YT - Stuart Mill | Liberalismo e Utilitarismo
Stuart Mill | Liberalismo e Utilitarismo
1 - Mill recebeu rígida educação ao estilo "homeschooling" (autobiografia dele, a fonte). Gênio precoce. Lia os gregos aos 8 anos. Em 1826, sofre um colapso mental (não vê sentido nas coisas) e é salvo tempos depois pela poesia. Foi ateu até o fim da vida.
2 - Se contrapõe a ética e política da filosofia natural lockeana. A base deve ser a utilidade. Não se trata de direitos naturais. Sua noção de felicidade e filosofia da utilidade era mais complexa que a de Bentham. Não se trata só de "felicidade ao maior número de pessoas". O qualitativo importa. Felicidades superiores ou inferiores. É melhor ser um humano insatisfeito que um porco satisfeito. É melhor ser um Sócrates insatisfeito que um tolo satisfeito.
3 - Defendeu o voto feminino no parlamento inglês.
4 - Sobre o próprio corpo, o indivíduo é soberano. Nem o Estado pode mexer. (Máxima abstrata complexa. Pode vender órgão?)
5 - O Estado (autoridades) que torna homens pequenos não poderá fazer nada com essa máquina organizada. É a força vital dos indivíduos que traz a inovação pulsante da sociedade.
6 - Liberdade de expressão é melhor que a supressão por fins nobres. Melhor ouvir que a terra plana que controlar essa liberdade. (E apologia do nazismo?). Até porque ninguém tem 100% de certeza da verdade. Ademais, as mentiras fazem com que a verdade seja melhor explicada, isso em razão da confrontação. (Na prática, não é tão benéfico assim).
7 - O livre mercado de ideias evita os dogmas, consensos irrefletidos. A confrontação (antagonismo) seria tipo a concorrência na economia.
8 - Sócrates e Jesus foram condenados pelas maiorias de sua época. Uma única pessoa defendendo algo deve ser respeitada. Contra a tirania da maioria, como já alertava seu influenciador Tocqueville.
9 - O limite à liberdade é o princípio do dano (ao outro). É contra a poligamia, mas a mesma deve ser tolerada.
10 - Posicionava-se contra as leis sobre a "vagabundagem". Trabalho forçado.
11 - Paradoxo da escravidão: a pessoa não é livre para escolher ser escrava. Isso não pode ser reconhecido. Isso porque a pessoa sempre teria a liberdade de deixar de ser escrava, logo, ela nunca estaria realmente escravizada, já que esse conceito implicaria renunciar totalmente à sua liberdade. (Esses utilitaristas não deixam de flertar com o direito natural, a meu ver).
12 - A sociedade livre não pode escolher ser uma ditadura. Decorrência do ponto acima.
13 - Estado teria que ajudar os pobres, subsidiando a educação e entrando sempre que a iniciativa privada não puder ou não for eficiente.
14 - Era contrário ao voto igualitário. Elitista, queria que o voto dos educados valesse por dois. A sociedade teria que esperar todos serem educados. Temia a tirania da maioria.
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