TCC: Willians - A Correlação entre Jornada de Trabalho e Produtividade... (2017)
Livro: TCC - Willians - A Correlação entre Jornada de Trabalho e Produtividade, Uma Perspectiva Macroeconômica entre Países (2017)
Pgs. 1-21
"CAPÍTULO 1: "INTRODUÇÃO"
1 - É uma dissertação da FGV. Gaspar, Willians Cesar Rocha. A correlação entre jornada de trabalho e produtividade: uma perspectiva macroeconômica entre países / Willians Cesar Rocha Gaspar. - 2017. 89 f. Orientador: Ricardo Sarmento.
2 - O principal bônus econômico das jornadas menos extenuantes? Um maior número de trabalhadores estaria preparado para assumir atividades profissionais que requerem mais complexidade e qualificação e com isto permitir a evolução natural da carreira e de forma contínua.
Pgs. 22-40
"CAPÍTULO 2: "REFERENCIAL TEÓRICO"
3 - Joga um gráfico meio esquisito que Deus sabe de onde "Dal Rosso" tirou:
4 - Haveria mais empregos com a redução de jornada? Houve estudo depois que a CF colocou o teto de 44 horas semanais. Concluíram que isso não gerou mais empregos. A conclusão de curto prazo, em 2002, refutou as hipóteses e reforçou que não houve impactos negativos ao trabalhador. De todo modo, não foram evidenciados os efeitos do “Work sharing”.
5 - Segundo pesquisas realizadas por Bosch e Lehndorff (2001), da metade do século passado até os dias atuais, há, na Europa, um processo de longo prazo de redução da jornada de trabalho. Os autores afirmam que, embora as análises teóricas produzam avaliações contraditórias, a maioria dos estudos empíricos mostra efeitos positivos, e que “ninguém nega que as reduções na jornada de trabalho são uma maneira de distribuir o aumento da prosperidade”, e que alguns economistas também enfatizam que essas reduções na jornada têm desempenhado um papel importante na “conciliação do pleno emprego com ganhos de produtividade”. (...) Entretanto eles alertam que as reduções de jornada de trabalho não são adequadas para uso como instrumento de curto prazo na política de emprego. Afirmam ainda que são condições para o sucesso da redução da jornada de trabalho a inclusão de uma política de capacitação e treinamento, (visando minimizar a escassez de mão-de-obra qualificada no mercado de trabalho).
6 - O tempo de trabalho mais curto não se mostrou como sendo um obstáculo para utilização mais extensa e contínua do capital. Foi necessária uma reorganização do sistema de trabalho. No século XIX, as fábricas de produção contínuas (24h por 7 dias na semana) operavam em dois turnos. No início do século XX, houve uma mudança para três turnos e depois, após a Segunda Guerra Mundial, a operação de quatro turnos nos países em que a jornada de trabalho foi ainda mais reduzida. Nas últimas décadas do século XX, já havia evidências de fábricas operando com cinco a seis turnos.
7 - Cita uma pesquisa: Empregados, no trabalho há muito tempo, podem sofrer fadiga ou estresse, que não somente reduz sua produtividade, mas também aumenta a probabilidade de erros, acidentes e doenças, impondo custos ao empregador.
8 - Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento da produtividade do trabalho na indústria, no Brasil, entre 1988 e 2008 foi de 84%. O DIEESE afirma que, à época, haveria espaço para implementação de ações no sentido de redução da jornada de trabalho, considerando esta grande expansão no crescimento da produtividade, uma vez que o salário médio apurado neste mesmo período não apresentou significativo crescimento real, e que o último registro oficial de redução da jornada de trabalho foi realizada quando da promulgação da Constituição de 1988, quando reduziu-se de 48 para 44 horas semanais.
9 - (...) O estudo segue afirmando que, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o peso dos custos salariais em relação ao custo total de produção é em média de 22% no setor industrial (Tabela 3), e que uma redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas por semana (redução de 9,09%) significaria apenas 1,99% de aumento nos custos de produção na indústria. E que, mesmo em setores produtivos onde a necessidade de mão-de obra seja maior, com participações em torno de 70% dos custos salariais sobre a produção, o processo de redução da jornada de trabalho impactaria em 6,3% dos custos totais.
10 - ...Na Alemanha e na Holanda, políticas de redução da jornada de trabalho foram implementadas, sem que houvesse aumentos nos custos unitários reais destes países, e foram importantes fatores de determinação da competitividade internacional (Bosch e Lehndorff, 2001).
Pgs. 41-47
"CAPÍTULO 3: "METODOLOGIA"
11 - A composição final da amostra possui um conjunto de 19 países que representam mais de 65% do PIB mundial.
Pgs. 48-70
"CAPÍTULO 4: "RESULTADOS ANALÍTICOS"
12 - Crescimento de PIB per capita entre 2007 e 2013: Destaca-se que o crescimento médio dos dezenove países no período, foi de 17,25%, representando uma taxa anual média de +2,30% aa. Destaca-se no entanto, países como a China com crescimento médio de 8,78% aa, a Turquia com 6,13% aa, a Polônia com 5,50% aa, a Rússia com 5,31% aa e o próprio Brasil com 3,57% aa. (...) Outros como a Alemanha com 2,90% aa, o México com 2,86% aa, a Austrália com 2,65% aa e a Coreia do Sul com 2,33% aa, obtiveram leve crescimento acima da média anual.
13 - Desemprego no período 2007-2013:
14 - ...Na tabela 13, percebe-se que enquanto a média global de desemprego, no período, foi de 8,2%, países como Turquia com 10,8%, Espanha com 18,6% e África do Sul com 23,9%, tiveram taxas muito superiores. Por outro lado, Coreia do Sul, com 3,4%, China com 4,3%, Japão com 4,4%, Holanda com 4,5% e México com 4,6% e Austrália com 5%, obtiveram taxas baixas de desemprego.
15 - A jornada tem caído em todos os países da amostra (Exceto a China, por falta de bons dados):
16 - Por isto, aqui os dados de produtividade do trabalho entre 2007 e 2013 são até bons (salvo engano está usando a tabela do Conference Board?):
17 - Isto eu já sabia, mas a causalidade está correta?: A correlação entre as duas variáveis é negativa (indireta), evidenciando que, conforme a Jornada de Trabalho diminui, a Produtividade aumenta.
Pgs. 71-73
"CAPÍTULO 5: "CONSIDERAÇÕES FINAIS"
18 - Nada muito importante.
FIM!
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