Desempenho Econômico da América Latina - Arazul - LIVE com Felipe Camargo (Oxford Economics)
Economia
Desempenho Econômico da América Latina | Arazul LIVE com Felipe Camargo (Oxford Economics)
1 - Felipe Camargo coloca que a Argentina foi beneficiada com uma melhora na conta-corrente por uma razão não muito boa: a economia deprimida pela Covid importou pouco. Porém, continua sufocada.
2 - Brasil: PIB com potencial de 2% ao ano. Dívida PIB em 86%. Juro neutro entre 3 e 4%. Nesse cenário, só um superávit de 2% estabilizaria a trajetória, o qual não acontece desde 2011 (acho que ele diz isso limando os "não-recorrentes"). Coloca que o deflator do PIB foi que ajudou a dívida a não chegar em 90%, pois veio até "melhor" que a inflação. Deu um empurrão no PIB nominal.
3 - A inflação trouxe um alívio no sentido de manter salários defasados até maio. Governo economizando sobre a perda de poder de compra dos seus remunerados - funcionários, aposentadorias e etc. A arrecadação nominal sobe e os gastos demoram para acompanhar. Arrecadação volta a subir assim que a economia volta a se recuperar, seja via exportações, seja via produção para consumo interno mesmo.
4 - Colômbia foi revisada pra baixo pelas agências. Dívida de 67% do PIB, sendo boa parte externa. Pode virar um "Brasil".
5 - Coloca que o Brasil focalizou pouco o auxílio emergencial e já tinha instrumentos para isso. Desperdiçou. Podia até dar cheque maior para menos gente, mas, de toda forma, foi um total de gastos bem generoso.
6 - Felipe crê que o Chile pode ter sua perspectiva de crescimento anual melhorada de 2,5 para 3% nos próximos anos se conseguir se arrumar para colher os frutos de um possível super ciclo do cobre.
7 - Motivos da apreciação do Real no ano: a) commodities puxando; b) o pequeno alívio fiscal já mencionado; c) Selic se "normalizando" um pouco; d) o próprio péssimo desempenho do ano passado que não estava de acordo com a melhoria na conta-corrente. Coloca que o medo do fator fiscal estava muito exagerado. 5,00 até se entende, mas estava bem acima.
8 - Coloca que o México vai se beneficiar dos pacotes de Biden. EUA crescem e demandam trabalho.
9 - A nossa inflação tem a ver com uma alta nas commodities que foi muito mais rápida que uma possível apreciação no câmbio que a acompanha geralmente. Uma coisa costuma compensar um pouco a outra (na década de 00 foi assim). Agora, isso não ocorreu.
10 - Coloca que os BCs mundiais, ao ampliarem enormemente a liquidez internacional na crise da Covid, permitiram que até mesmo os emergentes pudessem se beneficiar um pouco disso, tomando emprestado mais barato.
11 - Afirma que já está havendo reajuste dos juros futuros, precificando a volta ao normal.
12 - Os juros hoje são menores, coloca, porque as pessoas vivem mais e têm menos filhos (menor consumo) e, portanto, poupam mais para a velhice. Os governos gastam essa poupança excedente. O grande exemplo é o Japão, com a demografia mais velha e seus déficits a juros zero. E deflação.
Acho que o melhor resumo a respeito dos juros baixos é o texto que ele mesmo fez sobre o artigo de Pessoa no facebook:
https://www.facebook.com/groups/economa1/posts/2797061066971511/
13 - Não vê capacidade ociosa no Brasil a partir de 2022. Fecharíamos o hiato. Coloca que a Argentina deve crescer 7,5% este ano.
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