YT - Lives e Vídeos de Economia - Parte 5 (Petróleo e Noruega)
O Futuro do Petróleo no Brasil e no Mundo
1 - No auge da crise da COVID, os contratos futuros de petróleo colapsaram. Preços negativos. Especuladores e outros tipos se deram mal no dia do vencimento e a oferta era maior até mesmo que os estoques. Pagaram para se livrar do petróleo. Barril valendo nada no dia. Foi o auge da sobreoferta ao que entendi.
2 - Coloca que os EUA se tornaram um dos três grandes players (Rússia e Arábia) graças ao xisto com exploração financiada por (mais de) década de juros baixos. Praticamente um terço do mercado e que não faz parte da OPEP.
3 - Caio Castro opina na Live que a abertura de capital da Aramco pela Arábia se deu justamente quando o preço estava em alta. Embolsaram e depois o preço desabou (para prejudicar os xistos da vida). Crê que pode ter sido tudo pensado (meio que manipulado).
4 - Coloca que cada país tem um tipo de petróleo. O do Canadá é pesadíssimo (40 a 50% é betume), já os EUA estão inundados do seu petróleo levíssimo. O preço interno lá está mais barato que o internacional até. O petróleo mais eficiente é um mix. O nível ótimo de operação.
5 - EUA continuam precisando importar, portanto, petróleo para misturar com o do xisto (que também é muito exportado). "Os Estados Unidos importam bilhões de barris de petróleo por ano, cerca de um terço vem de países da Opep. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos exportam uma quantidade substancial do material. Isso porque a maioria das refinarias nos Estados Unidos foi construída quando o país ainda era obrigado a depender muito do petróleo importado, por isso a maioria delas é otimizada para lidar com o material chamado “pesado” do exterior, em vez do “leve” do Texas. Um barril de petróleo não é simplesmente um barril de petróleo." Achei na internet essa explicação que achei mais detalhada que a da live.
6 - Izabela Patriota coloca que pensamos o modelo regulatório para barril alto e câmbio baixo (creio que a alta prejudicou a dívida da empresa). Perdemos a época do barril a preços altos, argumenta.
7 - Caio coloca que perdemos tempo atrás da perfeição no modelo de partilha, do qual nem gosta, que tem tantas particularidades que afasta investidores. Muito trabalho só para entender e avaliar o risco.
8 - Temer afrouxou o modelo de partilha, no sentido de se aproximar do modelo de concessão. (Para a esquerda, descaracterizou bastante).
9 - Diz que já havia indícios da existência do pré-sal. A placa tectônica seria propícia a isso. A Shell até estava lá, mas desistiu da pesquisa. Artigos especulando possibilidade era algo que tinha desde a década de 90 ou antes. Os custos de procurar eram muito altos, ninguém queria se arriscar. Caio parabeniza a Petrobrás, mas diz que, como o barril estava nas máximas, isso ajudava a justificar o risco da perfuração.
10 - Inicialmente, estimava-se que o custo da produção (no pré-sal) seria 60 dólares o barril. Hoje é bem mais baixo, afirma.
11 - Coloca que a Arábia tem o petróleo provavelmente mais rentável do mundo. A Aramco tem cerca de uns 30% do mercado.
12 - O pessoal do "xisto" (shale oil) já está quebrando. Cita que três empresas grandes quebraram. (O preço estava bem baixo na época da Live, 14 de maio. Uns 40 dólares o barril. Estava entre as mínimas históricas desde 70 no preço em dólar deflacionado. Também não era claro se/que haveria recuperação, em qualquer tempo, nesse preço).
13 - Na Rússia os poços não podem sequer congelar. O custo de voltar a explorar é alto ao nível da exploração inicial. Logo, demanda baixa pode dar muitos problemas lá.
14 - Caio coloca que a imprensa fez muito barulho no acordo OPEP-Rússia. A produção já tinha caído muito antes. Não mudou muita coisa. (Só sei que mexeu bastante com o mercado... Então não sei.)
15 - Izabela diz que a cessão onerosa foi um desastre, pois o Brasil não conseguiu produzir/explorar os tais cinco bilhões de barris quando o preço estava alto. Inclusive a Petrobrás teve que fazer o leilão de áreas dessa cessão onerosa e acabou que muitas não foram sequer arrematadas. Diz, ainda, que o interesse na "partilha" (dos possíveis sócios) está se mostrando bem baixo.
16 - Izabela considera que as mudanças de Temer têm um ponto fraco: se a Petro não se interessa em explorar alguma área, as outras empresas também não dão lances, pois se crê que a estatal é a que tem informação de melhor qualidade sobre o território/petróleo brasileiro. A Petro continua podendo exigir ser operadora única e estar no consórcio. Aí muitas não se animam a ser sócia minoritária de uma estatal não-confiável (que pode ser usada politicamente).
17 - Cita cidades que acreditaram no "boom do pré-sal" e hoje ficaram quebradas e/ou inviáveis.
18 - Acredita que o que mais prejudicou a Petrobrás em relação ás demais petrolíferas mundiais foram as regulações megalomaníacas (duvido um pouco. Certamente foi uso político para subsidiar gasolina, praticamente)
19 - Coloca que a Petrobrás às vezes mantem a exploração de campos não-rentáveis apenas para não desperecerem empregos e que até a Justiça do Trabalho já obrigou a empresa a não fechar uma dessas atividades de exploração. Cita um lugar onde ela estava mais para "Aguabrás".
20 - Caio afirma que o petróleo do Oriente Médio é o único que quase não precisa de mix. Já sai "otimizado" por si só praticamente. Demais países fazem "mix" em razão da maioria das refinarias serem antigas (seguiam o "modelo Oriente Médio") e precisarem de um óleo específico, com tais características do "mix". Diz que refinarias novas talvez já tenham recebido isso. Não é um problema do Brasil. Grande parte das refinarias nos EUA possuem o mesmo "problema".
21 - Colocam que até não são contra que a Petro seja estatal, desde que sua administração seja realmente eficiente. Caio lamenta que se tenha perdido tempo paralisando ampliação da produção para aperfeiçoar a teoria (modelo regulatório) e, assim, ter perdido o bonde do barril caro. Era melhor ter feito nada.
Como a Noruega se tornou um dos países mais RICOS do MUNDO?
22 - É de um canal que por vezes comete muitos erros ou se deixa levar por análises totalmente superficiais ou simplificadoras, porém, neste vídeo, trouxe alguns fatos que vale a pena notar.
23 - A partir de 1960 vem o petróleo e a Statoil, a qual só abriu o mercado em 2001 (permanecendo o governo com 67% da empresa). O governo declarou o petróleo descoberto como sua propriedade.
24 - O imposto de 78% para quem quisesse explorar o petróleo do Mar do Norte, uma das maiores taxas do mundo.
25 - A partir de 1980, o petróleo era responsável por cerca de 20% do PIB norueguês. O PIB cresceu rápido e ultrapassaram Suécia e outros em PIB per capita.
26 - Preocupação com a doença holandesa (e seu boom e crise) surgiram. Prejudica a diversificação e exportações. A ideia norueguesa para diversificar veio de utilizar os lucros do petróleo para o fundo soberano que passou a investir em empresas estrangeiras de outros setores, para que quando o mercado de petróleo desaquecesse isso não afetasse muito os noruegueses. Hoje, o fundo é a principal posição acionária de várias empresas (especialmente as ESG segundo lembro) influenciando suas políticas. Ademais, já tem valor três vezes maior que o próprio PIB do país! Tem em mãos 1,5% das ações dos planetas. Ações de 9000 companhias diferentes (intervindo nas resoluções de 6900 empresas). Enfim, um presente para as futuras gerações.
27 - Alguns rendimentos são usados desde já para financiar seu Estado de Bem-estar social, afirma.
28 - Não investem em empresas socialmente irresponsáveis.
29 - O estilo de vida é bem mais simples que o de seus iguais ultrarricos. Mostra Dubai e Oslo, comparando.
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