YT - Mikhail Bakunin | Deus e o Estado
Mikhail Bakunin | Deus e o Estado
1 - Nasce no apogeu do czarismo. Vem de uma família de nobres. Se envolve nas revoluções europeias de 1848. A primavera dos povos.
2 - Violência eram uma necessidade para a anarquia, acreditava.
3 - A abolição da herança para Bakunin era fundamental. Marx via isso como secundário. Derivava da propriedade.
4 - O russo pensava que a Bíblia poderia ser um bom livro de literatura (o problema seria o que virou). Deus, em Bakunin, é um tirano que, sem motivo algum, manda não comer maçã. Satã seria o livre-pensador. Prega a luta contra a tirania. O homem religioso seria o homem treinado para não contestar, ou seja, desligar a razão. Esquecer que alguém não pode andar sobre as águas ou transformar água em vinho, por exemplo. Quem aceita uma coisa dessa pode aceitar todo tipo de lorota e justificativa tirânica.
5 - Um pai que manda o filho ser sacrificado. O religioso passa a aceitar até violências absurdas do tirânico. Por isso que haveria tanta corrupção e perversão nos padres e afins.
6 - É um materialista. Tudo tem origem na matéria. Coloca que religiosos desprezaram o mundo e colocaram tudo como feio, defeituoso e passageiro. A ideia e Deus é que eram sublime, imutáveis e belos. Deus sendo tudo, o homem nada é, escreve. Seríamos o mal, o pecador, a feiura, etc. O homem seria incapaz de encontrar, por si próprio, a justiça, a verdade e a vida eterna. Só Deus salva.
7 - Subjugar os homens e exaltar as autoridades. Seria o ideal das instituições religiosas. Na prática, tornar todos escravos de Deus, devedores. E quem são os representantes de Deus? Devemos tudo a Deus. E quem representa Deus? Quando usam Deus, é para explorar alguém. Se aproveitar da fé.
8 - Se abolirmos o Estado e a desigualdade, para Bakunin, as pessoas não iriam mais precisar de igrejas e cabarés. A revolução fechariam essas duas vias ilusórias de escape. Daniel aproveita para lembrar que Lênin chegou a fechar igrejas. Seria um Estado ateu. Porém, Stálin reabriu.
9 - Os liberais da época de Bakunin viam com bons olhos a Religião, pois esta ajudava a disseminar valores "civilizatórios" de sustentação do Estado. Coesão social e harmonia. O russo concordaria que é pra isso mesmo que ela serve, acalmar e consolar as massas. E que, por isso mesmo, deveria ser tudo isso destruído junto.
10 - Como tanta gente bem intencionada acredita em Deus? Pergunta Bakunin.
11 - A ancestralidade de uma ideia não é prova de sua verdade. Escravidão e mesmo o canibalismo já foram algo considerado legítimo na humanidade por períodos enormes de tempo. A religião, só por estar "sempre" presente, não é inevitável ou (muito menos) verdadeira.
12 - Estado e Religião não podem ser substituídos por outros idealismos ou crenças, como a mão invisível e harmônica do "Deus mercado". Democracia representativa também vira uma oligarquia ou plutocracia. Degenera-se necessariamente. Sejam elites burguesas ou políticas.
13 - Também se posicionava contra a ditadura dos tecnocratas. Não dá para confiar na importantíssima ciência. Ela também erra. Era uma crítica ao positivismo.
14 - Ele não é contra a autoridade escolhida livremente. Escolher a autoridade do bom sapateiro ou do bom professor. Só a razão de cada pessoa é que pode escolher. É contra a autoridade imposta.
15 - Vê homem e natureza como interligados. Não está limitado pela lei natural. A liberdade de uma pessoa estende a da outra ao infinito.
16 - Defende o indivíduo, mas não o individualismo.
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