Nildo Viana - Textos I

 

Anotações Sobre “Autor - Nildo Viana (Textos)”.

 

 

Obs.: Estes textos da pasta não estão organizados por ordem de data. Ordem alfabética.

 

Nildo Viana - A Crise Financeira nos EUA e suas conseqüências sociais:

1 – Antes de qualquer coisa, quatro textos desta pasta já foram lidos e fichados em pastas anteriores. Não os repetirei aqui.

2 - A explicação de Nildo para a crise de 2008 seria o esgotamento do toyotismo. Meio audacioso isso. Coloca: “O aumento da taxa de lucro médio nos anos 1990 vem sendo substituído pelo declínio a partir do ano 2000. (...) A grande questão é que a queda da taxa de lucro médio tende a produzir efeitos inflacionários crescentes e outras determinações aprofundam tal tendência.” A solução, assim, seria aumentar a massa de lucro produzindo e vendendo cada vez mais mercadorias. Isso exige, porém, um mercado consumidor ativo e não empobrecido pelo desemprego. Creio, porém, que o capitalismo pode resolver isso com aumento da produtividade, repartindo parte desse bônus. Não em definitivo, claro.

3 – No mais, especula sobre o futuro, mas sem dados ou detalhes. Aceita a possibilidade de a crise não se generalizar para todo o regime de acumulação (flexível) desde que a intervenção estatal seja eficiente. Não detalhou o que seria isso.

4 – Certo é que os impactos, embora ruim, foram menores do que o que ele traçou a esquerda e suas previsões, pra variar…)

 

Nildo Viana - A Dialética Positivista de Caio Prado Júnior:

5 – Acusação contra o mesmo, que teria uma dialética eurocêntrica e nada marxista… Mais stalinista que marxista.

6 - Escreveu sobre dialética, Caio Prado, na década de 50.

7 - “A idéia, já apresentada por Engels, de demonstrar que a dialética é uma ciência, é desenvolvida por Lênin e Stálin, e divulgada e vulgarizada pelos manuais soviéticos.”

8 - Nildo afirma que não é marxista falar em “fatos”, muito menos criar a oposição entre estes (inexistentes) e uma teoria a explicá-los. Eu realmente não compreendo o debate proposto por ambos. Como assim não existem fatos? Na prática, o que implica isso?

9 - O problema, para Nildo, é que o fato não existe isoladamente, afinal o que importa é o “concreto”. Afinal, a realidade é o concreto, síntese de múltiplas determinações, uma totalidade rica e complexa.

10 - Também critica o fato de Caio Jr ficar discutindo sujeito e objeto (oposição que também não existe, segundo Nildo) em vez de se ater a “consciência x ser”, como Marx fez. Implicações práticas disso? Também não sei.

11 - Fala em “realidade” em vez de falar em “relações sociais”. Nildo acha um absurdo.

12 - Critica também o fato de ele fazer referência às ciências naturais…

13 - Enfim, é uma crítica que, talvez pelo tamanho, pouco explica. Critica a proximidade de Caio Prado da gestalt e etc.

 

Nildo Viana - A Greve Como Direito Coletivo dos Trabalhadores (PP):

14 – Boa parte dos comentários escaldam o maluco. Chegam a chamá-lo de fura-greve. Estou por fora da polêmica.

15 - Não poderia ser um direito subjetivo individual, defende. Assim, como os “aecistas” não podem “não aceitar” o resultado das urnas.

16 - Se a “não-greve” vence apertado, o indivíduo não pode fazer greve. Mas o contrário…

17 - Defende que: Para usar terminologia ideológica, “subjetivamente” ele pode ser contra a greve, mas “objetivamente”, depois de deflagrada, não pode ser.

18 - Isso seria contra o legalismo, mas a favor da “ética libertária”, que não trata o direito, até pelo seu caráter de classe, como algo a ser acatado.

19 - As greves a despeito dos sindicatos também são ilegais, mas devem ser defendidas.

20 - Interessante nota de rodapé: “Sobre a teoria do capitalismo de Estado existe uma abundante bibliografia (que aparece nos anos 1920 com Miasnikov e outros dissidentes na Rússia, os comunistas de conselhos como Otto Rühle, Karl Korsch, etc., Rodolfo Mondolfo, Sylvia Pankhurst, e posteriormente Bordiga, trotskistas dissidentes como Toni Cliff e Max Schatman, maoistas como Charles Bettellheim, grupos autonomistas e até stalinistas, obviamente que cada um colocando em uma época distinta o surgimento do capitalismo estatal”.

 

Nildo Viana - A Intelectualidade como Classe Social:

21 – Os intelectuais de cada período sempre estiveram ao lado das classes dominantes: "Na sociedade escravista, os intelectuais eram fundamentalmente e/ou majoritariamente os filósofos; na sociedade feudal, os teólogos e, na sociedade moderna, os cientistas." Estes são trabalhadores assalariados improdutivos, segundo Nildo.

22 - Pra mim é sem novidade defender que intelectual geralmente é agente quase consciente de conservação.

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