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Marcos Lisboa: não vamos voltar ao que éramos durante muito tempo | #FronTend LIVE


1 - Afirma que a desigualdade caiu no mundo inteiro nos anos 2000. Não foi um fenômeno brasileiro. (Desconfio de que isso tenha a ver com o ciclo das commodities). Afirma que o que derrubou a desigualdade aqui foi o crescimento por demanda de serviços pouco qualificados em relação aos de alta qualificação (nos asiáticos estes também cresceram). Bolsa-família seria detalhe. Eficiente mesmo contra a pobreza só. 

2 - Coloca que a crise da era Dilma tem a ver com a queda da produtividade do capital. Investimentos mal feitos que nada viraram. Ademais, cita o gasto obrigatório criando pressão sobre o futuro. A tributação foi até onde pôde.

3 - Afirma que nenhum país de nossa renda possui uma tributação de 36%.

4 - As melhores empresas de países ricos e pobres não são tão diferentes em produtividade. O problema dos pobres (emergentes) seria a cauda longa de uma quantidade enormes de empresas pequenas e ineficientes, que são demasiadamente protegidas (tributos e/ou protegidos da competição exterior). Capital e trabalho ficam menos produtivos.

5 - ... O ciclo nos ricos seria: muitas empresas surgem facilmente em cada setor. A grande maioria morre rápido, as pequenas eficientes crescem e dominam. Competição e uma espécie em seleção natural. Capital e trabalho são rapidamente realocados nos negócios/atividades mais produtivos. EUA tem desemprego baixo com muita empresa fechando durante o ano. São compradas. Cerca de 60% da criação e destruição de emprego vem desse ciclo da manufatura estadunidense (últimos dez anos). Nos serviços, ocorre o mesmo com ainda maior intensidade. Já o Brasil é pior que Chile, México e Rússia em tudo isso, afirma. 

6 - Cita Hayek. Preços fornecem informações sobre o que deve ser produzido. É dessa tentativa e erro e quebra de empresas que surgiria a eficiência. O sistema tributário brasileiro seria a forma de criar ruído em todo esse processo.

7 - Coloca que Chile e Colômbia etc se abriram muito, apoiando-se em suas vantagens. Não traz dados.

8 - Afirma que os empresários, vendo trajetória fiscal insustentável da União e dos Estados e desfuncionalidades da economia real, frearam fortemente os investimentos. Temiam ampliação da carga tributária e ciclo vicioso na dívida (juros explodindo). Perda do grau de investimento, por exemplo. 

9 - Afirma que, quando os juros subiram, o custo de capital também subiu, o que piorou a questão do investimento.

10 - Coloca que a sinalização de Temer, especialmente com o teto, fez despencar a ponta longa ao ponto da curva ficar invertida em outubro de 2016. Mercado determinando a curva de juros para baixo. Governo foi atrás. Diz que foi o que permitiu o Brasil voltar ao seu crescimento natural medíocre, já que produtividade continua travada.

11 - Afirma que não existe isso de "basta crescer que a produtividade aparece" (vejo isso muito no pensamento heterodoxo). "Crescemos em 2010, 2011, 2012, 2013 e nada de produtividade... Só apareceu a inflação.

12 - Crê que há espaço para melhorar só um pouco o crescimento no curto prazo. O hiato não seria tão grande quanto pensam, afirma. Muito capital foi simplesmente destruído pelos equívocos. Refinarias improdutivas etc. 

13 - Não considerou a reforma da previdência boa, por ter deixado Estado e categorias de fora.

14 - Diz que a Lei de Liberdade Econômica tem muitas falhas técnicas. Não operacionaliza. Afirma que a desvinculação dos fundos é mera troca contábil, não há dinheiro nenhum para gastar. Soluções mágicas. Falsas pautas. 

15 - Critica uma série de casos particulares no Brasil. Vê muito potencial de mudanças na "micro". Principalmente para facilitar crédito, negócios e sistema tributário.

16 - Lembra a história da Embrapa desenvolvendo a tecnologia própria para o solo e clima brasileiro (cerrado, soja etc.). Produtividade cresceu a quase 4% ao ano. Não bastava copiar o modelo dos EUA. Não era óbvio que o Brasil tinha potencial para a soja. Tecnologia e empreendorismo se uniram, afirma.

17 - Afirma que a MMT não tem dados. Não dá para implantar algo sem testar. Modelos e testes econométricos robustos precisariam vir antes. 

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