YT - Paulo Gala e Uallace Moreira - Vídeos Diversos VII
Sucesso da Coreia e fracasso do Brasil e Argentina: Por que?
1 - Não tem muita novidade. Só os "mapas" legais de Hidalgo e tal sobre o "S" do desenvolvimento. Países que "sobem" o S saem do "campo gravitacional" dos produtos simples. São puxados para o topo do "S" pela complexidade econômica no Gráfico "PIB PC x Índice de complexidade".
2 - Afirma que o caso irlandês tm muito a ver com ser um centro de atração de multinacionais que buscam imposto baixo para acessar o mercado europeu.
POSCO, a gigante estatal do aço na Coreia do Sul
3 - Coloca que nem o Banco Mundial nem os chaebols topavam a empresa. Não era "vantagem comparativa". Park entendi que era estratégica e topou sozinho. Vinte anos depois o Banco Mundial considerou a empresa uma das siderúrgicas mais produtivas do mundo. Paulo acredita que produzia mais aço do que as três juntas do Brasil. Só foi privatizada em 1997. Governo ainda manteve uma boa participação.
Verdades sobre o desenvolvimento da Coreia
4 - Uallace coloca que, no início dos anos 40, 75 a 80% da população era analfabeta. No começo dos anos 80, o analfabetismo já estava zerado. (Que diferença para o Brasil!). Coloca porém que tudo isso estava integrado a um projeto nacional de desenvolvimento e industrialização. Ademais, avançaram em todos os níveis igualmente. A partir dos anos 70 e especialmente 80, o sistema de inovação passa a demandar uma afinidade empresas-universidades para absorver a mão-de-obra tão agora educada.
5 - Coréia hoje tem o maior número de engenheiros do mundo, em razão de suas necessidades produtivas.
6 - Coloca que a reforma agrária foi para quebrar o poder das oligarquias locais e também criar uma burguesia coreana associada ao Estado, os futuros chaebols.
7 - As dez principais empresas coreanas são chaebols (liderança da SAMSUNG), sendo que atuam diversificando as atividades. Hyundai etc. Concentram cerca de 40% da produção coreana.
8 - Zaibatsus incluem o setor financeiro. Já Park centralizava o setor financeiro no Estado e estabelecia diversas metas e punições às empresas.
9 - Como o capital era nacional, a Coréia não sofreu qualquer déficit de investimento em ciência e tecnologia. Afirma que geralmente multinacionais não fazem isso.
10 - As empresas continuaram familiares. Reza a lenda que a Samsung vai mudar isso agora. A desvantagem de ter CEO é muitas vezes a perda da visão de longo prazo para maximizar os ganhos mais imediatos.
11 - Discorda de quem culpa os chaebols pela crise asiática. Os índices de alavancagem eram semelhantes aos ocidentais.
12 - Uallace critica que o estudo do Banco Mundial dê a entender que o triunfo da Coréia seja meramente o de que o incentivo à exportação tenha mantido equilibrado os "preços relativos" em relação á concessão de subsídios internos e substituição de importação. Ficaria uma coisa "neutra". Coloca que Alice Amsden se opõe a essa visão detalhadamente. A meu ver, não explicou muito. Talvez pelo tempo.
13 - O pessoal da tese do "desenvolvimento à convite" argumenta que a Coréia estava recebendo crédito do agora aliado Japão enquanto o Brasil estava se acabando com os juros de Volcker e seu estrangulamento externo. Além da transferências que os japoneses fizeram de aprendizagem tecnológica. Uallace admite tudo isso, mas acha injusto por todas as decisões internas da Coréia, antes disso, que contrariavam EUA e organismos internacionais. Exemplifica com o último plano quinquenal da era Park (o quarto, acho), no qual o general bancou a passagem da indústria leve para a pesada, contra as recomendações (foi a mesma época do II PND de Geisel).
14 - Coloca que Taiwan e toda a Ásia fizeram substituição de importações antes de se voltarem fortemente para as exportações. Ortodoxos ignorariam imensamente o quarto plano, que foi uma longa preparação para abertura comercial, a qual, além de gradual, não foi feita enquanto a Coréia ainda não estava apta a competir de forma eficaz.
15 - Uallace afirma não saber dizer muito bem se o Brasil, na mesma época, demorou ou não para fazer essa transição de modelo ou mesmo se a mesma era viável ou desejável.
16 - Coloca que atualmente a desigualdade cresceu, os trabalhadores foram precarizados nos anos 90 por reformas (o atual presidente - Moon - fala em reversão dessas). 32% são autônomos. Muitos vivem em função do trabalho e da competição. Alto desemprego entre os jovens e taxa de suicídio. Cultura rígida.
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