Lula e PT - Textos Diversos II

 

As Relações Tumultuadas de Dilma Com Lula e o PT:

23 -  É um texto da Piauí sobre os bastidores da relação. A maioria das declarações foram prestadas em anonimato.

24 - Dilma já mostrava a que viera: vetou a distribuição de cargos federais para parlamentares da base governista e anunciou um corte de 50 bilhões de reais no Orçamento. Era uma pessoa de opiniões fortes e perfil “gerentona”. (...) parecia intransigente diante de evidências de corrupção. (...) Em maio de 2011, o Ibope registrava que ela tinha 73% de aprovação popular.

25 - Código Florestal foi a primeira briga de Dilma. O PMDB acabou votando em peso a favor da emenda que anistiava os desmatadores, derrotando o governo. E ninguém foi demitido. Recentemente, um petista paulista resumiu o caso: “Essa inabilidade política, misturada com arrogância, marcou as ações dela. Como pôde achar que era ligar, ameaçar o vice e ele ia pedir desculpas?” Mas Dilma saiu maior do episódio: era ela brigando quixotescamente contra os venais da política.

26 - Em 2011: As demissões em série deram ao marqueteiro João Santana uma senha para colar na presidente: Dilma era a faxineira da corrupção.

27 - Não bastasse, ela tomava providências em áreas das quais seus antecessores mal haviam tido coragem de se aproximar: instalou a Comissão da Verdade para esclarecer crimes da ditadura militar, assunto que Lula procrastinava, e aprovou a Lei de Acesso à Informação, acabando com o sigilo eterno de documentos públicos.

28 - Reuniões com Dilma eram difíceis e Ideli Salvati não tinha muito poder delegado (“vou ver com a presidenta”). Dilma não falava nem com a bancada do PT. “Para ela, a política era o mal em si. Empresário era abutre, e político era picareta. É assim que ela pensa”, disse um importante dirigente do Partido dos Trabalhadores, durante um café da manhã, no Rio.

29 - Desde a posse, todos os ministros haviam sido proibidos de falar com a imprensa. Qualquer declaração oficial, só por meio do porta-voz ou da própria presidente. (...) Em seu governo, Lula usava os vazamentos de informação para testar várias ideias. Deixava deputados fomentarem boatos de maneira a ter um termômetro do que pensava em fazer – ou não fazer. (...)  Testar uma ideia, só nas pesquisas qualitativas encomendadas pelo marqueteiro João Santana, partilhadas com um ou dois interlocutores.

30 - O jeito durão: “Esse método prejudicou muito porque ninguém tinha coragem, ânimo ou saco de se contrapor a ela. A ausência do contraditório fez com que ela embarcasse em muitas canoas furadas”, comentou um ex-integrante da equipe econômica do governo, em meados de setembro, durante um almoço, no Rio. “Na econômica, por exemplo”, disse.

31 - Médico Kalil tinha outra visão: “Poucas vezes vi alguém tão comprometido em mudar a vida dos pobres. Mas a Dilma é fechada. Por tudo que ela passou na vida, ela é isolada, é o perfil dela.” Segundo ele, a “verdadeira Dilma” é a mulher que sai de madrugada, driblando a segurança, para andar de moto por Brasília – como havia revelado meses antes uma reportagem da Folha de S.Paulo. “Olha que ser pitoresco! Ninguém a conhece de verdade.” (...) Perguntei a Kalil se Dilma contaria com seu voto. “Claro que não! Sou malufista! O pastor Everaldo é meu candidato”, respondeu, num tom em que a troça soou ambígua. E o que seu paciente mais famoso pensava disso? “A gente não fala do assunto. O Lula diz que eu ainda sou do tempo dos macacos e que no dia que eu evoluir para humano a gente pode conversar sobre política”, respondeu.

32 - Há quem veja nesse comportamento um eco do próprio passado. Dilma foi torturada pela ditadura e ficou presa durante três anos. “A cabeça dela é a cabeça de célula, de aparelho, como se ainda estivéssemos na luta armada, com gente do nosso lado podendo nos trair ou gente atrás de nós querendo nos pegar”, disse um ministro que passou pelos governos tucano e petista. Segundo ele, tudo faz sentido: a preferência pelo isolamento, a autossuficiência, a desconfiança, o controle da informação, o hábito de guardar grandes somas de dinheiro em casa “para qualquer emergência” ou, ainda, a mania de dormir de sapatos, “caso precisasse sair às pressas”, que a acompanhou por anos. “Ela ainda é a menina dos anos 60”, disse.

33 - Na Petrobras, fez o mesmo para controlar a inflação: represou os preços dos combustíveis, ainda que a medida representasse um baque para o caixa da estatal.

34 - Em abril de 2012, ela deu o passo mais ousado. Mandou a nova presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, demitir parte da diretoria da empresa. Três diretores ligados a três partidos foram defenestrados. Um deles era Paulo Roberto Costa, responsável pelo Abastecimento. No PT, as demissões caíram mal. Sobretudo a de Renato Duque, da diretoria de Serviços e Engenharia, responsável por grandes encomendas de plataformas e sondas de perfuração. Petista da corrente Construindo um Novo Brasil, tendência interna mais poderosa do partido, Duque fora indicado pelo ex-ministro José Dirceu. É bom guardar esse nome.

35 - Em público, Lula negava a hipótese de se candidatar, mas no privado era sempre ambíguo. Ainda que não estimulasse o boato, não movia uma palha para matá-lo na origem. Em encontros reservados, ele passou a criticar a presidente.

36 - A economia muda, as coisas mudam. 2013: Ao longo do tempo, o pragmatismo ganhou. Dilma liberou o aumento dos ministérios para acomodar aliados, ministros faxinados indicaram sucessores, e ela trocou um ministro por causa de um minuto a mais no programa eleitoral na tevê. A imagem de faxineira ficara para trás.

37 - Um pouco antes da Copa, o ex-presidente Lula esteve em Milão para visitar a sede da Pirelli. À noite, num jantar privado, fez uma breve explanação sobre o Brasil e a América Latina. Ali, para os cerca de vinte convidados, desancou a sucessora. Disse que ela não o “consulta para nada”, ressaltou sua inabilidade política e a dificuldade de tocar o governo. (...) Dois dos presentes relataram o ocorrido a um conhecido empresário brasileiro do ramo do comércio exterior. “Se ela depender dele para se eleger, coitada dela”, comentou um deles, segundo o empresário contou, em seu escritório, em São Paulo.

38 - Paulo Roberto Costa: “Se ele falar, não tem eleição.” Comentou que Costa “era um ser único na política brasileira” – pela primeira vez, um operador atuava nas duas frentes: na arrecadação de recursos de campanha e na distribuição para políticos. “Na época do PC Farias, ele só arrecadava, não sabia para quem ia o quê. Esse Paulinho sabe tudo”, afirmou. (...) O caso ganhava contornos ainda mais preocupantes porque, por causa da nova Lei Anticorrupção – sancionada por Dilma Rousseff –, atualmente são os controladores das empresas que respondem pelos crimes, não mais um diretor ou um secretário. “Você imagina o que é ter o dono de uma empreiteira realmente correndo o risco de ir para a cadeia?”, observou o advogado.

39 - Naqueles dias, um influente empresário, com negócios no Sudeste e Nordeste, foi recebido para jantar na casa da família Lula em São Bernardo do Campo. (...) Ele, que estava decepcionado com o PT, externou sua opinião. Foi a deixa para Marisa desancar Dilma mais uma vez: ingrata, falsa e traidora foram alguns dos adjetivos que empregou. Os filhos de Lula corroboravam a opinião da mãe. O ex-presidente permaneceu calado.


Augusto de Franco - Queda do Socialismo (1990) - Atalho:

40 - Já li e fichei na pasta “Os Marxistas”.

 

Brasil 2010 - Crack, Lula, Capitalismo e Etc.:

41 -  Um milhão de brasileiros consumindo crack.

42 - É verdade que até 2004, 13% das crianças de rua do Rio de Janeiro consumiam a pedra e que, em 2010, essa porcentagem aumentou para 90%.

43 - A vida útil dos cortadores de cana brasileiros atingiu 10 anos em 2009, dois a menos que a vida útil do escravo africano em pleno século XIX.

44 - Tudo em pleno boom econômico de 2010.

 

Criticando Lula em 2003:

45 - Lula era, em dois meses de governo, para o autor, pura demagogia e cópia de FHC, não apresentando qualquer novidade relevante. Não aprofunda muito.

 

Defendendo o Bolsa Família - Atalho:

46 - Já li e fichei em “Os Esquerdistas…”.

 

Discurso de Lula em Davos:

47 - Falou em urgência da reforma agrária…

48 - Defendeu mais controle de capitais e criticou protecionismo dos ricos, os paraísos fiscais e a evasão ilegal.

49 - Essa parte é bem “o problema é a extrema-pobreza”: Mais de dez anos após a derrubada do Muro de Berlim, ainda persistem "muros" que separam os que comem dos famintos, os que têm trabalho dos desempregados, os que moram dignamente dos que vivem na rua ou em miseráveis favelas...

50 - Propôs um fundo internacional de combate à fome e a miséria, com aportes do G-7...

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