YT - Fascismo Explicado (por quem entende) (Atila Iamarino)
Fascismo Explicado (por quem entende) [LEGENDADO]
1 - Entrevista com Jason Stanley, que estudou o fenômeno. Professor de filosofia em Yale.
2 - Começa citando o poema de Martin Niemöller. Alerta para como o discurso fascista começa. "Eles, as minorias e comunistas, querem nos destruir e estão vindo". "Unidos somos mais fortes. Contra eles". Precisamos apoiar um homem forte que vai acabar com essa ameaça. Cita um discurso de Goebbels em 1935 exatamente assim, sobre a ameaça comunista.
3 - O líder quer dividir a população para chegar ao poder. Os movimentos fascistas se apropriam dos símbolos nacionais para uma suposta defesa do interesse geral. Ele diz que ele é a nação.
4 - Coloca o comunismo como internacionalista e o nazismo como nacionalista.
5 - Fascismo promete acabar com bagunça sindical e criar ambiente propício para a nação "fazer dinheiro". Logo, pedem apoio aos capitalistas. Não há, na real, combate.
6 - Só vê ligação com a versão autoritária de "comunismo". Pela recusa à pluralidade. Lealdade aparece acima da verdade nesses sistemas.
7 - Cita Adorno e Reich como autores que abordaram a necessidade que o fascismo tem de um "macho" cuidador.
8 - Coloca que há forças fascistas mesmo em uma democracia, prontas para derrubá-la. O fascismo, assim como a democracia, é, ao mesmo tempo, um sistema político, instituições (leais ao líder) e uma cultura (de agressão, no caso do fascismo).
9 - Associa o militarismo ao fascismo. Militares são exaltados e há ataques a jornalistas, universidades, etc.
10 - Coloca que o amor ao líder é tão grande no fascismo que ele poda falar hoje uma coisa e amanhã o exato contrário. Tipo um tal de Bolsonaro. Os apoiadores o amam porque ele humilha os inimigos-oponentes.
11 - Coloca que é importante que a democracia seja capaz de impedir a sua derrubada mesmo por um fascista eleito.
12 - Afirma que o Brasil tem uma tradição no assunto com o integralismo e a ideia de defender a tradição do modo católico e etc.
13 - Fascistas acreditam também em elites naturais, pessoas que merecem. Desigualdade legitimada. Transformam a igualdade em uma ameaça, que vai dominar as pessoas de bem.
14 - Menciona o "salário psicológico", ideia de Du Bois nos EUA, sobre o branco pobre que se sente "irmão" do rico. Pelo menos ele é branco! É como pensa. Se alia ao branco e não ao pobre. O fascismo gosta de criar essas falsas identidades vagas (união dos brancos... para quê? São explorados é? Fascismo vai dizer que sim) com um propósito ideológico.
15 - Para o fascismo, só existe uma verdade, que é a grandeza da nação. A universidade não pode ficar criticando e discutindo isso. A explicação fascista para o passado, por exemplo, tem que ser única. Múltiplas perspectivas passam a ser rotuladas, por exemplo, de marxismo cultural.
16 - Coloca que uma das táticas da nova extrema-direita é sempre associar, via correntes de whatsapp e coisas do tipo, inimigos a crimes ou posturas sexuais terríveis. Na Rússia, nomes de jornalistas e intelectuais foram descredibilizados assim. As redes sociais não estão tão preocupadas com isso, eis que pode até ajudar que a pessoa fique viciada naquela bolha de ódio e indignação.
17 - Coloca que o fascismo é compatível com inúmeros sistemas econômicos. A tônica comum é a manutenção da propriedade e da desigualdade econômica.
18 - Como a ciência é antifascista por natureza, diz não se assustar com o fato de que países governados por esses líderes meio "macho-fascistas" estejam se saindo mal no combate à COVID. Ciência serve à glória nacional, dizia Hitler em Minha Luta.
19 - Quando há grandes dificuldades externas, como uma pandemia, o líder fascista vai criar e inculcar sua própria concepção de realidade. Hitler achava que estava vencendo a II Guerra não importava o que acontecesse. Alguns chegam a achar que o "líder" nunca mente, sendo que é quase tudo que ele faz.
20 - O líder fascista tem tendência de se cercar de leais incompetentes. Os que trabalham com a verdade não são bem vistos.
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