YT - Where in the world is it easiest to get rich? | Harald Eia | TEDxOslo

 

Where in the world is it easiest to get rich? | Harald Eia | TEDxOslo


1 - Coloca que fez mestrado sobre pessoas ricas. Todos eles diziam que para enriquecer na Escandinávia era duas vezes mais difícil, eis que tinham que lutar contra altos impostos e sindicatos fortes que controlam os salários. Ademais, reclamavam que há todo um Estado de Bem-Estar Social que torna as pessoas "lazy" (preguiçosas).

2 - Supreendentemente, onde há mais ricos (patrimônio acima de 30 milhões de dólares, ao que entendi) por milhões de habitantes? Tirando os pequenos paraísos fiscais e-ou países minúsculos : Dinamarca, Canadá, Nova Zelândia, Suécia e, no topo... Noruega. Disparadas por sinal. Sendo que a Noruega tem quase três vezes mais ricos por milhão que o Canadá! Estados Unidos está em 13º com 126...

3 - Continuando testes, ele elevou a linha da riqueza para 1 bilhão de dólares de patrimônio. Ainda assim a Escandinávia possui 2.1 bilionários por milhão de pessoas e os EUA "apenas" 1.7.

4 - Atribui isso primeiramente à educação gratuita e de qualidade generalizada, inclusive educação superior gratuita. Já nos EUA, educação é muito cara. 

5 - Traz um índice de mobilidade social muito interessante que mostra a superioridade escandinava sobre os EUA novamente também nisso. Muito mais fácil sair "de baixo pra cima". Surgem, assim, mais "self-made mans" numa Dinamarca da vida. Terra das oportunidades, portanto. O primeiro é quantos saem do último quinto para o quinto do topo. O segundo gráfico é o percentual do último quinto que permanece no último quinto (falta de mobilidade). (Uma coisa que poderia tornar a discussão da mobilidade mais complexa é a possível maior homogeneidade histórico-cultural dos povos escandinavos)


6 - Coloca que a principal razão das vantagens escandinavas deve ser o esforço que a sociedade faz para eliminar os "shit jobs", trabalhos pouco qualificados, quase desnecessários/supérfluos. Cita um exemplo de banheiro público nos EUA e na Noruega (ele "se limpa" em tese. Sei nem imaginar isso). Coloca que como os sindicatos pressionam demais os salários mínimos, torna-se muito custoso criar "shit jobs" (estou chamando assim), ou seja, empregos de baixa produtividade. Não tem ninguém "ensacando" compra em supermercado, como tem nos EUA. as pessoas são direcionadas para atividades amplamente produtivas. Na Noruega, o ensacador teria que ganhar umas três vezes mais que nos EUA. Logo, melhor que não exista. Há um incentivo, assim, para que máquinas sejam criadas, por exemplo. Automatizar certas coisas/serviços. Novas tecnologias vão aumentando a produtividade da sociedade.

7 - Coloca que, para chegar em tal equilíbrio (harmonia social e maior igualdade de oportunidades /mobilidade/coesão), sem comprimir demasiadamente a taxa de lucro, os trabalhadores altamente qualificados acabam ganhando menos do que ganhariam nos EUA. É como um pacto social. Seria melhor ser engenheiro nos EUA (ganha 33% mais), por exemplo. Os sindicatos garantem que não haverá muitos pobres (creio que isso só funcione combinado à restrição de imigração, gerando uma espécie de efeito "condomínio fechado de luxo", desconfio), mas não atacam os capitalistas tanto quanto estes se queixam, já que não implicam com o engenheiro norueguês ganhar "só" 75 mil dólares anuais e não 100 mil dólares como nos EUA. (Devem ser valores de 2016, data do vídeo, mas não sei se estão ajustados por PPP. Ademais, talvez o engenheiro dos EUA gaste muito com universidades caras e/ou sistemas privados de saúde).

8 - Os "altos impostos" que financiam educação ampla garantem todo um leque de opções de pessoas talentosas competindo por salário, por exemplo, o que permite esse "engenheiro não muito caro", por sinal. Coloca que os sindicatos cooperam com o todo já que recebem uma ampla rede de proteção social. Enfim, os ricos noruegueses são uns grandes reclamões, como quase todos, só que até piores.

9 - Faz uma boa analogia. O tal "pássaro de Kant" que acha que voaria mais rápido sem a resistência do ar... que lhe serve de impulso.

10 - Enfim... A Escandinávia é o lugar do sonho americano.

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