YT - Lives e Vídeos de Economia - O valor das ideias - Livestream (Marcos Lisboa, Fernando Haddad e Samuel Pessoa)
O valor das ideias - Livestream (Marcos Lisboa, Fernando Haddad e Samuel Pessoa)
1 - Debate de maio de 2019. Samuel defende que o PT, injustamente, acusa o PSDB de agir na zona cinzenta da democracia, pois já fazia isso quando era oposição (e mesmo na campanha populista contra Marina). A questão do PT é que Aécio e a direita brasileira se recusaram a aceitar o resultado eleitoral. Era algo meio "Como as democracias morrem". Tipo o Partido Republicano nos EUA que, como tinha maioria em 2016, cozinhou a indicação negociada de Obama para a Suprema Corte a fim de adiar pra 2017. Em tese, não é ilegal, mas violava claramente o espírito democrático. Não era nenhum nome radical nem nada.
2 - Haddad afirma que há dois governos FHC, sendo que o primeiro era ruim no fiscal, câmbio e monetário. Os três âmbitos. As bases mais sólidas para crescer viriam no II FHC, mas descuidou do investimento em infraestrutura (apagão teria sido fruto de maior preocupação em "fazer caixa" com privatização do que com esse investimento) e educação. Atribui a piora dos índices não à massificação, pois esta já vinha de muitos anos. Em 1995 já havia 90% matriculados no fundamental, afirma.
3 - Afirma que a crise de 2002 não foi culpa só do "medo-PT". Especuladores jogaram contra também. Exageraram. Não podem ser considerados neutros. Diz, também, que todos aplaudiram publicamente Lula pelo enfrentamento à crise. Os Setúbal, etc. Lula teria entregue o Brasil todo redondinho nos indicadores (discordo. Real apreciado e impulsos esgotados).
4 - Haddad não considera a política do governo Dilma desenvolvimentista. Era um governo incoerente. Meio perdido. Queria controlar tudo ao mesmo tempo. Reconhece erros do governo e também do PT.
5 - Lisboa sistematizou num bom quadro-resumo o que é ortodoxia (segundo ele mesmo...):
6 - A primeira infância é a fase mais importante na Educação. De 0 a 7 anos como Heckman defendia. Evidência avassaladora só hoje em dia. Não na época.
7 - Marcos compara fiscal a quimioterapia. Não é bom, nem ruim em si. Depende. Pode matar ou salvar.
8 - Defende Levy. Primeiro que impacto de política fiscal só viria no segundo semestre, quando já estava tudo arrebentado. Segundo que indicadores (taxa de lucro, investimento etc.) já eram decrescentes há no mínimo dois anos ou todo o Dilma (alguns).
9 - Marcos Lisboa apresenta seu dado a respeito da baixa produtividade do Brasil. Muitas pequenas empresas ineficientes sendo preservadas, ao contrário mesmo de seus pares (países próximos):
10 - Volta a lembrar aquele exemplo de que havia supostamente, para os economistas, trabalhador em excesso no campo. Produtividade marginal seria zero da grande maioria. Levando uns 25% pra cidade em tese não iria alterar a produção agrícola. Em 1918 veio a gripe espanhola e, com a morte de trabalhadores rurais, a produção caiu. A terra não foi prejudicada, porém... a produção caiu exatamente na mesma proporção da morte.
11 - Haddad critica umas duas vezes os erros de Gustavo Franco, responsabilizando-o pela crise cambial de 1999.
12 - Coloca, Haddad, que a política "exponenciou" a crise econômica de 2015, que haveria de qualquer forma pelo ajuste fiscal necessário, mas não do jeito que foi.
13 - Marcos argumenta que várias mudanças de Lula de 2008 pra frente não eram conjunturais. O intervencionismo crescia estruturalmente. definindo questões para as próximas décadas. Cita o marco do petróleo e supostos créditos do BNDES de 20, 30 ou 60 anos (60 anos? Checar).
14 - ... Afirma que cinco anos depois tudo deu errado. Lula II teria prejudicado Dilma. Intervenções todas deram errado, afirma de novo. Estaleiros quebrados e afins.
15 - Pessoa diz que mudou de ideia sobre FHC I. Diz que os governadores fortes, com seus bancos estaduais, fizeram a hiperinflação brasileira. O fiscal teria sido culpa dos entes subnacionais. Haddad parece discordar. O gasto da União teve que subir pelo pacto nacional, aprovado no próprio Congresso. Financiar a seguridade social principalmente e os novos programas sociais, como o Bolsa-Escola. Não aprofunda muito.
16 - "Maquiagem" não-intencional. A formalização do mercado de trabalho e o crescimento do crédito, que a exige, impulsionam as receitas, afirma Marcos. Isso teria empolgado o PT, levando-o à ilusão e perdição, digamos assim. Juntou isso às receitas extraordinárias geradas pelo "boom" das commodities, pronto. Afirma. Com o fim desse período de crescimento de todos esses fatores, a partir de 2010, as receitas pararam de subir, mas o gasto social não.
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