Econ - Textos Variados LXXX
Sergio Amadeu - Mobilização Colaborativa e Capitalismo Informacional:
308 - A indústria cinematográfica, fonográfica, games e bens de entretenimento avançam sua participação no PIB dos países do mundo rico. (...) A participação da indústria de software, nos EUA já atinge aproximadamente 2% do PIB norte-americano. É o mesmo percentual da Agricultura norte-americana.
309 - Uso “não-rival”: os bens que transitam pelas redes não possuem as duas principais características dos bens materiais: o desgaste e a escassez.
310 - Coloca que os softwares de código aberto vão aumentando o valor agregado (adição de trabalho intelectual) na sociedade em rede. Além de não-rival é anti-rival.
311 - … Isto permite que a principal forma de remuneração deixe de ser pela propriedade e passe a ser pelo serviços (desenvolvimento, adequação, formação, suporte e aplicação).
312 - O compartilhamento do conhecimento tecnológico permite distribuir melhor a alocação das forças de desenvolvimento e aumentar muito mais o ritmo de inovação. (Essa eficiências diferentes em bens praticamente sem custo marginal de reprodução me lembra, embora seja diferente, a briga na internet por lançar legenda primeiro, ganhando praticamente nada. Só reconhecimento nos créditos e tal. Para ver como a coisa dos incentivos realmente é diversa. Mas isso os RH já sabem).
313 - Amadeu crê que há uma contradição então: o capitalismo precisa crescer incessantemente e o modo mais eficiente de crescer não é mais pela competição pura, pelo bloqueio ao conhecimento e pelo enrijecimento das legislações de propriedade intelectual.
314 - Coloca que os projetos de código aberto crescem mais rápido e melhor que seus “oponentes”: ENCICLOPÉDIAS DIGITAIS : ENCARTA PREMIUM 68.000 VERBETES. WIKIPEDIA 778.000 VERBETES EM INGLÊS E 80.000 EM PORTUGUÊS.
Silvio Gesell - Ordem Econômica Natural (Introdução) (Sobre Marx e Proudhon):
315 - Texto de 1906. Tradutores – Rafael Hotz e Luiz Eduardo do Ó.
316 - Proudhon, ao que entendi, acreditava que o “juros zero” iria acabar com as rendas de capital (de certa forma, acabar com ele). Ninguém mais iria depender de meios de produção, já que seria só adiantar o capital mediante juros zero. É o que compreendi.
317 - Os proudhonistas parecem ter até uma teoria quase conspiracionista do porquê de a teoria do capítal de Marx ter feito mais sucesso: “Nenhum capitalista tem medo de sua teoria, da mesma forma que nenhum capitalista tem medo da doutrina Cristã; é dessa forma, benéfico para o capital ter Marx e Cristo discutidos tão amplamente quanto possível, uma vez que Marx não pode danificar o capital.” (Não é bem assim)
318 - Coloca que um dos erros de Marx seria considerar mais a propriedade e quantidade absoluta de capital que a eficiência no manejo do mesmo: Agora sabemos todos que o capital não pode ser adicionado da mesma forma que bens materiais, uma vez que o capital adicional não dificilmente diminui o valor do capital já existente. (Há injustiça, pois Marx reconhece que a propriedade do capital não garante, por si só, uma eficiência constante, vide as mais-valias extraordinárias da vida, que podem muito bem decorrer de uma alocação ótima do capital. Talvez Marx não tenha entrado nesses detalhes porque não era relevante para o que pretendia).
319 - Parte do texto passa fantasiando com um Marx que só existe na cabeça dele.
320 - Coloca que Marx seria contra a autoconstrução de casas. Proudhon seria a favor por derrubar os juros dos aluguéis, consequentemente também a mais-valia.
321 - Proudhon perguntou: Por que estamos com falta de casas, máquinas e navios? E ele também deu a resposta correta: Porque o dinheiro limita sua construção. Ou, para usar suas palavras: “Porque o dinheiro é uma sentinela postada na entrada dos mercados, com ordens para não deixar ninguém passar.” (...) Tal era a idéia de Proudhon, e para colocá-la em prática ele fundou os bancos de troca. Como todos sabem, eles falharam
322 - Ele propõe corrigir Proudhon: Bens e seus compostos fazem 99% de nossa riqueza, o dinheiro apenas 1%. O texto não é muito fechado sobre o que pretende.
Soros - Entrevista:
323 - Culpa da crise de 2008 segundo ele: Alan Greenspan (ex-presidente do Fed) é responsável, porque ele deixou os juros baixos demais, por tempo demais, porque permitiu que a inovação financeira prosseguisse sem freios, considerando que havia mais a ganhar que a perder com isso.
324 - Devido à queda nos preços das matérias-primas, vamos ingressar num período de deflação. Acho que seria oportuno reduzir os juros.
325 - PERGUNTA - O sr. perdeu dinheiro?; SOROS - Não perdi dinheiro, mas tampouco ganhei. Mas não vou lhe revelar meus segredos.
PERGUNTA - O sr. é o "pai" dos fundos de hedge, cujos excessos estão no cerne da crise. Tem remorsos?;
SOROS - Não sou o pai dos fundos de hedge, mas um deles. Se pudesse voltar atrás, o que faria? Eu especularia melhor.
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