Lula e PT - Textos Diversos IV - O Papel da Oposição ao Petismo (FHC)
FHC - O Papel da Oposição
ao Petismo:
62 - Lembra da época de
oposição no MDB: Só dez anos depois (de
1970) a sociedade passou a atuar mais diretamente em favor dos objetivos
pregados pela oposição, aos quais se somaram também palavras de ordem
econômicas, como o fim do “arrocho” salarial. No entretempo, vivia-se no embalo
do crescimento econômico e da aceitação popular dos generais presidentes, sendo
que o mais criticado pelas oposições, em função do aumento de práticas
repressivas, o general Médici, foi o mais popular: 75% de aprovação.
63 - Se as forças governistas foram capazes de mudar camaleonicamente a
ponto de reivindicarem o terem construído a estabilidade financeira e a
abertura da economia, formando os “campeões nacionais” – as empresas que se
globalizam – isso se deu porque as oposições minimizaram a capacidade de
contorcionismo do PT, que começou com a Carta aos Brasileiros de junho de 1994
e se desnudou quando Lula foi simultaneamente ao Fórum Social de Porto Alegre e
a Davos. (...) socialismo só para enganar trouxas.
64 - Reclama que o PSDB
não defendeu o seu governo e que a política de valorização do salário mínimo
começou ainda em Itamar, além da política de bolsas ter começado com ele.
65 - Coloca o Congresso
como pouco permeável aos ecos da oposição. Na
medida em que a maioria dos partidos e dos parlamentares foi entrando no jogo
de fazer emendas ao orçamento (para beneficiar suas regiões, interesses –
legítimos ou não – de entidades e, por fim, sua reeleição), o Congresso foi
perdendo relevância e poder.
66 - FHC coloca que o
povão estava perdido pro PT (comprado). Onde deveria ser a mira? Existe toda uma gama de classes médias, de
novas classes possuidoras (empresários de novo tipo e mais jovens), de
profissionais das atividades contemporâneas ligadas à TI (tecnologia da
informação) e ao entretenimento, aos novos serviços espalhados pelo Brasil
afora, às quais se soma o que vem sendo chamado sem muita precisão de “classe
C” ou de nova classe média. Afirma que estão todos conectados ao Facebook,
Youtube e Twitter. Se houver ousadia, os
partidos de oposição podem organizar-se pelos meios eletrônicos, dando vida não
a diretórios burocráticos, mas a debates verdadeiros sobre os temas de
interesse dessas camadas.
67 - Há inúmeras organizações de bairro, um sem-número de grupos musicais e
culturais nas periferias das grandes cidades, etc., organizações voluntárias de
solidariedade e de protesto, redes de consumidores, ativistas do meio ambiente,
e por aí vai, que atuam por conta própria. Dado o anacronismo das instituições
político-partidárias, seria talvez pedir muito aos partidos que mergulhem na
vida cotidiana e tenham ligações orgânicas com grupos que expressam as
dificuldades e anseios do homem comum. Mas que pelo menos ouçam suas vozes e
atuem em consonância com elas.
68 - Seres humanos não atuam por motivos meramente racionais. Sem a
teatralização que leve à emoção, a crítica – moralista ou outra qualquer – cai
no vazio. Sem Roberto Jefferson não teria havido mensalão como fato político.
69 - Aposta num discurso
fortemente voltado contra a corrupção e nas denúncias da hipocrisia petista ao
criticar medidas psdbistas que eles mesmos abraçaram.
70 - Mostrar que o
pequeno empresariado não tem vez. O
lulopetismo não está fortalecendo o capitalismo em uma sociedade democrática,
mas sim o capitalismo monopolista e burocrático que fortalece privilégios e
corporativismos.
71 - E o que está acontecendo agora quando o governo discute substituir o
fator previdenciário, recurso de que o governo do PSDB lançou mão para mitigar os
efeitos da derrota sofrida para estabelecer uma idade mínima de aposentadoria?
Propondo a troca do fator previdenciário pela definição de… uma idade mínima de
aposentadoria.
72 - Quer que o partido
seja sincero. Que defenda inclusive o debate sobre drogas. A eficiência desse
combate burro e etc.
73 - Algumas coisas que
ele pauta, a meu ver, são completamente secundárias do ponto de vista
eleitoral, mesmo eu não achando errado que um partido tenha que ter posições a
respeito.
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