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Mostrando postagens de julho, 2021

Desempenho Econômico da América Latina - Arazul - LIVE com Felipe Camargo (Oxford Economics)

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                      Economia  Desempenho Econômico da América Latina | Arazul LIVE com Felipe Camargo (Oxford Economics) 1 - Felipe Camargo coloca que a Argentina foi beneficiada com uma melhora na conta-corrente por uma razão não muito boa: a economia deprimida pela Covid importou pouco. Porém, continua sufocada.  2 - Brasil: PIB com potencial de 2% ao ano. Dívida PIB em 86%. Juro neutro entre 3 e 4%. Nesse cenário, só um superávit de 2% estabilizaria a trajetória, o qual não acontece desde 2011 (acho que ele diz isso limando os "não-recorrentes"). Coloca que o deflator do PIB foi que ajudou a dívida a não chegar em 90%, pois veio até "melhor" que a inflação. Deu um empurrão no PIB nominal.  3 - A inflação trouxe um alívio no sentido de manter salários defasados até maio. Governo economizando sobre a perda de poder de compra dos seus remunerados - funcionários, aposentadorias e etc. A arrecadação nominal sobe e os ...

Economia - Estudos de Otaviano Canuto

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                    A novela do Fed, escreve Otaviano Canuto 1 - BCs tendem a tratar, agora, os 2% como teto da meta de inflação, não como média mais. Sinalizam maior tolerância com a mesma, portanto. 2 - Spread entre os juros do FED-BC e nossa situação é algo a ser monitorado: " Segundo, já que falamos de “tantrum”, qual a probabilidade de que a eventual subida de juros e mudança no QE possam suscitar um novo “taper tantrum”, como aquele que atingiu os “5 frágeis” (África do Sul, Brasil, Indonésia, Índia e Turquia) em 2013, quando o Fed anunciou em abril daquele ano que começaria a planejar a reversão do QE? ". Por que eram? Tinham déficit em conta-corrente à época. Risco de depreciação forte, portanto (e inflação?). 3 - Otaviano coloca que, hoje, assim como em 2018 (quando realmente veio o QE esperado desde abril de 2013), não há mais tal déficit (embora tenha havido em 2020, acho, já deve estar sendo revertido). Otaviano Canuto on Glo...

Livro: Paul Krugman - Introdução à Economia (2015) - Parte XXXII

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                   Livro: Paul Krugman - Introdução à Economia  (2015)  - Parte XXXII Pgs. 835-860 (Fim!): 626 - O último capítulo é o 34: Macroeconomia de economia aberta. Suiça, com sua reputação de segurança frente a um mundo turbulento, atraiu tanta moeda (dólar, euro, etc) que chegou à acumulação de 33% do PIB só em reservas. Começou a vender francos para evitar tamanha apreciação - em relação ao euro já era quase 50% -, já que os custos de exportação estavam ficando insuportáveis. Em setembro de 2011 o BC suiço afirmou que faria o que fosse necessário para que a moeda se desvalorizasse até um patamar entre 15% ao que entendi. Ou seja, na prática, ameaçou um câmbio fixo. Iria acumular a reserva que fosse para que essa entrada de capital "maneirasse", digamos assim. (Googlei que mantiveram fixo mesmo e tornaram a promover outra desvalorização em 2015. Não sem motivo que suas reservas hoje já são mais que 100% do PIB). 627 -...

Livro: Paul Krugman - Introdução à Economia (2015) - Parte XXXI

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                  Livro: Paul Krugman - Introdução à Economia  (2015)  - Parte XXXI Pgs. 824-834: 613 - ...A "nova economia keynesiana" surge nos anos 90 como resposta a isso. Lembra a rigidez dos preços e salários. Faz mais, argumenta que monopolistas têm pouco incentivo para tentar acertar o preço exato. Podem vender mais a preço mais baixo que o "natural" e vender menos a preços mais altos que o "natural". O lucro não muda muito. Talvez não valha a pena gastar tempo, dinheiro e esforço tentando se antecipar à política macro dos governos. Como parte da economia tem proximidade com o modelo de quase-monopólio, políticas ativas podem sim funcionar. 614 - Critica os teóricos da "economia pelo lado da oferta" apoiados por Reagan e jornalismo econômico da época. Chegaram a prever que os EUA estavam do lado errado da Curva de Laffer (o que não se comprovou) e que os cortes de impostos e afins iriam aumentar o produto potencial de modo a...

Livro: Paul Krugman - Introdução à Economia (2015) - Parte XXX

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                 Livro: Paul Krugman - Introdução à Economia  (2015)  - Parte XXX Pgs. 813-823: 598 - O capítulo 33 se chama "macroeconomia: eventos e ideias". É quase HPE. Inicia colocando que a teoria clássica do nível de preços intuía sim - muitos dos economistas - que a moeda não era exatamente neutra no curto prazo. Porém, achavam que os efeitos de tal não-neutralidade não eram significativos/relevantes. Eram céticos quanto à possibilidade de mudanças no produto agregado mesmo no curto prazo. Achavam que mudava o nível de preços sem que se fizesse quase nada pelo "produto agregado".  599 - Krugman traz dados de que os EUA eram 35 a 40% agricultura e 15 a 20% manufatura-mineração entre 1840 e 1860. Já nos quarenta anos seguintes, as curvas se moverão em sentido contrário e irão quase que inverter a mencionada proporção em 1900. A economia predominantemente agrícola tem poucos choques de demanda e muitos de oferta. Assim, os...

Livro: Paul Krugman - Introdução à Economia (2015) - Parte XXIX

                Livro: Paul Krugman - Introdução à Economia  (2015)  - Parte XXIX Pgs. 804-812: 590 - Apesar de ter usado todos os três instrumentos, o FED não conseguiu afrouxar muito o crédito. Desemprego continuava alto em 2011. Caso clássico de política monetária perdendo o poder devido às reservas excedentes. Ademais, a própria procura por crédito diminuiu. As próprias empresas e famílias pareciam mais empenhadas em cortar gastos e evitar se endividar ainda mais, mesmo à taxa quase zero. 591 - Crise de 29: o spread entre títulos longos do governo e títulos de empresas com boa reputação pela Moody's subiu de 2% ao ano para 7% em 1932. E olha que os títulos do governo tiveram até um pequeno aumento. Era muito difícil, mesmo para empresas boas pagadoras, tomar crédito. Se antes conseguiam a cerca de 5 ou 6% ao ano, agora precisavam que fosse a uns 11%. Na época, o FED foi "laissez-faire". Não usou qualquer dos três instrumentos citados...

Livro: Paul Krugman - Introdução à Economia (2015) - Parte XXVIII

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               Livro: Paul Krugman - Introdução à Economia  (2015)  - Parte XXVIII Pgs. 782-803: 571 - Os países desenvolvidos praticaram a custosa "desinflação" durante a maior parte dos anos 80. Krugman prova com gráfico. Tudo para sanar o choque do petróleo e outros efeitos. Krugman estima em "18% do PIB real" (a figura do ponto "573", mais abaixo, somou os hiatos) o custo de tal política no início da era Reagan.  572 - ...É um passo atrás para dar dois na frente, se espera. Com o fim dos custos da inflação, a economia pode crescer de forma mais eficiente, usando bases saudáveis. Por mais que haja até perda de produtividade no curto prazo, causadas pela retração. Para acelerar e reduzir os custos totais do processo, parece que a credibilidade do BC no combate é fundamental, algo já dissecado no fichamento que fiz de Mankiw sobre o assunto. 573 - ...O hiato foi crescendo de 1979 a 1982. Depois, com a inflação em 4% já em 1983, com...

Livro: Paul Krugman - Introdução à Economia (2015) - Parte XXVII

              Livro: Paul Krugman - Introdução à Economia  (2015)  - Parte XXVII Pgs. 772-781: 557 - Krugman afirma que, de fato, o FED monetiza a dívida. Por mais que não compre diretamente do Tesouro, compra de forma triangular. Vai ao mercado comprar títulos da dívida dos agentes privados que compraram do governo. E talvez esses comprem justamente por saberem que o FED - e sua liquidez quase infinita - entrará na ponta compradora quando eles forem vender.  558 - ...O pagamento de juros do Tesouro ao FED volta, por lei, para o Tesouro. Então, quando o FED compra esses títulos no mercado aberto, é como se eliminasse a dívida até. É uma senhoriagem, já que isso gera receita extra do nada. Afirma Krugman que isso representa, porém, menos de 1% do orçamento do governo e que o FED, ao fazer isso, não está olhando ou preocupado com a receita, sendo apenas colaterais do combate a inflação e desemprego - achando o melhor "trade-off" entre ambo...

Livro: Paul Krugman - Introdução à Economia (2015) - Parte XXVI

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               Livro: Paul Krugman - Introdução à Economia  (2015)  - Parte XXVI Pgs. 743-771: 537 - O capítulo 30 é sobre "política monetária".  538 - Um aumento do PIB real obviamente deslocará a curva de demanda por moeda para a direita. Há mais bens e serviços para comprar.  539 - Criminalidade baixa, varejo dominado por pequenos negociantes e baixíssimo custo de oportunidade em manter dinheiro vivo (taxa de juros no chão) fazem com que o Japão seja uma economia que usa pouco cartões. (Não sei hoje em dia). Usam muito dinheiro vivo pra quase tudo.  540 - A taxa de juros de equilíbrio funciona conforme a preferência por liquidez. Ao estabelecer metas para as taxas de juros e persegui-las em operações no mercado aberto, o FED (BCs) altera a "preferência" e gera um novo equilíbrio, não controlando exatamente, porém, a quantidade total de moeda (embora indiretamente o faça. Ou espera fazer). 541 - Krugman coloca que entre ...

Livro: Paul Krugman - Introdução à Economia (2015) - Parte XXV

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             Livro: Paul Krugman - Introdução à Economia  (2015)  - Parte XXV Pgs. 725-742: 516 - ...Krugman depois dá suporte a isso. Coloca que a moeda em circulação costumava ser 90% da base antes da crise. Em 2012, era 40% porém! A mudança drástica que a Crise de 2008 trouxe. O multiplicador da moeda caiu de 3 a 1,5 para cerca de 0,7 durante a 2007-09. Cabe lembrar que reservas obrigatórias de 10% permitiram que esse multiplicador chegasse a 10 até! Conclusão: os bancos não estão emprestando mesmo nadando em reservas. Não veem grandes oportunidades. Parecem preferir investir em ações e ativos do tipo. Daí a ausência de inflação na economia real. A base monetária e as reservas cresceram absurdamente, mas a oferta monetária - depósitos em conta e moeda em circulação -não (cresceu bem menos). 517 - Na crise de 29, as pessoas retiraram depósitos e mantiveram "moeda em circulação" - até porque estava rolando uma deflação forte mesmo. Os bancos...