Anton Pannekoek - As Tarefas dos Conselhos Operários (Livro) I

 

Anotações

 

 

Obs.: Estes textos da pasta NÃO estão organizados por ordem de data. Ordem alfabética.

 

Anton Pannekoek - As Tarefas dos Conselhos Operários (Livro)

1 – Capítulo 1: O Trabalho. Coloca a mais valia como o lucro que não é consumido e se transforma em novo capital.

2 - O capitalista é obrigado a ceder a tendência do capital a se autovalorizar, do contrário, pode ser engolido pela concorrência. Quão lucro é suficiente para uma empresa? Toda que puder adquirir nessa guerra por mercados!

3 - Coloca que publicidade faz sentido no capitalismo, mas, se pensarmos bem, sem ele, é um desperdício de talento.

4 - Por que há sempre luta e os trabalhadores no mínimo estão em “paz armada”? Se não o fizessem, se, voluntariamente, se deixassem arrastar, veriam que Ihes seria extorquido muito mais que a sua força de trabalho quotidiana: a sua própria capacidade física de trabalhar seria consumida, a sua força vital ver-se-ia precocemente esgotada (é já o que acontece hoje em dia pelo menos até certo ponto). Seria, para eles e para a sua descendência, a degenerescência, a destruição da saúde e das forças.

5 - Só o trabalho para outrem que é repugnante. Subordinações explícitas ou implícitas.

6 - Em particular, jovens trabalhadores, ignorantes da natureza do capitalismo, ambicionando mostrar as suas capacidades, impacientes por se verem reconhecidos como operários plenamente qualificados, sentem em si uma espécie de força de trabalho inesgotável. O capitalismo tem métodos judiciosos para explorar esta disposição.

7 - Crises e desempregos: Nessa altura os salários diminuem, as greves são ineficazes, a massa de desempregados pesa muito nas condições de trabalho.

8 - Não há dúvida que o capitalismo tenta actualmente iniciar uma espécie de organização e de planificação da produção. Só com o poder dos trabalhadores, porém, seriam suprimidas produções de bens supérfluos, por exemplo.

9 - Coloca que os alemães iniciaram a agressão na I Guerra porque chegaram tarde na divisão colonial. Queriam suprimir essa desvantagem.

 

10 - Capítulo 2: A Lei e a Propriedade. Apresenta uma concepção de justiça deveras utilitarista (não que eu seja contra): É justo antes de tudo, o que é bom e necessário para viver; não só útil no momento presente, mas necessário em geral tanto para a vida de um único indivíduo como para a de todos, considerados no seu conjunto, isto é, como comunidade, não tomando unicamente em consideração os interesses pessoais ou temporários, mas igualmente a felicidade duradoura de todos.

11 - Com a propriedade por ações, houve a instituição e legalização dos parasitas inúteis. Pessoas que só aparecem periodicamente para resgatar os dividendos e voltarem para sua casa de campo. Isso que virou a propriedade que seria, na teoria, “um meio de dar a cada um a possibilidade de desempenhar um trabalho produtivo”.

12 - E o Estado? A propriedade pública é o programa burguês de uma forma moderna e disfarçada de capitalismo. Dirige o processo e determina qual parte do produto social vai para o trabalhador.

13 - A propriedade comum é a meta que revolucionaria o Direito. A técnica das máquinas complexas, associada à propriedade comum, implica uma colaboração livre entre todos os homens.

 

14 -  Capitulo 3: A Organização no Local de Trabalho. Parece esperançoso na explosão das multidões de trabalhadores: e, assim, vê a sua força desenvolver-se gradualmente. Jorram novos sentimentos, elevam-se novos pensamentos: dizem respeito ao que poderia ser, ao que deveria ser o mundo. Agora, têm em mente novos desejos, novos ideais, novos objectivos que determinam a sua vontade e guiam os seus actos. Pouco a pouco, as perspectivas esboçam-se mais claramente. Aquilo que inicialmente, não era mais que uma simples luta por melhores condições de trabalho, dá origem a ideias de reorganização fundamental da sociedade.

15 - As formas da nova organização: Estas formas definir-se-ão no espírito dos trabalhadores quando eles afrontarem essa tarefa. De momento, devemos contentar-nos com traçar unicamente as linhas gerais, as ideias directrizes que irão orientar as acções da classe operária. Sucessos e fracassos da auto-organização levarão aos detalhes.

16 - Evoca forças sociais e forças morais na consecução de tal projeto. São essenciais, sob pena de fracasso. Ganhar o coração dos homens para tal tarefa.

17 - Em ambos os casos, as bases técnicas serão as mesmas: é a disciplina do trabalho, imposta pelo ritmo regular das máquinas.

(continua....)

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