A Filosofia Política de Nietzsche
A Filosofia
Política de Nietzsche:
1 – Até já li, mas vamos ler de
novo.
2 - Ele chegava a defender a necessidade do Estado para evitar a
guerra de todos contra todos (isso me lembra Hobbes obviamente), mas admite: “É a violência que dá o primeiro direito, e
não há nenhum direito que não seja em seu fundamento arrogância, usurpação, ato
de violência."
3 - Critica o “sentimentalismo” que quer fazer a gênese do Estado com
um contrato. Isso não existiu. Apesar disso, em outros trechos diz que “sem
pacto não há direito”. Seria um pacto pós-violência ou meramente uma
contradição do autor? Vai saber.
4 - Nietzsche (ao que entendi, não está elogiando a moralidade): “A moralidade é antecedida pela coerção, e
ela mesma é ainda por algum tempo coerção (...) Depois ela se torna costume,
mais tarde obediência livre, e finalmente quase instinto: então, como tudo o
que há muito tempo é habitual e natural, acha-se ligado ao prazer – e se chama
virtude”.
5 - Não confia na democracia, pois a opinião popular é manipulada pelo
Estado e poderio econômico.
6 - A crítica do autor ao
moderno pensamento político, dá-se pelo fato de que ele subordina o político ao
econômico, o que leva à degeneração da política, que ocorre quando esta se
coloca a serviço de interesses econômicos e de mera autoconservação.
7 - Ainda niti: “O Estado
deveria ser apenas um meio para a realização da cultura e para fazer nascer o
além do homem”. Seria o homem que está sempre se superando. Em busca de
seus próprios valores e alta cultura. Não o animal de rebanho que precisa
seguir a religião ou algo do tipo.
8 - Ele vê com desconfiança as grandes fortunas modernas, que seriam
fáceis. Defendia caminhos abertos para as pequenas fortunas e restrições
estatais aos ramos capazes de gerar grandes fortunas.
9 - Via como farsa a liberdade do trabalhador moderno, reduzido a
parafuso e iludido com promessas de dignidade do trabalho. Seríamos mais
escravos do que os antigos escravos gregos.
10 - Igualdade, para ele, é, porém, mediocridade e decandência. O
animal de rebanho anseia por ela.
11 - Quer uma divisão entre os que trabalham e os que ficam no ócio
para criar os “valores superiores”. Os filósofos, na ordem ideal dele, seriam
conselheiros políticos. Legisladores na prática. Dizendo para onde vão as
coisas.
12 - As regras de convivência social seriam uma necessidade não porque
o homem gosta de viver em sociedade, mas porque ele necessariamente vive assim.
Para não sofrer abusos, regras são criadas buscando paz e comunhão.
13 - Nietzsche não rejeita, segundo o autor do texto, a moral. Apenas
é contra a moral vigente.
14 - Rejeita revoluções e pensa na educação, na lenta evolução do
pensamento para aperfeiçoar a natureza humana.
15 - A cultura deve ser cosmopolita. Nada de nacionalismos.
Diferencial relevante com o racismo do nazismo. A cultura nacional é importante
por dar diversidade, não por ser nacional de país x ou y.
16 - A educação utilitarista não visa promover a cultura, por isso, o
alemão quer educação contra o Estado, que só se preocupa com negócios e afins.
17 - Em alguns trechos o filósofo prevê a privatização do Estado, sua
retirada de vários negócios (até os mais básicos), mas não chega a emitir
opinião. Certo é que tem trechos criticando a iniciativa privada.
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