Henry Bernstein - Soberania Alimentar: uma perspectiva cética
Anotações Sobre “Agroecologia”.
“Henry Bernstein - Soberania Alimentar: uma perspectiva cética”:
1 – Trata-se de texto de julho de 2013.
2 – SA é controlar não só o que come, mas como produz. SA é um projeto mundial, já que defendido pela Via Campesina.
3 – Globalização e agricultura. Há mudanças importantes, por exemplo: “(...) os impactos de negócios futuros de commodities agrícolas sobre os preços no mercado mundial, isto é, especulação incentivada pela ‘financeirização’”. Cita outros nove problemas dessa “nova agricultura”, digamos.
4 – Até agora o texto tem muita tese e pouca explicação ou números sobre elas. Complicado...
5 – Afirma que a agricultura capitalista resolveu o “problema de Malthus”; Alimentos cresciam menos rapidamente que a população. A produtividade capitalista resolveu isso.
6 – A China tem pequenas propriedade, mas pica-lhe semente híbridas geneticamente modificadas; uso abundante de fertilizantes químicos e trabalho intensivo extremo.
7 – Apresenta uma divergência mal explicada à estratégia da soberania alimentar, vamos dizer assim. Considera inflados os números de camponeses. Cita especialmente China e India. Achei meio tosco ele colocar sua principal objeção à agroecologia (não usa esse termo) num argumento que desenvolveu em outra oportunidade (Bernstein, 2010...). Ou seja, esse texto que venho lendo, e inclusive desgostando, não serve pra quase nada. É isso?
8 – Critica experiências agroambientais (lá pela pg. 15 até 17-18) na África que não teriam conseguido manter uma elevação da produtividade compatível com o crescimento populacional. Não produz muito excedente. Visa a autoprovisão. Usam muito trabalho e pouco insumo justamente por serem pobres; não por uma escolha. Fala ainda que há muita “migração para trabalho” ignorada. Ao que entendi, pra complementar a subsistência.
9 – Critica a dependência que a “soberania alimentar” tem em relação a subsídios do Estado (não só ela, diga-se) e a necessidade que haveria de “subsidiar” os preços aos consumidores dos produtos da pequena propriedade.
10 – Termina colocando que apoiará diversas lutas da soberania alimentar – contra a grilagem para a produção empresarial, por exemplo -, mas não a defende como modelo substitutivo para o total da sociedade.
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FIM
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