YT - Karl Marx | Imposto é roubo!
Karl Marx | Imposto é roubo!
1 - Não tem a ver com ganância. Capitalismo é modo de produção. Forças produtivas mais relações sociais de produção. Outros pensadores é que verão capitalismo em outros contextos. A generalização das mercadorias e do trabalho assalariado se deu primeiro na Inglaterra.
2 - O "determina" de Marx é muito mais "condiciona". Como um "corredor", cita Daniel. Traz um trecho do livro III do Capital (Marx) e, depois, uma carta de Engels a Bloch em 1890, no mesmo sentido (...Se alguém deforma...):
e
3 - Afirma que, no Dezoito de Brumário, o próprio Marx se mostra muito pouco determinista.
4 - A gênese do capitalismo é violenta. Não foi natural, como quase nada é.
5 - A acumulação originária é a separação do trabalhador de seus meios de produção.
6 - Há historiador que nem gosta de falar em propriedade na Idade Média. Nem haveria propriamente.
7 - O "trabalho livre" de Marx é estar livre dos meios de produção.
8 - A permanente expropriação dos trabalhadores na Inglaterra era para criar lã. Daniel detalha que a destinação da lã não era a que Marx imaginava, mas a essência da coisa estava correta. Não era para abastecer as manufaturas flamengas (Holanda, Bélgica). As expropriações "ilegais" (meio que não havia esse conceito) se deram muito em razão da Guerra dos Cem Anos. Ao que entendi, em razão de pagamento de financiamentos dos banqueiros de Florença (da guerra), tornava-se necessário exportar lã. O conhecimento histórico disso, na época de Marx, era limitado. No "Utopia" do "Thomas More/us" ele fala, com muita lamentação, disso. Ainda não é o cercamento.
9 - Henrique VIII toma e vende terras da Igreja, com a reforma anglicana. Tudo para financiar guerras fracassadas contra a França. Os que compraram viraram "gentleman" e inventaram passado nobre. Muitos que trabalhavam nessas terras da Igreja perderam seu meio de sustento.
10 - Enclosures ou cercamentos: eram terras comunais das quais as pessoas tiravam seu sustento. Campos abertos. Havia caça e coleta de madeira.
11 - Os Tudor conquistando a Escócia e demais terras do norte vai transformando terras clânicas em propriedade privada. Os celtas sequer tinham noção de propriedade. É a chamada "limpeza".
12 - As revoluções inglesas do Século XVII (a "Gloriosa") não colocaram a burguesia no poder. É uma simplificação porque as medidas tomadas pós-revolução beneficiaram a burguesia nascente (o governo vende as terras estatais. Vira propriedade privada). A burguesia só teve acesso ao governo inglês em 1830, na época da Rainha Vitória.
13 - A propriedade privada é criada a partir da destruição e "desproteção" dos outros tipos de "propriedade".
14 - O Estado é fundamental nesse processo todo. Ponta de lança de todo esse processo. Marx usou vários grandes historiadores liberais da época como fonte - cita Macaulay, "o melhor".
15 - Lembra também as leis feitas pelo Estado para punir violentamente os "vagabundos". Não há liberdade de não-trabalhar. São elas quem vão criar condições para o capitalismo. Há cada vez mais expropriados e que são obrigados a trabalhar. Os descendentes irão naturalizar tudo isso.
16 - Cresce enormemente o número de pessoas "contratáveis" por quem quer acumular capital, por todas as formas de pressão.
17 - Branner coloca que o campo inglês foi o primeiro a se tornar capitalista.
18 - Marx coloca, no Manifesto, que se trata de um sistema que ergueu maravilhas maiores que as pirâmides. (Lembra "Sampa")
19 - Os saques coloniais só se reverteram em capitalismo devido ao movimento concomitante de transformação interna das metrópoles. Se não houvesse a acumulação primitiva (separação capital-trabalho), seria mera pilhagem.
20 - Surge a dívida pública (e, consequentemente, os impostos sobre a população, que por vezes perdia seus meios de produção para pagá-los... Ou seja, "imposto é roubo", para Marx...). Todas as monarquias modernas eram bancadas pelos banqueiros. Para estes, é um ótimo investimento, já que de baixo risco. Não precisa sofrer as vicissitudes do mundo da produção.
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