Trechos e Textos sobre Educação e outros temas - Parte I
18 – Cita Ernesto Cardenal, Ministro da Educação da Nicarágua Sandinista, que propunha uma reforma educacional que acabasse com o currículo e coincidência entre progresso escolar e cronologia anual. Um camponês poderia fazer a sexta série em três ou quatro anos se assim quisesse, por exemplo. Não vai fazer prova. Nem competir.
19 – Cita escolas no Quênia onde cada aluno passa uma semana com algum trabalhador ( lixeiro, auxiliar de enfermagem...) para ver o funcionamento da sociedade.
20 – Uma escola pautada em Educação Popular teria que discutir a matemática a partir da feira, por exemplo.
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36 – “Em 1906, quando o número de operários no país aproximava-se de 150.000 (CARONE, Edgard, in Nosso Século, 1980), realizou-se, no Rio de Janeiro, o Primeiro Congresso Operário Brasileiro e neste congresso foi fundada a COB, Confederação Operária Brasileira, com ampla maioria de anarquistas e forte presença de imigrantes”.
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39 – O PCB surge em 1928. Teve 10% dos votos na eleição de 1945.
40 – Após o Estado Novo, o sindicalismo ligado ao PCB começou a crescer. As tentativas de unificação sindical – como a CGT - “geraram importantes movimentos, como as greves de 53 e 57, em São Paulo, da qual participaram cerca de 300.000 trabalhadores (havia à época cerca de 10 milhões de habitantes no Estado de Estado de São Paulo)”.
41 – A formação para o PCB era o conhecimento da linha política e das diretrizes do partido. A linha e as aulas eram preparadas pela sabedoria coletiva do Comitê Central, tendo a frente o camarada Prestes.
42 – Em 1962 já havia um racha entre o PCB e PCdoB, que dura até hoje.
43 – O PCB teria encarado o golpe com “perplexidade” e “imobilismo”.
44 – “Dispositivo sindical” era a ideia de que com um “estalar de dedos”, o Brasil “pararia”. Prestes chegou a dizer (brincar, sei lá) que já estavam no poder, só faltava o governo. Os militares mais paranoicos devem ter adorado essa. Quando veio o golpe, foi necessário se fazer uma reflexão profunda de autocrítica.
45 – A guerrilha do Araguaia, promovida pelo PCdoB, terminou em 1975.
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47 – Panorama de mobilizações do final da década de 70:
“Nas periferias das grandes cidades crescem os clubes de mães, Sociedades Amigos de Bairro tornam-se combativas, movimentos por regularização de loteamentos clandestinos e diversas outras matizes de movimentos reivindicatórios que mobilizam as populações pobres dos bairros periféricos. Alguns destes movimentos ganham características mais articuladas, como o Movimento do Custo de Vida, que coleta 1.250.000 assinaturas com uma série de reivindicações e realiza um ato com 20.000 pessoas em 1978 (SADER, 1995: p 220). Reinicia-se também o ciclo de lutas operárias, com a greve na Scania em 1978, que se alastra pelo ABC e marca a retomada das greves operárias no Brasil. Em 1979 nova greve dos metalúrgicos no ABC e em São Paulo, dirigida pela oposição sindical metalúrgica, frente ao imobilismo do “pelego” JOAQUINZÃO.”
48 – Encontros nacionais sindicais começam a ocorrer em 1979-81 (data do CONCLAT). A fundação da CUT, marcada para 1982, ocorre em 1983.
50 – O ano de 1983 presenciou a primeira greve geral do pais após o golpe. E 1984 presenciou as Diretas Já.
51 – “Em 1988 o governo usa o exército para acabar com a Greve dos Metalúrgicos de Volta Redonda, que ocupavam a Companhia Siderúrgica Nacional”.
52 – Nascimento da Força Sindical: “Em 1987, com a vitória de LUIZ ANTONIO MEDEIROS para a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, passa a ser gestada uma nova central sindical, mais articulada e com maiores vínculos com os governantes e o patronato, o que leva a criação da Força Sindical em 91”.
53 – Todo esse crescimento de sindicatos, ONG’s e partidos, tira da Igreja a centralidade na oposição ao regime, mas as metodologias e trabalhos de formação popular continuam nos setores partidários (PT), sindicais e ONG’s que sofreram essa influência.
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59 – Em 1986/87, após muita tensão, veio a regulamentação do direito de tendência do PT e também a proporcionalidade na Comissão Executiva (1990). Isso baixou bastante a poeira, mas as divergências sobre os caminhos do partido continuavam.
75 – Fala das transformações de algumas correntes do PT. Algumas, muito à esquerda, foram parar na direita do partido no início da década de 90, negando, assim, suas formulações iniciais. O PRC, por exemplo, de Genoino, considerava o PT muito “frentista” e não acreditava que pudesse se transformar num partido marxista-leninista capaz de realizar a tarefa da revolução socialista brasileira, eis que os “reformistas” hegemonizavam o partido. Era o que dizia em 1985.
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