Dados e Fatos (Mundo) - Parte XXVI
Raoul Victor - Acerca das Lutas na Tunísia e no Egipto (PP):
492 - Na China proibiram pesquisas com a palavra “Egito”.
493 - Egito: proletários, desempregados, jovens das camadas médias... “e mesmo fracções da classe dominante, inclusive nas forças armadas”. Revolta contra o governo e uma polícia que extorquia a população há anos.
494 - Foram muitos comitês de bairro, mas se limitaram principalmente — se bem que não exclusivamente — a tarefas de autodefesa contra as exacções das «milícias» de Ben-Ali ou de Mubarak e contra as suas polícias.
495 - Os soldados se aliaram, mas não se rebelaram contra a hierarquia, como em 1905 ou 1917.
496 - Formalmente, os regimes na Tunísia e no Egipto são democráticos, com constituição, partidos, parlamento, eleições de sufrágio universal, etc.
497 - A classe dominante lá seria muito egoísta. Isso porque não admite alternância. “A democratização da vida política nesses países será difícil e com frequência caótica até que os novos pretendentes ao acesso aos comandos do aparelho de Estado consigam limitar a sua ganância e os seus conflitos internos e organizar um espectáculo democrático credível.”
498 - Para ir além da “mera” conquista de liberdade de expressão, o proletariado não deveria se deixar normalizar pelas forças que se dizem aliadas (Acho que foi isso que acabou acontecendo) e seguir buscando a realização das melhorias de sua condição material.
499 - O governo mostrou que podia bloquear a comunicação via internet em diversos momentos.
500 - Os EUA oferecem cooperação. “As explosões sociais na Argélia, na Tunísia e no Egipto não se deveram a quaisquer manipulações da diplomacia norte-americana. Elas foram realmente desencadeadas pelo agravamento da miséria.”
Carta Aberta de Roger Waters - Muro de Israel:
501 - Cita que o apartheid proibiu em 1980 a “Another Brick In The Wall - Parte II”, pois estava sendo usada.
502 - Crianças palestinas usaram a música em 2005 para protestar contra o muro racista.
503 - Inicialmente não queria aderir ao boicote cultural. Pareceu-lhe errado. Sob proteção da ONU, concordou em visitar territórios palestinos em Belém e Jerusalém. Foi tratado de forma rude pelos jovens soldados de Israel que guardavam o muro. Imaginou como seriam tratados então os palestinos e afins…
504 - Mudou o show de Tel Aviv para Neve Shalom, uma comunidade agrícola dedicada a criar pintainhos e também, admiravelmente, à cooperação entre pessoas de crenças diferentes, onde muçulmanos, cristãos e judeus vivem e trabalham lado a lado em harmonia.
505 - Sessenta mil fãs engarrafaram tudo para comparecer. Ao fim do show, pediu que pressionassem o governo de Israel.
506 - Propôs um boicote a Israel até alcançar três pontos mínimos: “fim à ocupação e à colonização de todas as terras árabes [ocupadas desde 1967] e desmantelando o muro; Reconhecendo os direitos fundamentais dos cidadãos árabo-palestinianos de Israel em plena igualdade; e Respeitando, protegendo e promovendo os direitos dos refugiados palestinianos de regressar às suas casas e propriedades como estipulado na resolução 194 das NU.
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