Ruy Fausto - Dialética Marxista, Humanismo, Anti-humanismo

Ruy Fausto - Dialética Marxista, Humanismo, Anti-humanismo


PRIMEIRA PARTE


a) A história em Marx e a "Fenomenologia do Espírito" de Hegel.


1 - Devir como passagem do ser ao não-ser, ou vice-versa.


2 - O espírito (Hegel) só é exprimível ao final do processo de constituição. Não-ser -> ser. Antes, exprimem-se os predicados.


3 - Enquanto não se chega ao comunismo, o homem não é, ou antes, ele é, mas como significação muda, não posta. Negações do homem enquanto homem. Só está o predicado. Operário. Capitalista. Não o homem uno e tal.


FALTANDO DUAS PÁGINAS...


c) Não sei.


4 - Práticas "humanas" num universo "inumano" significa a vitória do segundo. É o pretenso humanismo compactuando com o anti-humanismo.


5 - A solução seria não o anti-humanismo, que resultaria em nada mais que a violência, mas a negação do homem (não-violência) para que este não se negue a si próprio.


6 - Defende, assim, unicamente a violência capaz de superar a violência. Negação dialética. Nega o "humanismo" para conservá-lo. Repele a violência que não envolta de fins não-violentos, que não se destine a acabar com a violência. Diz Ruy: assumimos a contradição para não nos contradizer.


e) Dialética e fundação, a dialética e o tempo.


7 - Dialética suprime a fundação pela supressão. Meio que adia o ato de "fundar". Tudo à espera do transcurso do tempo (tempo da pré-história).


8 - Dialética não é historicismo. Não prescinde de uma fundação conceitual. Mas uma fundação não-transcendental, compatível com um tempo de uma pré-história. Interior ao universo dos predicados.


f) A dialética e as alternativas do entendimento.


9 - Crítica a Althusser incompreendida pra mim, pois conheço pouco do rapaz.


SEGUNDA PARTE


b) Quadro das pressuposições.


10 - Comunismo: surgimento da riqueza, liberdade e propriedade.


11 - Crítica um tanto obscura a Althusser, já que não sei exatamente como este pensa.


12 - A riqueza, no capitalismo, não é riqueza, mas mercadoria. Conjunto de.


c) Pré-capitalismo; capitalismo e socialismo.


13 - Pré-capitalismo como produção de valores de uso, satisfação dos indivíduos. Capitalismo como valorização do valor.


14 - Socialismo uniria o desenvolvimento infinito (do capitalismo, mas que falta ao "pré") e a produção voltada à satisfação dos indivíduos (do "pré", mas que falta ao capitalismo). Homem como sujeito.


15 - O homem na Antiguidade é o grego. Implicando a negação do "não-grego". Como diria FHC... "Aí não pode...".


16 - Lembrando o item 10, a propriedade, no capitalismo, é mais do capital sobre o indivíduo.


e) A interversão em O Capital.


17 - Crê que o socialismo farã desaparecer a contradição entre meios e fins quando se discutir o "problema do homem". O homem serã sempre sujeito, nunca mais suporte. E nem haverá negação do homem pelos seus predicados.


TERCEIRA PARTE


a) Retorno à dialética: "supressão" e "interversão".


18 - Oposição aos discursos do entendimento (estabelecem princípios primeiros transcendentais). Tidos como ideológicos (no sentido de Marx, não no de Althusser, que crê existir isso, discurso a-científico, mesmo nas sociedades sem classes, segundo Ruy)


b) Dialética e ideologia.


19 - O discurso ideológico põe certas noções no nível de princípios. Deve-se utilizar essas noções, defende Ruy contra Althusser. Mas para suprimir a ideologia. A negação abstrata dessas noções, do discurso do entendimento, só conduziria a uma variante desse discurso. Uma outra forma de ideologia.


20 - Humanismo é, em ultima instância, reformismo. A não-violência do reformismo é cumplicidade com a violência do capitalismo. Quer por o "homem" num universo não-humano e espera dar certo. (Isso me lembra, de certo modo, Laranja Mecânica)


21 - Cita o stalinismo como exemplo de violência não-dialética. Coletivização forçada dos anos 30, por exemplo. Talvez o Ruy queira indicá-lo ainda como exemplo do perigo de negações não-dialéticas. Abstratas.


22 - Stalin teria produzido, com seu discurso, ideologia marxista. Interversão com os conceitos de Marx.




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