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Bresser-Pereira: “Liberalismo econômico é incompatível com o desenvolvimento do Brasil.”
1 - Coloca que bancos públicos são melhores que os privados para financiar os investimentos. Japão e Alemanha, por exemplo, sempre tiveram e possuem fortes bancos públicos. EUA que não.
2 - Coloca que a teoria da inflação inercial foi feita com Nakano, mas com a ajuda também de Bacha, Chico Lopes, Persio e Lara Resende, pessoal da PUC-RJ.
3 - Era impossível fazer o ajuste fiscal necessário. Algo fundamental ao plano segundo Bresser, que foi ameaçado de expulsão do partido (seria meses depois).
4 - Diz que o grande erro de Sarney foi querer ficar mais um ano, ou seja, cinco anos. Isso tornava o ajuste impossível devido aos acordos necessários com o centrão para tanto.
5 - Bresser lembra que todos os políticos tradicionais foram vistos como culpados pelo Plano Cruzado. As eleições de 89 mostraram isso. Lula não era visto como governo. Collor também era considerado como um cara que veio "de fora".
6 - Culpa a crise da dívida (Volcker) pela estagnação. Depois, o Plano Real teria se equivocado em essência.
7 - Bresser diz que o câmbio sempre foi favorável à indústria durante 50 anos (1930 a 1980).
8 - Afirma que era favorável à abertura em 87. Quando entrou no ministério, queria reduzir as tarifas de importação de 40% e acabar com o subsídio, também de 40%, à exportação (criado por Delfim em 67, afirma). Se diz contra o protecionismo. Só serviria para indústria infante e já não era o caso. Porém...
9 - ... Hoje ele acha que estava errado, pois tais tarifas protegiam o Brasil da "doença holandesa" em relação às suas produções agrícolas mais "produtivas", digamos. Hoje, seria muito menos drástico. Só tiraria uma parte. Portanto, elogia os tais subsídios de Delfim. Menciona o quanto as exportações de manufaturados subiram, por exemplo, de 6 para 60% da pauta de exportação.
10 - Critica ainda que o Estado brasileiro tenha perdido a capacidade de poupar. Poupança pública. Afirma que desde 1980 acabou isso. Nenhum governo da redemocratização teve coragem de restabelecer em definitivo as finanças públicas brasileiras.
11 - O crescimento da carga foi principalmente para pagar juros e construir serviços sociais (única parte que ele considera correta). Enfim, não tinha como dar certo essa redemocratização. Crescimento foi para o espaço.
12 - Afirma que o "mix" abertura comercial e câmbio super apreciado era um combo mortal para a indústria.
13 - Não existe "crescer com poupança externa". Déficit em conta corrente com entrada de capitais apreciando a moeda, o que inviabiliza a indústria, que é o caminho. (Realmente me parece que isso só serve para uma Austrália da vida, que nasceu montada em recursos naturais per capita imensos)
14 - Coloca que Dilma se opunha à necessária desvalorização/depreciação cambial porque isso iria baixar salários. Não era algo aceitável.
15 - Diz que os rentistas da vida se opõem ao mix "juros baixos-câmbio desvalorizado" porque isso contraria seus interesses diretos.
16 - Culpa a apreciação cambial enorme da era Lula pela crise em Dilma. Herança maldita. Uma desvalorização muito grande era necessária (cerca de 50% para tornar a economia competitiva) e estrutura produtiva vinha piorando. A tal da nova matriz só durou um ano, diz. Não daria tempo de arrebentar tanto a economia. O problema teria sido que Dilma não conseguiu fazer esses ajustes sem inflação e a taxa de lucro das empresas foi esmagada a 4% enquanto os juros beiravam 8% (e inflação não-represada também). Não tinha como isso não dar em recessão.
17 - Bresser coloca que o Japão, por exemplo, mostra que inflação não tem a ver com emissão de moeda. TQM estaria errada. Foi quem mais fez QE e déficits. Cita que a dívida do Japão se reduziu brutalmente com o QE... (Não sei do que diabo ele tá falando, pois não tem qualquer correspondência com qualquer dado que conheço. Muito pelo contrário.)
(Atualização: após fazer leitura dinâmica de um artigo dele na entendi o que ele quer dizer. Com o QE, o BC dos desenvolvidos comprou boa parte da dívida pública em alguns países. FED teria comprado 12% da dívida do Tesouro americano, por exemplo. No Japão, o BC comprou 85% da dívida pública. Ele coloca até aspas no termo. Assim, não seria "dívida", pois é algo "BC com Tesouro", que, no fim, é tudo Estado. O "BoJ" até ação passou a comprar para colocar dinheiro diretamente nas "mãos" do setor privado, na esperança de que isso estimulasse consumo. Então os bancos privados agora possuem um valor enorme em moeda em vez de títulos. Moeda que foi impressa. A inflação ainda assim parece não aumentar muito, pois quase nada nunca deságua na economia real. (enfim, o que me parece é que o BC japonês vai chegar ao ponto de não ter mais como fazer política monetária... Ou então vai comprar todas as ações do país e implantar um novo sistema rs)
https://outraspalavras.net/outrasmidias/bresser-sugere-e-hora-de-esquecer-velhas-teorias-e-gastar/
Outros dados que achei em um texto do site de extrema-direita "epochtimes", o qual critica a ultraexpansão monetária japonesa eis que "promove excesso de capacidade e pobre alocação de capital.". Seriam distorções de uma economia zumbi:
Na parte aberta do fórum "Bastter" achei outro dado interessante sobre o Japão:
Diz um forista inclusive que os sauditas estão usando boa parte dos petrodólares para se entupirem de ações de empresas dos EUA (checar, pois cita um percentual inacreditável de participação, certamente falso).
18 - Engraçado que Bresser defende superávit primário. (E que os servidores ajudem a pagar a crise).
19 - Se coloca contra déficit em conta corrente (contas externas). Do contrário, não tem como manter o câmbio competitivo. Objetivo um. Nada de crescer com poupança externa e sua consequente apreciação cambial. Só serviria para aumentar consumo e rentismo. Ilusões.
20 - Posiciona-se por ajuste fiscal, mas não feito em recessão. Depois.
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