Dados e Fatos (Mundo) - Parte XI
José Luís Fiori - Imperialismo e Outros Temas - Atalho:
213 - O texto é de 2002.
214 - Em 2001, dos 188 Estados membros das Nações Unidas, 125 haviam sido, em algum momento, colônias européias que se tornaram independentes, de forma concentrada, em duas grandes ondas: a primeira delas no início do século XIX, na América, e esta segunda, depois da II Guerra Mundial, na África e na Ásia.
215 - Adam Smith e Lord Shelbourne (que negociou a paz e a independência com os norte-americano): "Esses senhores apostaram, desde o primeiro momento, que a simples superioridade econômica inglesa — acentuada pela Revolução Industrial — seria capaz de promover a especialização ‘‘primário-exportadora’’ das economias periferizadas, segundo as necessidades dos Estados mais ricos e poderosos. ‘‘We prefer trade to dominion’’, diziam eles, e foi essa idéia que sustentou a defesa inglesa das independências políticas latino-americanas, acompanhadas pela assinatura simultânea dos tratados comerciais que abriram os mercados locais aos produtos manufaturados e aos capitais financeiros europeus."
216 - Já Disraeli, Palmerston (políticos) e intelectuais como Spengler, Dilthey e Scheller defendiam as conquistas territoriais (tal como cretino do Rhodes).
217 - Na mesma hora em que o alemão Carl Peters assumia, sem nenhum tipo de hipocrisia civilizatória, que ‘‘o objetivo da colonização é enriquecer, sem escrúpulos e com decisão, nosso próprio povo, às custas de outros povos mais fracos’’.
218 - Para Fiori, “se a posição de Adam Smith predominou na primeira metade do século XIX, a de Cecil Rhodes se impôs de forma avassaladora a partir de 1850.”
219 - A Inglaterra e afins fazia ou obrigava países independentes a fazer “tratados de livre comércio”. Perdiam as receitas das tarifas alfandegárias, mas a parceria seria, em tese, boa pois empresas inglesas promoveriam e financiariam a modernização do país. No caso do Egito, um exemplo foi a construção do canal da Suez. Porém, havia risco de crise na balança de pagamentos (até porque perdiam receitas e se endividavam perante esses mesmos credores).
220 - Estudo de caso… “em 1878, o Egito já começou a enfrentar problemas sérios no seu balanço de pagamentos. Em 1879, como conseqüência, o Quediva Ismael Paxá renunciou ao governo do Egito. Em 1880, foi declarada a moratória nacional. Em 1881, foi criado pelos credores o Comitê de Administração da Dívida, que assumiu a tutela do fisco e das finanças egípcias. Mas, apesar disso, em 1882, as tropas inglesas invadiram o Egito em nome dos credores, transformando o país numa colônia e depois num protetorado militar, que durou até 1952.”
Educação Total na Dinamarca:
221 - Texto de 2007. Repórter viajou a convite do governo. Lá ninguém paga por educação e saúde. A carga tributária é cerca de 50% da renda de um cidadão. O desemprego é 3,3%...
222 - "Hoje, a Dinamarca perde, a cada ano, cerca de 250 mil empregos para países mais pobres, especialmente Ásia e Europa do Leste". Porém... "o país cria, a cada ano, cerca de 270 mil empregos com salários mais altos e maior exigência tecnológica".
223 - Vi no google que foi muito afetada pela crise de 2008. Não sei como estão agora.
224 - A Dinamarca investe hoje 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, sem contar os recursos direcionados para pesquisa. São dois pontos porcentuais mais que o Brasil, apesar de o País precisar de mais recursos para resgatar anos de atraso que os dinamarqueses não têm.
225 - É gratuita - toda - da pré-escola ao doutorado. O governo ainda paga uma bolsa de mil dólares durante o tempo de formação…
226 - A maioria têm pelo menos dois anos de ensino técnico, além do médio. Quase a metade tem mestrado.
227 - Os sindicatos negociam com as empresas treinamentos financiados (sem jornada dupla ou algo assim).
228 - Com regras simples para demissão e contratação, a rotatividade é alta e o desemprego, baixo. “Nossos trabalhadores, nos últimos cinco ou seis anos, não tem medo de perder seus empregos. Cerca de 700 mil pessoas trocam de emprego todo ano na Dinamarca”.
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