Dados e Fatos (Mundo) - Parte VIII
As Mentiras do Livro Negro do Comunismo - Atalho:
160 - Pra mim o primeiro argumento já é suficiente pra desmoralizar parcialmente o suposto rigor do livro: “Em primeiro lugar, ele não faz a comparação estatística das mortes ocorridas após o regime comunista com as ocorridas na era pré-comunista para saber se houve aumento do percentual de mortalidade, assim como não faz correção estatística das mortes para outros fatores de confundimento (vieses ou bias) como epidemias, guerras civis, fome (erradicada no regime comunista). Não cita que a expectativa de vida na Rússia e na China duplicaram em 20 anos de regime comunista (Relatório de Desenvolvimento HUmano da ONU - Curva Comparativa entre as décadas - www.un.org). Sem uma análise estatística dessas, é simplesmente impossível fazer as afirmações do livro sobre a "mortalidade" do comunismo.”
161 - Acusa Courtouis de inclui as dezenas de milhões de soldados soviéticos que morreram para derrubar o nazismo na conta do comunismo… (se for isso mesmo, é muito tosco. Pelo que li de “crtl+f” no livro, não é não. Enfim texto tão sem rigor quanto o “livro negro”)...
162 - No google vi outra crítica ao livro: Assim, Courtois, sublinhando incisivamente que não é seu propósito fazer tal comparação, confessa que "os factos são teimosos" (...) "e mostram que os regimes comunistas cometeram crimes que "(segundo as suas "estimativas pessoais") "afectaram 100 milhões de pessoas" (ou, melhor dizendo:"cerca de 100 milhões"; ou, dizendo com mais rigor: entre 60 e 100 milhões; ou, mais precisamente...) "contra os cerca de 25 milhões do nazismo". Na deslizante "estimativa pessoal" de Courtois cabe tudo o que a Courtois interessa que caiba: pode dizer-se que, para ele, o comunismo é responsável por práticamente todas as mortes ocorridas desde 1917 em todo o mundo - exceptuando, para poder ter um termo de comparação, os 25 milhões de vítimas do nazismo. O estoriador inclui nas "vítimas do comunismo", por exemplo, todas as mortes ocorridas em Angola e na Nicarágua(incluindo as vítimas do terrorismo da Unita e dos Contra); todos os mortos do Cambodja (incluindo as vítimas de Pol Pot apoiado pelos EUA e as que resultaram do derrube de Pol Pot pelos vietnamitas...); os milhões de pessoas que morreram de fome em resultado da agressão externa organizada contra a Revolução de Outubro.
163 - Wikipedia: “Dois dos autores, Nicholas Werth e Jean-Louis Margolin, desencadearam um debate na França quando publicamente se dissociaram das declarações de Curtois na introdução acerca da escala de violências tachadas a regime "ditos" comunistas. Achavam que este estava "obcecado" com chegar a um total de 100 milhões de vítimas. Em vez disso estimavam que o comunismo fizera entre 65 e 93 milhões de mortos. Rejeitaram igualmente a comparação da repressão soviética com o genocídio Nazi. (...) Werth, um bem considerado especialista francês acerca da União Soviética, disse que apesar de tudo existia uma diferença qualitativa entre o nazismo e o comunismo. Disse ao Le Monde que "Não existiam campos de extermínio na União Soviética", e que "Quanto mais se compara o comunismo com o nazismo, mais as diferenças são óbvias." (...) O número de 60 milhões de mortes na China (as estimativas variam muito) é criticada por incluir as mortes por fome (talvez cerca de metade do total) e da guerra civil, que parece incluir também as mortes causadas pela invasão japonesa.”
165 - Um crítico argumenta que “Esses números excessivamente altos não batem com o crescimento populacional soviético, que de 148 milhões de pessoas em 1926 passou para 196 milhões em 1941”.
166 - Tem a grande discussão do Holodomor como fome intencional ou não. Historiadores se dividem.
167 - Tudo isso sem falar do argumento mais certo de todos: o quanto tinha de “comunismo” naquela porra toda? Por essas e outras que Marx disse a Lafarge que não era marxista (distorções).
168 - Wikipedia - Noam Chomsky: os argumentos usados por capitalistas para justificar essas mortes são muito semelhantes aos argumentos usados para defender os países comunistas. Por exemplo, alega-se que o colonialismo e o imperialismo não representam o verdadeiro capitalismo, e que as mortes provocadas por ditadura pró-ocidentais durante a guerra fria eram necessárias para lutar contra o comunismo.
169 - O texto, por fim, defende o pacto de não-agressão de Stálin e Hitler como algo essencial para que o primeiro se armasse a ponto de poder derrotar o segundo anos depois. (No mérito dessa discussão já não entro). Ademais, diz que potências ocidentais fizeram pactos semelhantes com o “alemão”. Também acusa o autor de erro de matemática - porcentagem - na estatística chinesa.
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