitória da reformista frente Popular
na Espanha foi algo imprevisto.
38 – … Ângela Almeida dá um retrato desse processo: “O ato eleitoral e seus resultados
desencadearam uma imediata reação nas massas. Sem esperar o decreto de anistia,
elas se jogaram às prisões para libertar os insurretos de 1934. Isto aconteceu
em Valência, em Oviedo (nas Astúrias) e um pouco por toda a Espanha. A essa
libertação se seguiram greves políticas generalizadas pedindo a reintegração
imediata dos operários demitidos e o pagamento de salários atrasados. A elas se
juntaram greves de caráter mais reivindicativo, algumas longas. Os patrões
respondiam fechando as fábricas. No campo a situação tornou-se ainda mais
explosiva. Os camponeses ocupavam imediatamente as terras dos grandes
proprietários e começaram a cultivá-las”
.
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