Samuel Pessoa - Comentários ao Livro de Ciro Gomes IX

 (continuação...)

56 - Brasil e Fiscal em Dilma:

57 - Há uma contínua piora fiscal desde 2006. Essa piora não aparece no superávit primário cheio, pois o ciclo econômico e o boom de commodities mascararam a deterioração fiscal, além de ter havido crescimento contínuo da componente não recorrente no déficit público. Na figura 22, temos o impacto da política fiscal sobre o equilíbrio entre oferta e demanda da economia, o impulso fiscal. Entre 2006 e 2014, com exceção de 2011, tivemos a política fiscal pressionando demanda, inflação e juros.

58 - As figuras 23 e 24 apresentam a não-sustentabilidade da política econômica petista a partir da evolução das contas externas. Trata-se da evolução das exportações líquidas como proporção do PIB, a preços correntes, na figura 23, e a preços constantes, na figura 24.89 A correlação simples entre a evolução do déficit público estrutural, figura 21, e as exportações líquidas a preços correntes, figura 23, é de 86%.



59 - Apêndice ao fim do texto: De fato, a carga tributária elevou-se muito no governo FHC. Subiu de 17,3% do PIB, em 1994, para 21,5%, em 2002, acréscimo de 4,2 pontos percentuais. Inferior aos 6pp que Ciro alega em seu texto. Diferentemente do que escrevi no texto, com a correção pela mudança da metodologia do PIB, houve em 1995 (em comparação com 1994), aumento do gasto público em 1,1 pp, de 15,1% do PIB para 16,2% do PIB. A elevação do gasto com funcionalismo de 0,4 pp foi fruto de aumento de 29% concedido pelo presidente Itamar Franco. Finalmente, houve em 1995, em comparação a 1994, redução de receita de 0,6pp (de 17,3% do PIB em 1994 para 16,8% em 1995).

60 - O apêndice final é um texto explicando que o governo ganharia muito pouco se deixasse de pagar a dívida intrna. Tem o problema com os fundos de pensão que deixariam de receber juros inclusive.

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