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Livro: Piketty - O Capital no Século XXI - Capítulo 4

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                     Livro:  Piketty - O Capital no Século XXI Pgs. 175-211 " CAPÍTULO 4 : "Da velha Europa ao Novo Mundo " 142 - Alemanha: os ativos externos eram, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, duas vezes mais altos na França que na Alemanha (em torno de 50% da renda nacional, contra mais de um ano da renda nacional francesa) e quatro vezes mais altos no Reino Unido (cerca de dois anos da renda nacional). Isso se deve, em grande medida, ao fato de que a Alemanha não foi um império colonial, o que gerava fortes tensões políticas e militares — por exemplo as crises marroquinas de 1905 e 1911, em que o cáiser quis contestar a supremacia francesa no Marrocos. Essa competição exacerbada entre potências europeias pelos ativos coloniais certamente contribuiu para o clima que levou à declaração de guerra do verão de 1914: não é preciso subscrever a todas as análises de Lênin (O imperialismo, fase superior do capitalismo, esc...

Livro: Piketty - O Capital no Século XXI - Capítulo 3

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                   Livro:  Piketty - O Capital no Século XXI SEGUNDA PARTE - A DINÂMICA DA RELAÇÃO CAPITAL/ RENDA Pgs. 138-174 " CAPÍTULO 3 : "As metamorfoses do capital " 107 - Século XIX: os tempos de Austen e Balzac.  O patrimônio parecia existir para gerar rendas de propriedade, ou seja, rendas seguras e regulares para quem o possuía, sobretudo na forma de terras ou de títulos da dívida pública. 108 - ...São naturezas diferentes porém. Dívida não é bem riqueza nacional, terra é.  A dívida pública não é nada mais do que um crédito de uma parte do país (aqueles que recebem os juros) junto a outra (aqueles que pagam os impostos): deve-se, portanto, excluí-la da riqueza nacional e incluí-la na riqueza privada . (...)  Embora a dívida pública neste início de século XXI ainda esteja longe de ter retornado aos níveis astronômicos do início do século XIX, ao menos no Reino Unido, ela está muito próxima dos picos histórico...

Livro: Piketty - O Capital no Século XXI - Capítulo 2

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                                                                Livro:  Piketty - O Capital no Século XXI Pgs. 88-137 " CAPÍTULO 2 : "O crescimento: ilusões e realidades " 61 - Século XX parece ter sido superior ao XIX: 62 - Demografia e 70 bilhões de pessoas na Terra em 2300 (com quase essa média de 1700 a 2012)? Não vai rolar: ... A conclusão simples que se extrai dessa tabela é que taxas de crescimento superiores a 1-1,5% por ano são impossíveis de se sustentar eternamente, uma vez que geram expansões demográficas vertiginosas . 63 - As pequenas porcentagens de crescimento e o longo prazo:  A tese central deste livro é precisamente que uma diferença que parece pequena entre a taxa de retorno (ou remuneração) do capital e a taxa de crescimento pode produzir, no longo prazo, efeitos muito potentes e desestabilizad...

Livro: Piketty - O Capital no Século XXI - Capítulo 1

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                                                               Livro:  Piketty - O Capital no Século XXI PRIMEIRA PARTE - RENDA E CAPITAL Pgs. 46-87 " CAPÍTULO 1 : "Renda e produção " 24 -  No dia 16 de agosto de 2012, a polícia sul-africana interveio num conflito entre os trabalhadores da mina de platina de Marikana, perto de Joanesburgo, e os responsáveis pela exploração dos recursos, os acionistas da companhia Lonmin, cuja sede fica em Londres. As forças policiais atiraram nos grevistas com munição de verdade; no balanço, 34 mineradores mortos. Como é muito comum nesses casos, o foco do conflito era a questão salarial: os mineiros queriam que sua remuneração passasse de 500 para 1.000 euros por mês. Depois dos trágicos acontecimentos, a empresa propôs, por fim, um aumento de 75 euros mensais . 25 - Participação do ca...