Livro: David Sainsbury - Windows of Opportunity, How Nations Create Wealth - Capítulo 1

                                                                                                                                       

Livro: David Sainsbury - Windows of Opportunity, How Nations Create Wealth



Pgs. 1-21


"PREFÁCIO"


1 - Janelas de Oportunidades, Como as Nações Criam Riquezas. O livro é de 2020. 


2 - O prefácio foi mais uma promessa mesmo. Não desenvolveu muita coisa.



Pgs. 22-59


"CAPÍTULO 1: "A necessidade de uma nova teoria"


4 - Boa parte disto aqui é simplesmente demografia, creio: De 1820 a 1990, a parcela do produto interno bruto (PIB) mundial assumida pelos países ricos do G7 de hoje (Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Grã-Bretanha, Canadá e Itália) disparou de cerca de um quinto para quase dois terços. Em 1990, no entanto, começou a cair rapidamente e hoje está abaixo da metade. Além disso, a parcela da renda mundial perdida pelo G7 foi amplamente captada por apenas seis países em desenvolvimento, que foram rotulados como I6 (Industrializing Six) e que cresceram fortemente no período de 1990 a 2015 (China, Coreia do Sul, Índia, Polônia, Indonésia e Tailândia).


5 - Eu nem soube desse otimismo: No período imediatamente posterior à guerra, os economistas acreditavam que as rendas dos países em desenvolvimento e o crescimento futuro dependiam amplamente dos recursos naturais. Eles, portanto, achavam que as perspectivas da África eram bastante brilhantes, enquanto as da Ásia eram ruins, pois na década de 1950 a Ásia era a parte mais pobre do mundo e tinha muito poucos recursos naturais em comparação com a África Subsaariana, América Latina e Oriente Médio. Mas, é claro, o que aconteceu foi muito diferente


6 - Sempre tem essa história sobre Singapura, mas acho que já vi dados diferentes: ...Em 1960, o pequeno estado insular de Cingapura, adjacente à Malásia, era uma vila de pescadores com um PIB per capita médio de US$ 427. Depois de se tornar independente da Malásia em 1965, a vila de pescadores se tornou um dos maiores portos do mundo e um grande centro financeiro.


7 - África: O alto nível de riqueza de recursos naturais do continente também provou ser uma maldição, com os políticos locais buscando capturar a riqueza gerada pelos recursos naturais em vez de buscar a industrialização.


8 - A mudança dramática nas taxas de crescimento econômico dos países levou a uma queda muito bem-vinda na porcentagem de pessoas em países em desenvolvimento sofrendo de pobreza extrema. Entre 1990 e 2015, essa porcentagem foi reduzida de 44 para 12 por cento, com o número para o Leste Asiático caindo de 61 para 4 por cento (ver Tabela 1.1).



9 - Por sinal, seria isto aqui uma das causas do relativo sucesso turco mesmo em meio a ações monetárias meio malucas? ...Essa mudança dramática nas taxas de crescimento econômico dos países também levou a um grande movimento no centro de gravidade da economia global. De acordo com os cálculos do economista Danny Quah, em 1980 o centro de gravidade da economia global estava localizado no meio do Atlântico, refletindo como a maior parte da atividade econômica mundial ocorria na América do Norte ou na Europa Ocidental.¹ Em 2008, como resultado da ascensão contínua da China e do resto do Leste Asiático, o centro de gravidade havia se deslocado para o leste até um ponto logo ao sul de Izmir, Turquia, na mesma longitude de Minsk e Joanesburgo (veja a Figura 1.3). Além disso, extrapolando o crescimento em quase 700 locais, Quah calcula que em 2050 o centro de gravidade econômico mundial ficará entre a Índia e a China.


10 - (Pontos de que discordo estou ignorando aqui. Não anoto).


11 - Critica Smith e seus supostos continuadores atuais ou quase por não levarem em conta a inovação (o conhecimento) em seus sistemas de crescimento. 


12 - Interessante isto aqui. Não sabia. Por exemplo, Antonio Serra (que Joseph Schumpeter observou como "o primeiro a compor um tratado científico sobre princípios e políticas econômicas") procurou explicar em seu Breve trattato de 1613, ou "Breve tratado", por que sua cidade natal, Nápoles, permaneceu tão pobre apesar dos abundantes recursos nacionais, enquanto Veneza, precariamente construída em um pântano, estava no centro da economia mundial. Serra acreditava que isso acontecia porque os venezianos eram incapazes de cultivar a terra como os napolitanos e, portanto, foram forçados a depender de sua indústria para sobreviver, aproveitando os retornos crescentes de escala oferecidos pelas atividades de manufatura. Na visão de Serra, a chave para o desenvolvimento econômico era ter um grande número de atividades diferentes, todas sujeitas aos custos decrescentes dos retornos crescentes.


13 -  A escola de pensamento de eficiência de mercado, no entanto, tem menos de 250 anos e tem suas raízes nos fisiocratas (ou seja, aqueles que aderem à "regra da natureza"). A economia convencional de hoje traça sua ancestralidade até os fisiocratas, que, ao identificar a riqueza nacional com a atividade produtiva em vez da acumulação de ouro, foram revolucionários para sua época.


14 - Segundo Sainsbury, Smith também ignorou a Revolução Industrial acontecendo ao seu redor, razão pela qual a produção de máquinas, o empreendedorismo humano, a tecnologia e a promoção estatal da manufatura não desempenham nenhum papel em seu pensamento. Ele ficou na divisão do trabalho, coloca.


15 -  Hamilton também refutou as ideias de Smith de não interferência governamental, argumentando que isso seria prejudicial para o comércio com outros países, e pensou que, como os Estados Unidos eram principalmente um país agrário, as ideias de Smith o colocariam em desvantagem em suas negociações com a Europa.


16 - List também entendeu que a inovação é o motor do crescimento econômico, como demonstrado pelas seguintes citações de seu livro de 1841 The National System of Political Economy, que o economista inglês Christopher Freeman corretamente disse que poderia muito bem ter sido chamado de "The National System of Innovation". Cita uma carta: ..."Não é verdade que o poder produtivo de uma nação é restringido pelo seu capital de matéria.  A maior parte do poder produtivo consiste no poder intelectual e condições sociais dos indivíduos, que chamo de capital da mente."


17 - A Escola Histórica Alemã surgiu em parte como uma reação às ideias de laissez-faire que se espalhavam pela Europa na época, e rejeitou explicitamente a economia como praticada pela Escola Clássica Britânica de David Ricardo e John Stuart Mill. Ela sustentava que a história era a principal fonte de conhecimento sobre ações humanas e questões econômicas, já que a economia é específica da cultura.


18 - Enaltece Schumpeter como principal mestre da escola histórica. Via a competição como processo dinâmico de sucessão de desequilíbrios; considerava que a concorrência de preço não era a principal, minimizando o modelo de competição perfeita e importando inovar, ou seja, inovação e empreendedorismo eram as molas do sistema capitalista.


19 - Repete o histórico da Inglaterra protecionista que já li/fichei em Chang. Eram várias e várias políticas no decorrer do tempo. Exemplos: foram introduzidas regulamentações para controlar a qualidade dos produtos manufaturados, especialmente produtos têxteis, para que fabricantes inescrupulosos não prejudicassem a reputação dos produtos britânicos em mercados estrangeiros. (...) Posteriormente, à medida que quantidades crescentes de tecnologia foram incorporadas em máquinas, as exportações de máquinas também ficaram sob controle do governo. As tentativas atuais e tardias dos EUA de interromper o fluxo de inovação para a China não são nenhuma novidade


20 -  Havia o que pareciam ser exceções, como Suíça e Holanda, mas eram países que já estavam na fronteira tecnológica ou muito perto dela, e portanto não precisavam de proteção da indústria nascente.


21 - Solow, o sol dos neoclássicos: Deve-se dizer, com justiça, que o artigo de Solow de 1956 não apresentou o modelo como uma "explicação" do crescimento, mas sim uma crítica e uma alternativa aos modelos de não equilíbrio de Harrod e Domar, que argumentavam que era muito improvável que o crescimento econômico fosse compatível com o pleno emprego sustentado de capital e trabalho. O modelo de Solow, no entanto, descreveu a abordagem de equilíbrio para a economia no longo prazo e, assim, tornou-se a base do pensamento neoclássico sobre o crescimento econômico.


22 - Depende que PTF não é apenas aperfeiçoamento, tem a ver com criar o novo. O primeiro desses elementos é a demanda por um produto ou serviço específico. Essa demanda por um produto ou serviço específico pode ser bem conhecida ou latente. Por exemplo, quando Steve Jobs produziu o primeiro computador Apple, não era óbvio que havia uma enorme demanda latente por computadores pessoais baratos, e foi um exemplo de seu gênio empreendedor que ele viu que esse era o caso.


23 - Spoiler: argumentarei que há uma escada de desenvolvimento econômico, cujos degraus representam produtos que exigem quantidades crescentes de capacidade organizacional e tecnológica, e que produzem quantidades crescentes de valor agregado per capita devido a menos empresas serem capazes de produzi-los. (...) a inovação é o motor do crescimento econômico.


24 - Coloca-se contra qualquer planejamento autoritário. Instituições de mercado inclusivas são aquelas que permitem e encorajam a participação da grande massa de pessoas em atividades econômicas, que fazem o melhor uso de seus talentos e habilidades, e que permitem que os indivíduos façam as escolhas que desejam. Para serem inclusivas, as instituições econômicas devem apresentar propriedade privada segura, um sistema de lei que dê a todos direitos iguais e lugares nos quais as pessoas possam trocar bens e serviços. Elas também devem permitir a entrada de novos negócios e permitir que as pessoas escolham suas carreiras.


25 - Embates ingleses: ...Essas elites viam que, consistente com a ideia de destruição criativa de Joseph Schumpeter, a disseminação de indústrias, fábricas e cidades tirava recursos da terra, reduzia os aluguéis de terras e aumentava os salários que os proprietários de terras tinham que pagar a seus trabalhadores. Os proprietários de terras, portanto, se opunham à industrialização. (...) Na Inglaterra, no entanto, a industrialização decolou porque os eventos que levaram até e incluindo a Guerra Civil de 1642-51, e a Revolução Gloriosa de 1688, levaram à abolição dos monopólios e ao estabelecimento de instituições mais inclusivas.


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