YT - Lives e Vídeos de Economia - Parte 9
INFLAÇÃO MUITO ALTA: POR QUE ATRAPALHA A ECONOMIA? | FALA, DUDU! #27
1 - Lembra que inflação desorganiza a economia em razão da incerteza. Os preços enviam sinais confusos. Fica difícil ou até impossível uma boa precificação. Quando sobe 3 ou 5% no ano é fácil saber que preço colocar. Quando a inflação é caótica e incerta, muitas ineficiências aparecem. Também fica difícil planejar investimentos, quanto cada coisa vai custar ou render real, digamos. Preços relativos são tudo. E o que o governo fará para combater a inflação? Ninguém sabe. Como ampliar fábrica se o governo pode resolver implantar alguma restrição ou forçar recessão para "desinflacionar"? Sem falar planos malucos que confiscam poupança, diz.
2 - Desigualdade também. Atinge o mais pobre que não consegue se proteger. Corre para se livrar do dinheiro. Não tem ativos corrigidos pela inflação. Pobre circula com papel-moeda que vai perdendo valor às vezes no próprio dia. Por isso que o Plano Real rebalanceou (menor desigualdade) tudo assim que foi implantado.
3 - Dudu lembra que o departamento financeiro das empresas ficam hipertrofiados. Em vez de empresa perder tempo investindo em marketing, inventando produto novo ou em como aumentar a produtividade baixando custo, ela é incentivada na verdade a inchar o departamento financeiro para ir pesquisando formas de driblar a inflação ou reajustar na hora certa, o que não gera valor social. Proteger a receita da corrosão inflacionária. Enfim, ineficiências na "micro" da coisa.
4 - Países com inflação muito alta geralmente não têm crescimento de produtividade. É muita desvantagem na competição capitalista, muito tempo perdido com outras coisas.
5 - Fixar taxa de câmbio (tipo dolarizar) costuma funcionar contra a hiperinflação. A política monetária é entregue a um país mais confiável, digamos. O risco é apostarem na desvalorização. Ataque especulativo.
MONOPÓLIO, BOM OU RUIM? | FALA, DUDU! # 49
6 - Nem sempre monopólio é sinônimo de preço mais alto. Dá o exemplo Walmart. Os custos (ganhos de escala e de escopo e tecnologias mais sofisticadas de administração de estoques) são tão baixos com a "concentração" que o preço, mesmo assim (setor com menos concorrência), é mais baixo (e com mais variedade de produto). A eficiência gerada compensa em termos de geração de "valor" total da coisa. Grande baixa do custo marginal de produzir. Consumidor saiu ganhando.
7 - ... Em outro exemplo contrário, a pouca concorrência no setor aéreo (concentração aumentou) nos EUA acarretou, sim, preços de "equilíbrio" maiores. Na Europa (muita competição no setor aéreo), o preço relativo é menor.
8 - O que as agências reguladoras devem olhar? Lucro cresceu muito? (Se sim, concentração pode ter gerado muito poder de mercado). Preço subiu? Monopólio deve estar fazendo mal à sociedade. Investimento caiu? Então a empresa está acomodada com o monopólio. Se sente protegida no setor. Sem medo de competição. Isso é sinal de algo errado para a reguladora. Daí surge o conceito de "mercado contestável". Importante existir. É qualquer um poder entrar de olho numa taxa de lucro que está muito alta em setor "x" ou "y", atraindo novos entrantes de setores que estão rendendo menos. Deslocamento de capital.
9 - Por fim, dentro do mesmo setor podem ter níveis de competições diferentes em relação a produto x ou y. Dá o exemplo do empréstimo à grande empresa ou a pequenas. Pode haver muita competição para emprestar para a grande, gerando eficiência na coisa, e pouca para emprestar para pequenos (monopólio...).
PRESOS EM DÍVIDAS NO FUTURO PÓS COVID-19? | FALA, DUDU! # 72
10 - Coloca que há muita evidência de que dívida alta leva a menor crescimento, pois a parcela do lucro comprometida com juros vai crescendo com o aumento do estoque (em relação ao PIB, por exemplo). Espera-se imposto para equilibrar isso, o que gera receio. Fiscal desajustado.
11 - Considera que o Brasil entrou na crise de 2008-09 razoavelmente bem preparado. Além das reservas, possuía o fiscal até em ordem no momento. Algum colchão. Agora, na Covid, piorou o que já era ruim.
12 - Coloca que a expansão fiscal autofinanciada em casos de dívida já alta é algo raro na história. Ocorreu em situações bem específicas, mas na maioria das vezes tal tentativa deu errado. (Só pesquisando...). Cita a "saída via crescimento" do pós-guerra. Isso só foi possível, ainda, com alguma inflação para ajudar e certa repressão financeira, juros forçadamente mais baixos. Dudu coloca que isso só é viável em países com grande credibilidade institucional. Em emergentes, o mercado provavelmente não confiaria/financiaria.
QUAL É A RELAÇÃO ENTRE JUROS E CÂMBIO? | FALA, DUDU! # 73
13 - Em outro vídeo do tipo (99 segundos), Dudu coloca que capital estrangeiro não necessariamente se atrai muito por pequenas variações no juros dos emergentes. Depende de outros fatores. O prêmio de risco tem que ser bem condizente com o risco real (desvalorizações da moeda local e afins). No câmbio fixo, o juros precisam refletir isso totalmente, senão nada entra. Câmbio totalmente flutuante corrige saídas de dólares geralmente. Oscilações que restabelecem equilíbrios.
14 - Um problema é que a percepção de risco pode afetar o risco. Explicando de forma mais correta/nítida: se o mercado enxergar uma dominância fiscal, por exemplo... Vai apostar contra o país. Vai "se sair" mesmo com aumento de juros. Enfim, expectativas podem afetar o modelo. Então, como diriam os economistas, não é trivial. O contrário também pode acontecer. Baixa dos juros melhorar a perspectiva do mercado sobre a dívida e... Entra mais capital! Raro, mas enfim... Deu pra entender.
15 - Ademais, vale lembrar que o juros longos no Brasil estão baixos desde o Teto de Gastos e só agora o câmbio está alto, diz Dudu em outro vídeo. (Aí é porque creio que o mercado está muito mais interessado em taxa curta, ou seja, pra fazer "carry trade" a LFT deve ser melhor. Portanto, é ela quem deve afetar mais? Só pesquisando os dados).
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