YT - Orientação Marxista - VALOR: Subjetivo ou objetivo? Artigos de luxo e grife EP #82

 

VALOR: Subjetivo ou objetivo? Artigos de luxo e grife EP #82

1 - O valor-de-uso é condição para que o valor se realize. Se não há valor-de-uso não tem valor. Porém, não o determina quantitativamente, justamente por ser subjetivo. A utilidade está, portanto, incluída.

2 - Valor é relativo mesmo na TVT. Nunca absoluto ou intrínseco. Comentando Ricardo, Marx diz que a ideia de "valor absoluto" é ridícula.

3 - A teoria dos custos crê que o trabalho só vale para expressar o valor mínimo. (Creio que ele esta falando da concepção de Marshall, a tal "síntese" pretendida)

4 - Gustavo coloca que o valor máximo também vai ser equalizado por um critério objetivo, que é a taxa de lucro média. A concorrência não depende da definição do sujeito, é um elemento objetivo, vindo de fora.

5 - Artigos de luxo exigem produção fortemente artesanal e qualificado. Ou seja, muito mais trabalho humano envolvido, inclusive projetado para cada pessoa por um estilista que tira medidas. Tanto é que a taxa de lucro operacional médio das empresas de luxo gigantescas, como a Ferrari e Louis Vuitton, não diverge muito das demais. Gustavo traz dados que comprovam de companhias abertas. Burberry teve a mesma taxa de lucro da indústria têxtil brasileira. Vuitton praticamente a mesma também. O diferencial é a massa de lucro. São 145 mil trabalhadores na Richemont, por exemplo. Certamente qualificados.

6 - Não é a utilidade muito maior (que nem é) que explica a diferença imensa de preço entre a bolsa da Vuitton e as demais, mas sim trabalho humano envolvido mesmo. "Custos da produção". Prova é a taxa de lucro médio semelhante.

7 - Monopólio é a exceção a tudo isso. Taxa de lucro da Cielo chegou a ser 240% e tem caído bruscamente. As outras empresas se ligaram e o processo de equalização já começou.  

8 - Para buscar dados de empresas inclusive com análise marxista:

http://ilaese.org.br/anuario-estatistico-ilaese-trabalho-e-exploracao-2019-2/

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