Dados e Fatos (Mundo) - Parte XX

 

Copa da África Desmente Promessas de Desenvolvimento e Escancara Apartheid:

405 - Texto de 2010. Diversas greves devido aos baixos salários.

406 - Em Johanesburgo, para a construção do Soccer City, o maior estádio do Mundial, toda uma comunidade foi expulsa de seu terreno e realocada para cerca de 35 quilômetros dali, para uma precaríssima favela com barracos de zinco. Isso porque a capital do país já possuía dois outros estádios de grande porte.

407 - Brancos lotando os estádios… Sendo que os negros é que, historicamente, gostam do “soccer” por lá.

408 - "Parte da crise da Grécia é explicada pelos gastos extraordinários provocados pelas Olimpíadas de Atenas, em 2004. Em sociedades com frágil institucionalidade, megaprojetos são fértil campo de práticas de corrupção e da incompetência. Há alta probabilidade de que o Brasil cometa os mesmos erros dos gregos (endividamento interno e, principalmente, externo) que quebrarão as finanças públicas e o sistema financeiro brasileiro no pós 2014-16", disse o economista Reinaldo Gonçalves em entrevista ao Portal IHU Online, em maio.

 

Visão dos Negros Sobre Soweto (A História):

409 - Fala sobre o “16 de junho” (aniversário do enfrentamento, com 500 mortos, que os estudantes universitários do Soweto fizeram contra a polícia, que defendia o apartheid)

410 - Apresenta Steve Biko como pai fundador do Movimento da Consciência Negra.

411 - O 16 de Junho não foi uma mera revolta espontânea e isolada. Foi uma erupção vulcânica precedida por anos de mobilização das massas sob a forte e incessante influência da Black Consciousness (BC, Consciência Negra). Diferentemente do Congresso Nacional Africano (ANC), sempre atreito a ir, com o rabo entre as pernas, fazer queixa à Rainha Britânica das maldades dos boers. Critica também o “PAC” e outros partidos que querem se colocar como impulsionadores da subelevação de 76, quando pouco ou nada fizeram.

412 - A educação bantu vinha de lei e costume da elite branca que queria privar os negros de qualquer educação que lhes ajudassem a assumir cargos superiores. Cada raça realizava um trabalho na “harmonia sulafricana”. Os brancos tinham a autodeclarada superioridade cristã sobre os bárbaros idólatras… Diziam abertamente. (Google)

413 - Negros na universidade? Só para aprender certos trabalhos braçais. Nas escolas, a educação negra era 10% do valor por aluno da branca. (Google)

414 - A linha de força foi a consciencialização – a libertação psicológica que se supunha preceder a libertação física. Foi essa a base de palavras de ordem como “Libertar a mente! Libertar a terra!”. Como parte da preparação para a guerra, todos os símbolos relativos aos brancos foram rejeitados, e adoptados símbolos relativos aos negros. Os branqueadores de pele como o Ambi Special e o He-Man, que deixaram os nossos pais com peles de crocodilo para toda a vida, foram rejeitados. Numa colérica resposta aos tóxicos produtos químicos para alisar o cabelo, foi induzido um espírito de rebelião de não se pentear, donde o estilo de cabeleira ama-Azania. E então veio o slogan: “Black is beautiful” [O que é negro é bonito].

415 - Cita vários documentos a fim de provar que a subelevação teve a ver com o BC e não com o ANC. O ensino obrigatório do “africans” foi o estopim para a revolta.

416 - Há quem não goste de argumentos que demonstrem que organizações como o ANC e os seus ramos militares foram de facto ressuscitados pela eclosão da sublevação do 16 de Junho, na qual muitos jovens decidiram sair do país em busca de treino militar e de armas.

417 - Um próprio ex-membro do ANC relata que, na época, seus elos (do grupo) com o povo eram muito fracos. Estavam inclusive com poucas unidades ativas.

418 - O governo mudou a política educacional um pouco e as matrículas mais que duplicaram, isso antes de 76. Ainda assim, “Em 1974 apenas 0,53 por cento do Produto Interno Bruto eram gastos na chamada educação “bantu”. (...) Por cada 644 rands gastos com um estudante branco, gastavam-se apenas 42 rands com um estudante africano.”

419 - A crise do petróleo fez com que o governo cortasse um ano da educação obrigatória, piorando o que já era ruim. Salas superlotadas, por exemplo. Enfim, a conjuntura econômica internacional criou um contexto explosível - digamos assim. “O BCM intensificara os projectos de desenvolvimento comunitário para incrementar a sua autoconfiança. O país inteiro era pasto de chamas ateadas e atiçadas pelo BCM.” Angola, Moçambique e os movimentos nos EUA inspiravam também.

420 - O idiota do ministro da educação respondeu a um parlamentar que não consultou os negros e nem consultaria, sobre a obrigatoriedade do ensino da língua. Limitou-se a dizer que a Constituição permitia fazer isso e pronto.

421 - Em 1977 o governo perseguiu e assassinou membros do BCM por trás da organização da revolta de 76. Inclusive Steve Biko, que não resistiu a 22 horas de interrogatório com torturas e graves espancamentos. Seu funeral teve dez mil pessoas.

422 - “Por isso é trágico, para a verdade e para a história, que o papel decisivo do BCM e dos seus quadros da AZAPO não seja sequer mencionado nas comemorações do 16 de Junho. O 16 de Junho deveria ter servido para desenvolver uma consciência nacional, e não para servir interesses paroquiais que dele fizeram propriedade de uma organização que teve um papel diminuto, se é que teve algum, na sua orquestração.


Sobre Educação e Ditadura Empresarial...:

565 - Português para aprender a ler os contratos de adesão das empresas… Matemática para poder não menosprezar juros e/ou comprar títulos de capitalização tornando bancos ricos… Geografia para poder pressionar empresas poluidoras e insustentáveis… História para saber os crimes das empresas e marcas e suas colaborações… Biologia para entender a destruição da biodiversidade… Química para saber quais produtos são danosos à saúde… Educação Física para não comprar porcarias mentirosas a fim de modelar o corpo… Filosofia para que as empresas não nos digam como pensar… Enfim, educação pode ser útil em qualquer nível.

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