YT - Lives e Vídeos de Economia - André Lara Resende no seminário da FGV sobre a proposta para uma agencia de investimento no Brasil
André Lara Resende no seminário da FGV sobre a proposta para uma agencia de investimento no Brasil
1 - Bresser coloca que agora se trata de recompor o investimento público. Investir e depois recompor a poupança pública, já que é a favor da disciplina fiscal.
2 - Afirma De Bolle que o Brasil poderia muito bem fazer QE, como a Índia está fazendo, afirma (eu nunca soube, ver...). Achatar (mexer na) a ponta longa de juros. Reduzir o custo da dívida ao longo do tempo e criar espaço fiscal para o investimento. (Creio que Bresser concorda e muito). (Creio que os bancos brasileiros iriam enlouquecer sem seus juros e pedir impeachment do BC).
3 - André propõe que uma agência especializada do Banco Central poderia cuidar dessa expansão do investimento público. Um QE disfarçado. A agência emite títulos próprios dela e o BC é quem financia. Apenas para retirar da "dívida do Tesouro". Enfim, proposta meramente retórica. Seria um título "diferente".
4 - A preocupação de Manoel Pires é com a governança de tal agência. O keynesianismo tradicionalmente não dá certo na América Latina porque as instituições são facilmente capturadas. Não se consegue reverter políticas que deixam de ser apropriadas a um momento e que eram em outros. Os lobistas e grupos de interesse não deixam. Tratam como direito adquirido.
5 - Manoel estima multiplicadores de "quase 2" na saída da crise da Covid.
6 - Nelson Marconi coloca que o investimento público na era militar teve seu auge, mas porque as estatais tomavam, indiretamente, dívida externa, o que se mostrou, depois, cilada.
7 - Marconi mostra que todos os BCs dos países ricos possuem uma enorme participação na dívida pública de cada país. E o passivo total dos BCs é ainda maior, lembra André. FED subiu de 3% do PIB para cerca de 50% agora, afirma.
8 - Marconi traz também um gráfico com a expansão da base monetária ampliada (inclui compromissadas e sei lá mais o que) de 60 para cerca de 92% do PIB entre 2014 e 2019 aqui no Brasil. Tudo isso enquanto a inflação foi caindo continuamente. TQM nem aqui faria muito sentido.
9 - Quer-se elevar, por meio das agências "monetizadas" (com bom quadro de engenheiros), o investimento público de 1,5 para 5% do PIB. Patamar parecido com o período desenvolvimentista.
10 - André defende que o volume do crédito (financiamento monetário... monetização...) deve ser controlado pelo Estado. A aplicação na ponta é o que o setor privado faria melhor. A escolha dos projetos e tal. (Não entendi bem o que fariam as agências então).
11 - Defendem que se mantenham as metas de inflação e as rédeas sobre a mesma. Ademais, políticas monetária e fiscal deveriam estar sempre alinhadas, como o Brasil nunca faz. Uma fica ameaçando a outra.
12 - André coloca que não há qualquer óbice a não existir título de longo prazo. Basta a garantia de que nunca se perca para a inflação. Poderia ser financiado diariamente assim. Não faltariam depósitos voluntários remunerados no BC. Coloca que na época do Cruzado era como se não houvesse título longo (o governo inclusive resgatava o prejuízo dos pré-fixados). Operar entre a faixa inflação-taxa de crescimento tipo uns 95% do tempo. Ou seka, nunca faltará demanda. "É infinita". O que o mercado quer, diz Lara Resende, é puxar o juros para cima no cabo-de-guerra certamente por interesse rentista mesmo.
13 - Afirma que os swaps cambiais meio que quadruplicam o poder do canhão de reservas. Brasil coloca o câmbio onde quer hoje.
14 - Colocam que seria algo diferente de um BNDES. Não entendi bem como.
15 - André coloca que o compulsório alto é ruim para os bancos, pois o dinheiro "preso" é remunerado a zero. (Eu não sabia).
16 - BC não controla a base monetária. A Selic Over tem que ser igual a Selic meta. Se o BC se recusar, por exemplo, a injetar a liquidez necessária ao fim de um dia, a taxa de juros tende a ir para lua. Logo, é a Selic (os juros) que ele controla.
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