Livro: Armen A. Alchian, William R. Allen - Universal Economics - Capítulo 42

                                                                                                                                      

Livro: Armen A. Alchian, William R. Allen - Universal Economics



Pgs. 721-746


"CAPÍTULO 42: "DINHEIRO, PREÇOS E INFLAÇÃO"


516 - Defendem a maior liberdade para os preços possível, já que são os grandes sinalizadores da economia. Exemplo: Como as taxas de juros nominais (do tipo que vemos cotadas todos os dias) respondem a expectativas mutáveis sobre o futuro poder de compra do dinheiro, as mudanças nas taxas de juros reais são obscurecidas, então os recursos são mal alocados. As decisões de poupança e investimento são afetadas; o crescimento é prejudicado


517 - As pessoas sabem que são prejudicadas pela inflação, então naturalmente buscam ativos e moedas alternativas que devem manter melhor o valor real. No entanto, por mais de quarenta anos — de 1933 a 1974 — o governo dos EUA tornou ilegal para cidadãos americanos manterem ouro como forma de se protegerem da queda do poder de compra do dólar americano.


518 - Cita os choques de oferta como perturbações temporárias na inflação que tendem a não ser persistentes. Se um novo preço alto da energia se mantiver, por exemplo, a tendência é que seja acomodado e a produção total de outros bens reduzida (aqui estão subestimando indexação da economia e inflação inercial, mas ok). Geralmente, o motor primário da inflação será mesmo o aumento da oferta monetária, colocam (parecem contemplar o papel da demanda na retenção ou não de dinheiro, mas talvez como algo secundário). Há outros. Pode haver exceções à regra de que a inflação persistente foi resultado de quantidades crescentes de dinheiro — aumentando mais rápido do que o aumento em bens e serviços reais. Historicamente, houve alguns episódios em que o aumento do nível de preços foi resultado de um declínio persistente e de longo prazo na quantidade de bens sendo produzidos e consumidos — como a Fome da batata irlandesa, Peste Negra ou Peste Bubônica na Europa.


519 - Incerteza podendo comprometer produtividade: Uma vez introduzida a incerteza sobre o poder de compra do dinheiro, surgem sinais sobre o significado das alterações nos preços relativos e nas taxas de juro. (...) Tanto produtores quanto consumidores cometerão erros que teriam evitado se o dinheiro fosse estável. Pode prejudicar a otimização da alocação de recursos. (...) Detectar mudanças em preços relativos se torna mais difícil e menos confiável durante a inflação, quando todos os preços em dólar estão subindo. (...) Durante inflações persistentes, comparações devem ser feitas entre muitos preços, que estão mudando em taxas diferentes. Isso é difícil, e haverá informações não confiáveis, com confusão e erros nas decisões de compra, produção e investimento.


520 - Não culpam déficit fiscal, mas sim as autoridades monetárias. Os bancos centrais são os veículos que os governos usam para aumentar a oferta de dinheiro para produzir inflação


521 - . Quando as nações baseavam seu dinheiro em ouro e prata, havia longos períodos em que a média de todos os preços em termos desse dinheiro lastreado em espécie declinava.


522 - Senhoriagem/imposto inflacionário: Imprimir mais dinheiro para financiar o governo não é necessariamente indesejável, pelo menos do ponto de vista dos políticos. Muitas nações menos desenvolvidas não têm um sistema eficaz de impostos explícitos. Impostos de renda e impostos sobre vendas exigem que o governo possa verificar rendas e vendas de forma confiável. Se não puderem fazer isso, muitas atividades são financiadas pela impressão de dinheiro.  


523 - ...Inflação e curso forçado: ...Mesmo quando o público entende que o poder de compra do papel-moeda está caindo, eles têm pouca escolha a não ser aceitá-lo porque é a única maneira de pagar os impostos explícitos que devem.


524 - Mencionam como a inflação pode distorcer impostos, taxando excessivamente ganhos nominais que não são reais, seja em operações de compra e venda ou não-corrigindo a tabela de faixas de isenções e alíquotas de imposto de renda. Sem contar os ganhos do governo nos títulos pré-fixados que são corroídos pela inflação.


525 -  Se a taxa de juros nominal dos títulos do governo, ou quaisquer outros títulos, refletir um prêmio de ajuste de inflação corretamente previsto (que corresponderá à taxa de inflação realizada), tanto o credor quanto o devedor estarão protegidos de transferências interpessoais não intencionais de riqueza.


526 - "Esgotados": Preços “publicados” nos quais nenhum dos bens está disponível, ou são tão altos que há pouca demanda, não são significativos.


527 - (Não tou anotando coisas que discordo. Aumento da oferta monetária não gera inflação por si só, como na "pergunta dos professores").


528 - Há um APÊNDICE A DO CAPÍTULO 42: ADAPTAÇÃO À INFLAÇÃO. É meio que uma crítica ao índice de inflação. Quando as pessoas trocam carne, que subiu, por frango, por exemplo: Essa substituição por itens de preços mais baixos e se afastando dos de preços mais altos reduz o custo em dólares da cesta abaixo do que seria se os clientes persistissem teimosamente em comprar uma quantidade inalterada de carne bovina. (...) Como o IPC não leva em conta essa mudança e, em vez disso, mede o custo como se as pessoas continuassem comprando as quantidades originais, ele tende a superestimar o custo de vida quando os preços relativos mudam, como acontece independentemente de haver ou não inflação.


529 - ...A cada poucos anos, a cesta é revisada para estar mais alinhada com os tipos de bens que as pessoas realmente consomem. Mas, nesse tempo, muitas melhorias se desenvolvem, como resultado de inovações tecnológicas e empresariais normais, parte das quais chega aos consumidores sem um preço mais alto para os bens melhorados.


530 - Colocam que os controles de preços pelo governo podem "enganar" a inflação, digamos assim. (...) Na Alemanha, três anos após a Segunda Guerra Mundial, os controles de preços foram removidos. As respostas imediatas e previsíveis foram aumentos na produção e desaparecimento de escassez, filas e alocações arbitrárias. Os mesmos resultados ocorreram no Japão e na Itália quando os controles foram removidos lá. O fim dos controles de preços não resultou em mais inflação. Em vez disso, os preços determinados pelo mercado causaram usos mais eficientes dos recursos.


531 - Ativos monetários são recursos cujos valores são fixados em um número específico de dólares, independentemente de haver inflação ou deflação. (...) Os ativos reais e os passivos reais não determinam se há ganhos ou perdas de riqueza devido à inflação não antecipada, uma vez que os seus valores mudam em proporção à inflação. Ativos e passivos monetários determinam os efeitos redistributivos da riqueza.


532 - Inflação e redistribuição: É o excesso da dívida monetária sobre o crédito monetário que gera um ganho quando a inflação foi subestimada. (...) Uma das maneiras de se tornar um devedor monetário líquido é comprar uma casa com uma hipoteca grande — com uma inflação subsequente maior do que o previsto!


533 - ...Houve períodos nos Estados Unidos e em outros países em que proprietários de casas com hipotecas grandes e de taxa fixa obtiveram grandes ganhos quando a inflação resultante foi maior do que o previsto anteriormente.


534 - Tipo de ativo. Não há ganho (nem perda) por qualquer disparidade entre ativos reais e passivos reais, porque ambos mudam na mesma proporção ao nível de preço.





FIM!



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