Livro: Armen A. Alchian, William R. Allen - Universal Economics - Capítulo 3 a 5

                                                                                                                       

Livro: Armen A. Alchian, William R. Allen - Universal Economics



Pgs. 58-76


"CAPÍTULO 3: "Escolha e Custo"


36 - “Oportunidade” é às vezes usada com “custo” — “custo de oportunidade” — para enfatizar que o custo de um ato é a melhor das oportunidades perdidas. Mesmo escolher "algo de graça" é deixar de escolher outra coisa (o segundo melhor "algo de graça"). Devemos reconhecer a diferença entre (a) o presente do direito de escolher entre os itens especificados e (b) o ato de escolher entre eles.


37 - O tal do valor subjetivo: Custo é o que você deve pagar para obter algo. Valor pessoal é o valor mais alto que você estaria disposta a pagar.


38 - Lembra que usos de bens costumam ter custos implícitos de usos alternativos. 


39 - Preço versus custo total - ou preço diferente de custo: Mais do que pagamentos em dinheiro estão envolvidos nos custos da maioria dos atos. Suponha que você gaste uma hora comprando um filme em DVD que você então compra por $ 10. Essa é uma hora de tempo disponível para alguma outra atividade, como trabalhar por $ 8 por hora. O custo total da compra é de $ 18, o pagamento em dinheiro de $ 10 mais o valor de $ 8 do que você poderia ter feito com esse tempo. (...) Suponha, em vez disso, que você contratou um agente para fazer as compras, compras e entrega por um preço total em dinheiro de $ 15 (preço de $ 10 do DVD mais o custo de $ 5 dos serviços do agente). Isso teria sido mais barato, embora o preço em dinheiro fosse maior — o custo total de $ 18 sem o agente comparado a $ 15 com o agente.


40 - Ações que são legais, mas incidentalmente impõem custos ou perdas a outras pessoas são “externalidades”. Queimar folhas no inverno (ou mesmo uma fogueira de São João): Se você tivesse direitos de propriedade bem definidos e executáveis para arejar sua terra, eu teria que compensá-lo pelo direito de despejar fumaça em sua propriedade. Então eu teria que levar esses custos em conta ao decidir se queimaria folhas ou as levaria para um depósito.


41 - Externalidades pecuniárias: Quando este livro didático foi publicado, ele reduziu o valor de mercado de textos concorrentes. Outros editores de texto não precisaram ser compensados pela perda no valor de mercado de seus textos. Ninguém tem direitos a valores de mercado específicos de recursos.


42 - Resumo:



43 - Eles vão de um extremo ao outro na "teoria das necessidades" deles: ...Não há classificação hierárquica de bens como "necessidades". Você prefere combinações de bens, em vez de um cumprimento sucessivo de bens essenciais. Muito relativismo. Não é porque não sei montar o algoritmo exato da questão que essa classificação não existe.  O princípio afirma que você está disposto a abrir mão de parte (não necessariamente de todos) de qualquer bem, se for capaz de obter o suficiente de outros bens em troca. (Você pode até abrir mão de no mínimo uns 200ml de água ao dia, seja pura ou misturada, mas tende a morrer...). Em seguida, lembram a noção de utilidade marginal decrescente:  Quanto mais você tem de algum bem, menos outros bens você está disposto a abrir mão para obter uma unidade adicional.


44 - Ainda sobre tempo e custos: O custo de um ato que toma uma hora é o valor da melhor ação alternativa abandonada durante aquela hora. (Uma medida comum, embora nem sempre precisa, do valor do tempo é o ganho que alguém poderia ter obtido durante o tempo.)


45 - Ao final, há um apêndice sobre curvas de indiferença. Sabemos o que elas são: “Adão deixaria até seu pior inimigo escolher qual dessas combinações Adão obtém!”. Mostra como funciona, por exemplo, a taxa de substituição marginal. Enfim, coisas que já vi e fichei em micro. Algumas coisas são esperadas nessas curvas: ... a inclinação se torna sucessivamente mais plana, o que significa que quanto menos de um bem uma pessoa tem, mais outros bens devem ser obtidos para uma redução adicional de unidades no bem. São taxas decrescentes de substitutibilidade marginal.



46 - ...Se a quantidade de maçãs e a quantidade de carne fossem duas vezes maiores como na situação inicial, não sabemos como essa duplicação da riqueza aconteceria afetam o valor pessoal marginal das maçãs em relação à carne. Nós não saiba como a riqueza (ter mais maçãs e mais carne) afeta sua disposição de substituir entre os bens. Mas podemos ter certeza de que em maior quantidades de um bem, sua taxa marginal de substituição com qualquer outro bem cairá. (...)  Entre as cestas I e H, a razão de substituição marginal é uma maçã para 0,8 libras de carne. Então o valor pessoal marginal de uma libra de carne é 1,25 maçãs (= 1 maçã/0,8 libras de carne). Entre E e D, o valor pessoal marginal de uma libra de carne é 0,5 de uma maçã (= 1 maçã/2 libras de carne), ou o valor pessoal marginal de uma maçã é duas libras de carne.



Pgs. 77-89


"CAPÍTULO 4: "Ganhos Com a Troca"


47 - Valor e comércio: Inicia com um exemplo válido de como alguém pode obter ganhos de comércio meramente se aproveitando de fazer a ponte entre curvas de preferências diversas (a pessoa meio que cria o mercado). Compra um "valor" de x e vende a y por outro "valor".  Ao ajudar vocês, ajudei a mim mesmo. Porém, se os custos de efetivar a troca forem maiores que o ganho máximo do comércio, a mesma não será feita.


48 - Lembram que, para haver troca, não precisa existir excedente: Nem Sam nem Joe tiveram um “excedente” ou muito do bem negociado. A característica crítica é que as duas pessoas tinham valores pessoais diferentes de água engarrafada e de granola.


49 - Valores pessoais: ...se você não pagaria os $ 100, então seu valor pessoal deve, por definição, ser menor que $ 100. Ou, ao contrário, o valor pessoal de uma pessoa é a menor quantidade de outros bens pelos quais essa pessoa venderia um bem. Se você já possuía um bem e não o venderia por menos de $ 120, então $ 120 é uma medida de seu valor pessoal para você. (...)  Ações são o que contam.


50 - Defende atacadistas, varejistas e afins: Os intermediários existem (sobrevivem) porque reduzem os custos de troca.


51 - Um comerciante que vai encerrar um negócio ou se aposentar tem incentivo a dar tocos nos clientes (adulterar produtos, por exemplo)?  Depende. Um intermediário aposentado frequentemente pode fazer melhor. Ele pode vender o negócio para um jovem protegido por uma parte dos lucros futuros, garantindo a confiabilidade do protegido. Outra restrição poderosa à trapaça “no final” é a força de um senso pessoal de vergonha.


52 - E a barganha? Essa pechincha é uma atividade de soma zero, na qual uma pessoa obtém uma parcela maior dos ganhos do comércio às custas da outra. Mas o comércio em si é uma atividade de soma positiva na qual ambos os lados ganham



Pgs. 90-108


"CAPÍTULO 5: "Demandas e Leis da Demanda"


53 - As vantagens dos mercados são tão amplamente reconhecidas que tribos “primitivas” fazem tréguas nos dias de mercado. Vários líderes políticos medievais acumularam fortunas promovendo mercados (feiras) em suas cidades favoritas e convidando comerciantes estrangeiros para comparecer — por uma taxa modesta.


54 - Sobre demanda, lembram os termos. Diferença entre crescer a demanda e crescer a quantidade demandada. A “quantidade demandada” é o montante demandado em qualquer um dos preços no cronograma. Um aumento na “demanda” significa que todo o cronograma das quantidades listadas aumentou. A linha se desloca. Se deslocar "pela linha" é mera mudança da quantidade demandada. Embora muitos outros fatores afetem a quantidade demandada — renda, saúde, idade, sexo, tamanho da família, experiência pessoal anterior, preços de outros bens —, presume se que eles permaneçam inalterados durante o tempo em que a tabela de demanda é usada.



55 - Pela terminologia comum, a quantidade demandada de um bem “normal” aumenta ou diminui com aumentos ou diminuições na renda. “Elasticidade renda da demanda” — a mudança proporcional na quantidade demandada em relação à mudança proporcional na renda — é positiva, mas não necessariamente unitária. Se menos do bem for comprado como resultado de uma renda maior, o bem é designado como “inferior”. Nossa atenção é geralmente direcionada às respostas da demanda a mudanças na renda de bens “normais”, ou seja, bens com elasticidade renda da demanda positiva.


56 - Inflação relevante dificulta tudo:  Você tem que olhar para muitos outros preços, mais do que se não houvesse inflação. Mais erros de cálculo e comparação são então cometidos. Dificulta a tomada sábia de decisões, comprometendo até mesmo a produtividade.


57 - Valor total de mercado não é valor pessoal total (o excedente do consumidor faz diferença): Não seja como um governador da Califórnia que, ao defender uma lei que reduziu a quantidade total de tomates colhidos na Califórnia— gabou-se de que o valor total de mercado havia aumentado. (Ele se esqueceu de mencionar que a colheita menor tinha um valor pessoal total menor.) O aumento no valor de mercado de toda a colheita pode ter feito os produtores de tomate mais rico, mas custou à sociedade uma redução no valor pessoal total.



58 - ...Em geral, um preço mais alto por um bem reduzirá a quantidade demandada e, portanto, reduzirá tanto o valor pessoal total quanto o excedente do consumidor. (...) Mas esse preço mais alto pode fazer com que os gastos do consumidor com o bem (valor de mercado) aumentem ou diminuam.



59 - Os valores pessoais médios e os custos médios não dizem quanto será comprado. Na tabela 5.2, na quinta unidade, o valor pessoal marginal é $.60, e o valor pessoal médio por unidade de 5 unidades é $4.00/5, ou $.80. No entanto, você não compraria um quinto se custasse mais de $ 0,60, seu valor pessoal marginal.


60 - Explicam bens substitutos e complementares. Essa mudança na curva de demanda por um bem causada por uma mudança de preço em outro é um efeito de “preço cruzado”.


61 - Não gostam da palavra "utilidade" para tratar do valor:  ...Mas o que é “utilidade” para uma pessoa é frequentemente “desutilidade” para outra. Fumar, álcool, literatura pornográfica, golfe e jogar em computadores.


62 - Lembram que a demanda total - digamos assim - pode ser a mesma ainda que as quantidades demandadas mudem (no fundo, o que estará sendo modificado é o excedente do consumidor, maior a menor preço). Exemplos aqui na demanda do Sr. A por lápis a determinados preços:



63 - Tabelas e curvas de demanda não servem para compras sucessivas (minutos ou horas depois, antes do consumo e saciedade, digamos). Um novo estoque adicional muda a coisa. A tabela de demanda de uma pessoa relaciona suas quantidades demandadas a preços alternativos possíveis em um determinado momento; se uma compra for feita, as circunstâncias que afetam suas preferências serão alteradas, e ela terá uma nova tabela.


64 - Obs: o padrão de compras pode ser bem diferente da taxa de consumo. Uma pessoa pode ir comprando 10kg de algo todo mês, por exemplo e consumir 0kg em determinado(s) mês(es). Ao que entendo, estamos interessados no padrão de compras (em um "determinado momento"!).


65 - Ratificam: A mudança de bem-estar não é medida pelo valor total de mercado (...). Se a elasticidade da demanda for menor que um, uma oferta maior reduzirá o valor total de mercado (receita total de mercado), enquanto o valor pessoal total aumenta devido à oferta maior (maior valor total medido pela área total sob o relevante.


66 - Preços sem dinheiro: As taxas de câmbio entre bens são preços, independentemente de o dinheiro ser ou não um dos bens trocados. O preço relativo é o mais importante.


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