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Mostrando postagens de março, 2024

Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar - Capítulo 11

                                                            Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar Pgs. 298-319 " CAPÍTULO 11 : "Leviatã ou o rei filósofo? - O PAPEL DO ESTADO " 255 -  As patentes se chamavam monopólios sobre patentes, já que eram (e ainda são) monopólios criados artificialmente, embora possam ser úteis em termos sociais . 256 - Estado como forma de fugir da pobreza e brutalidade:  O próprio Hobbes na verdade usou sua teoria para justificar a monarquia absolutista. Ele defendia uma total submissão dos indivíduos à autoridade do monarca, que se justificava por sua capacidade de tirar a humanidade de seu estado de natureza. 257 - R. Nozick e James Buchanan já viam o Leviatã como um monstro realmente a ser contido. Era o "libertarianismo". Só servia o que supostamente era de interesse de todos os ho...

Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar - Capítulo 10

                                                             Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar Pgs. 275-297 " CAPÍTULO 10 : "Eu conheci gente que já trabalhou - TRABALHO E DESEMPREGO " 233 - Vida infernal:  Até o século XIX, a maior parte das pessoas que vivia nos atuais países ricos do Ocidente em geral trabalhava de setenta a oitenta horas por semana, com alguns trabalhando mais de cem horas. Como normalmente (nem sempre) eles tinham a manhã de domingo livre para ir à igreja, isso significava que trabalhavam pelo menos onze horas, e é possível que até dezesseis horas por dia, exceto aos domingos. 234 -  Alguns trabalhadores migrantes internacionais trabalham em condições análogas às de trabalhadores forçados no final do século XIX e início do XX. 235 - O Estado não deve se meter na liberdade de alguém esco...

Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar - Capítulo 9

                                                           Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar Pgs. 252-274 " CAPÍTULO 9 : "Eu quero que a cabra do Boris morra -  DESIGUALDADE E POBREZA " 205 - Desigualdade (Chang critica a teoria do gotejamento): Entre os argumentos éticos contra a desigualdade estão: um alto grau de desigualdade é moralmente inaceitável porque uma grande parte do que você ganha se deve à sorte (por exemplo, quem são seus pais) e não ao “puro merecimento” (como esforços praticados por você); um grupo com muitas discrepâncias entre seus membros não tem como funcionar como uma verdadeira comunidade; desigualdade excessiva corrói a democracia ao permitir que os ricos tenham influência política desproporcional .  206 - E o outro extremo?  Poucas pessoas, se é que haveria alguém disposto a isso, d...

Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar - Capítulo 8

                                                          Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar Pgs. 223-251 " CAPÍTULO 8 : "Problemas no Banco Fiduciário Fidelity " 176 - Começa falando dos casos de corrida aos bancos. Por vezes, basta crerem numa profecia autorrealizável. Se houver base real então...  Vimos exemplos disso na esteira da crise financeira global de 2008. Os clientes faziam fila na frente das agências do banco Northern Rock no Reino Unido, enquanto os depositantes on-line no Reino Unido e na Holanda congestionavam o site do Icesave, o braço na internet do banco islandês Landsbanki, que estava quebrando .  177 -  A capacidade dos bancos de criar dinheiro novo (isto é, o crédito) é comprada exatamente à custa da instabilidade — ou seja, o risco de haver corridas aos bancos. Mas há outra dificuldade:...

Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar - Capítulo 7

                                                         Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar Pgs. 195-222 " CAPÍTULO 7 : "Como cresce o seu jardim? -  O MUNDO DA PRODUÇÃO " 151 - Guiné Equatorial. Um país pequeno de 700 mil pessoas. É o país mais rico da África, com um PIB per capita de 20703 dólares, com dados de 2010. Nos últimos vinte anos tem sido uma das economias com crescimento mais acelerado do mundo. Entre 1995 e 2010 seu PIB per capita cresceu 18,6% ao ano — mais que o dobro da taxa da China, a estrela internacional do crescimento, que cresceu “apenas” 9,1% ao ano. (ou era em 2010. No ranking do FMI de 2022, Botswana está na frente). 152 - ...Milagre econômico? Que nada!  Nada mudou na economia do país exceto a descoberta de uma grande reserva petrolífera em 1996 . (...)  Em 1995, o PIB per capita da Gui...

Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar - Capítulo 6

                                                        Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar Pgs. 160-194 INTERLÚDIO II - Seguindo em frente… SEGUNDA PARTE - Utilização  " CAPÍTULO 6 : "“Quanto vocês querem que seja?” PRODUÇÃO, RENDA E FELICIDADE " 139 - Tendemos a usar o PIB em vez do PIL porque não há uma única maneira, com que todos concordem, de avaliar a depreciação (aqui basta dizer que há várias maneiras conflitantes), o que complica muito a definição do “l” no PIL . 140 -  Para a Suécia e a Suíça, que têm mais empresas nacionais operando no exterior do que empresas estrangeiras operando dentro do país, o PNB é maior que o PIB, em torno de 2,5% e 5%, respectivamente, com dados de 2010. 141 - "Coisas" como agricultura de subsistência, trabalho doméstico e moradia própria complicam o cálculo e comparações:  Ao ...

Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar - Capítulo 5

                                                       Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar Pgs. 137-159 " CAPÍTULO 5 : " Os personagens do drama - QUEM SÃO OS ATORES ECONÔMICOS? " 118 - Na epígrafe, a frase de Thatcher sobre não existir "essa coisa de sociedade" e essa outra de Jim Hightower: " As empresas não precisam mais pressionar o governo. Elas são o governo. " 119 - Apresenta a fábula da liberdade individual como "a importante" (ou única...):  Não há nenhuma autoridade superior — seja rei, papa ou o ministro do Planejamento — que possa dizer o que as pessoas devem desejar e produzir. Nessa base, muitos economistas do livre mercado já argumentaram que existe um vínculo inseparável entre a liberdade de escolha do consumidor individual e sua liberdade política mais ampla. A crítica seminal de Friedrich von Hayek ao socialismo...

Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar - Capítulo 4 (PARTE "C")

                                                      Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar (...)  Pgs. 118-136 " CAPÍTULO 4 : "Que desabrochem cem flores - COMO “FAZER” ECONOMIA " 103 -  A escola institucionalista — o velho e o novo? Resumo: Os indivíduos são produto da sua sociedade, embora possam mudar as regras . O velho nasce com Veblen:  Veblen também tentou entender as mudanças na sociedade em termos evolucionários, se inspirando na então recente teoria de Charles Darwin . O individuo não é sempre e nem precisar ser aquele egoísta/racional. 104 - ... Foi proclamada oficialmente como escola institucionalista em 1918, com a bênção de Veblen, sob a liderança de Wesley Mitchell (1874-1948), aluno de Veblen e na época líder do grupo. O New Deal teria muitos envolvidos dessa escola. Para Chang, o referido programa ...

Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar - Capítulo 4 (PARTE "B")

                                                     Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar (...)  Pgs. 108-117 " CAPÍTULO 4 : "Que desabrochem cem flores - COMO “FAZER” ECONOMIA " 90 - Austríaca:  Resumo: Ninguém sabe o suficiente; então deixemos todo mundo em paz . Grande diferença metodológica com os neoclássicos. Partem da racionalidade limitada:  Ela vê a racionalidade humana como algo severamente limitado. Seu argumento é que o comportamento racional só é possível porque nós, seres humanos, limitamos de forma voluntária, embora inconsciente, as nossas opções, aceitando sem questionar as normas sociais. “O costume e a tradição se interpõem entre o instinto e a razão”, entoou Hayek. 91 - Aqui Chang está de sacanagem com os neoclássicos, mas ok: ... Assim, os austríacos dizem que o livre mercado é o melhor sistema econômico ...

Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar - Capítulo 4 (PARTE "A")

                                                    Livro: Ha-Joon Chang - Economia: Modo de Usar Pgs. 85-107 " CAPÍTULO 4 : "Que desabrochem cem flores - COMO “FAZER” ECONOMIA " 67 - Um capítulo de História das Ideias em Economia, digamos assim. Autores de escola X ou Y não necessariamente "fecham com elas" em tudo.  Um exemplo ainda mais complicado é Frank Knight, um economista do início do século XX, que lecionou na Universidade de Chicago. Ele é em geral visto como um economista austríaco (não, não por causa de sua nacionalidade — ele era norte-americano), mas tinha muita influência dos institucionalistas, e algumas de suas ideias têm contato com as teses dos keynesianos e dos behavioristas. 68 - Gostei da ideia de botar uma frase-resumo pra cada escola:  A escola clássica: Resumo: O mercado mantém todos os produtores em alerta por mei...