Econ - Textos Variados LXXXII


Stiglitz Compara Crise à Queda do Muro:

343 - Os mercados financeiros desempenham um papel muito importante, sendo responsáveis nos últimos anos por cerca de 30% dos lucros empresariais. Os executivos dos mercados financeiros obtiveram esses lucros com o argumento de que estavam ajudando a gerir o risco e a garantir maior eficácia ao capital. A crise teria mostrado, segundo o autor, que o sucesso era falso, dependente da socialização dos prejuízos.

344 - Dá “mais regulação” como solução. Precisamos, por exemplo, regulamentar os incentivos. Eles têm que ser pagos baseando-se nos resultados de vários anos, e não no de apenas um, porque este último modelo fomenta as apostas. Fala em impedir as bolhas em ativos com propensão típica a isso, como hipotecas. Regular.

345 - Coloca que “mais informação e transparência” no ativo não é exatamente a questão pode até atrapalhar, por ninguém entender direito. Se alguém compra um produto, necessita de uma informação simples e básica: qual é o risco. Essa é a questão.

346 - Os ativos hipotecários que provocaram o caos estão em mãos de bancos ou fundos soberanos da China, Japão, Europa e países do Golfo. Como essa crise os afetará? (...) 

Stiglitz – É certo. As perdas das instituições financeiras européias com as hipotecas subprime foram maiores do que as verificadas nos Estados Unidos. O fato de os EUA terem diversificado esses ativos hipotecários por todo o mundo, graças à globalização dos mercados, suavizou o impacto interno. (...) Na Europa, por exemplo, não se sabia muito bem que as hipotecas norte-americanas são hipotecas sem lastro: se o valor da casa baixa mais que o da hipoteca, pode-se devolver a chave ao banco e ir embora. Na Europa, a casa serve de garantia, mas o tomador do empréstimo segue endividado, aconteça o que acontecer. Este é um dos perigos da globalização: o conhecimento é local, sabe-se muito mais sobre sua própria sociedade do que sobre as outras.

 

Sulamérica - Boa Explicação Sobre Risco de Investimento em Títulos da Dívida:

347 - Só obviedades. Para o eu de 2012 deve ter sido útil porém.

 

Sulamérica - Ótimos Dados da Economia Brasileira e Mundial em 2011 e Perspectivas:

348 - EUA 2012: Pelo lado fiscal, há o compromisso de reduzir o déficit público nos próximos anos, o que resultará em impactos contracionistas sobre a economia. (Pois bem… Não rolou.)

349 - Brasil 2011 para 2012: A economia brasileira acusou forte desaceleração no segundo semestre de 2011. A contração monetária e creditícia implementada entre o final de 2010 e agosto último derrubou o consumo, via deterioração das condições de crédito ao consumidor. O maior endividamento das famílias, levando ao maior comprometimento da renda com o pagamento das dívidas contraídas, além de certa erosão da confiança do consumidor contaminada pelo agravamento da crise internacional ajuda a entender o enfraquecimento do consumo das famílias no 2º semestre de 2011. Paralelamente, a atividade industrial se contraiu, recuando 2,2% na segunda metade do ano vis-à-vis ao primeiro, excluindo-se os efeitos estacionais. (...) Ademais, os empresários, receosos com o futuro da economia mundial e doméstica, botaram o pé no freio em seus planos de expansão da capacidade produtiva.

350 - Prevê certo crescimento em 2012 pela queda do juro real, o que levará a certa inflação, afirmam.

351 - Estimativa para a SELIC 2012 (aqui se vê que Dilma pesou a mão para levar os juros reais de 4 ou 3% para 1% - e isso pelo represamento dos preços administrados): Estimamos mais três cortes de 0,50 ponto percentual na taxa Selic levando-a para 9,5%, permanecendo nesse patamar até o final do ano.

352 - Enquanto a política monetária coloca os juros reais em níveis recorde de baixa para estimular o consumo e os investimentos, caberá à política fiscal controlar a demanda, impedindo que a inflação se desgarre da meta. Fala das perigos de os gastos, porém, crescerem ainda mais. Uma política fiscal frouxa pode obrigar o BC a alterar o sinal de política monetária, sendo obrigado a retomar a alta da Selic ainda em 2012.

353 - Previsão de consequências do desaquecimento externo: Em consequência, espera-se que o superávit comercial, que deverá somar US$ 28 bilhões em 2011, deverá recuar para US$ 20 bilhões, levando a um maior déficit em conta corrente em 2012.

354 - Coletânea bem completa da balança de pagamentos entre 2003 e 2012:


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