"Livro": Ricardo Sasseron - Determinantes da Produtividade (PTF e CGI) - Capítulos 3 a 6

                                                                                           

"Livro": Ricardo Sasseron - Determinantes da Produtividade (PTF e CGI)



Pgs. 36-40


"CAPÍTULO 3: "Metodologia de cálculo da PTF"


30 - Ao que entendi, outros métodos tentam fazer uma medida "não-residual" da PTF, mas o trabalho optou pela residual (que deve ser a mais tradicional também?). (...) Buscando melhor esclarecer esse resíduo, a literatura de crescimento econômico incorporou, ao longo dos anos, outros fatores na função de produção, sendo que o capital humano é adotado na maioria dos trabalhos empíricos, principalmente depois do trabalho seminal de Mankiw, Romer e Weil (1992), que explorou a importância de se considerar o capital humano na função de produção, obtendo um melhor ajuste do modelo aos dados. É o chamado Modelo de Solow Ampliado.


31 - Seja uma função de produção dada por Y = F (A, K, L, h), em que o produto Y da economia depende do capital físico (K), do trabalho (L), do capital humano por trabalhador (h) e do termo A, que representa a Produtividade Total dos Fatores (PTF).


32 - (Este capítulo da metodologia só entende boa parte quem tem alguma base na coisa).


33 - Educação, capital humano e retornos marginais decrescentes: No presente trabalho, os valores de capital humano por trabalhador serão obtidos diretamente da base de dados da PWT, que utiliza a metodologia adotada em Caselli (2005), em que a função φ(·) é dada por:




Pgs. 41-48


"CAPÍTULO 4: "Modelo teórico e estimadores utilizados na análise empírica"


34 - (Este aqui foi mais grego ainda pra mim).



Pgs. 49-59


"CAPÍTULO 5: "Base de dados"


35 - Usou a Penn. A PWT constrói taxas de câmbio com base na Paridade do Poder de Compra (PPP).


36 - Nunca tinha visto essa distinção entre PIB tradicional e PIB "oferta", que visa anular efeitos da variação dos termos de troca (que, segundo me parece, tendem a ser reais em termos monetários na prática, mas não dizem algo sobre a quantidade/produtividade?): Assim, países que melhoram seus termos de troca, no sentido de preços de exportações maiores que a média ou preços de importações menores que a média, vão apresentar um aumento no CGDPe, mesmo que sua produção não tenha mudado, pois, para encontrar essa medida, o PIB nominal é deflacionado por um conjunto de preços que ignora os valores dos produtos transacionados com outros países, dando a falsa impressão de que a produção desses países aumentou por conta de termos de troca mais favoráveis, o que não acontece com a medida CGDPo, que leva em conta os preços das exportações e importações. Como o objetivo do trabalho é comparar a produtividade dos países, será adotado o PIB sob a ótica da produção como medida do produto, conforme sugerido por Feenstra, Inklaar e Timmer (2013).


37 - A parte que fala do exemplo concreto brasileiro achei confusa. Por que usou a medição com "dados aberrantes", por exemplo?


38 - As medidas do estoque de capital físico, disponibilizadas nessa versão da PWT, são calculadas com base em dados por tipo de investimento, tanto em edificações quanto em máquinas e equipamentos. Usando diferentes taxas de depreciação para cada tipo de ativo, as séries de capital são construídas pelo método do inventário perpétuo.


39 - Boa correlação entre capital físico e os diversos PIB per capita? (creio que de todos os países da PWT? Não ficou 100% claro lá se é isso):



40 - Ainda sobre a PWT: Outra novidade na versão 8.1 é a introdução de uma medida da participação da renda do trabalho no PIB, denominada LABSH, permitindo que essa variável seja diferente entre países e ao longo do tempo, ao contrário do que tipicamente era feito nos trabalhos sobre contabilidade do desenvolvimento, que assumiam uma taxa constante para todos os países, normalmente igual a 0,7 (FEENSTRA; INKLAAR; TIMMER, 2013). A média da participação do trabalho na renda foi de 0,51, em 2011, para os 128 países que possuem dados disponíveis (caindo de 0,57 em 1960 e 0,55 em 1980).



41 - Capital humano com base nos parâmetros do ponto trinta e três acima e PIB per capita:




42 - PTF da PWT: A PTF é estimada com base em uma função de produção translog, conforme apresentado no Capítulo 3, utilizando os parâmetros e inputs da própria base. (...) Na Figura 5 a seguir, é exibida a dispersão da PTF disponível na base de dados da PWT 8.1 contra o PIB per capita, em 2011. O valor da PTF é normalizada de forma que os Estados Unidos possuam um valor igual a 1. (Fico curioso com os outliers... quais seriam?)



43 - O CGI: O índice utiliza, atualmente, 114 indicadores, muitos dos quais de fontes externas: Fundo Monetário Internacional (FMI); Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura; e Organização Mundial da SaúdeNo entanto, a maior parte dos indicadores utilizados são de uma pesquisa do próprio FEM, denominada Executive Opinion Survey (EOS), que, em 2015, entrevistou mais de 14 mil líderes de negócios, em 144 países, o que resulta em uma média de quase 100 entrevistados por país. Em 2015, o índice cobriu um total de 140 países, que representaram 98,3% do PIB mundial (World Economic Forum, 2015, p. 5). Escala de um a sete.




Pgs. 60-67


"CAPÍTULO 6: "Evolução da produtividade no Brasil e comparação com outros países"


44 - As diferentes medidas de PTF: Primeiro, partiu-se de um valor de α igual a 0,4, seguindo o artigo de Gomes, Pessôa e Veloso (2003), e da quantidade de trabalho dada pelo número de trabalhadores. Essa medida é chamada de “PTF. Depois, adotou-se o número de horas trabalhadas como estimativa da quantidade de trabalho, L, sendo esta denominada “PTF-H. A terceira medida de produtividade explorou a estimativa da participação do trabalho na renda, LABSH, para calcular a participação do capital na renda (α = 1 LABSH); ela é chamada de “PTF-Alpha. Por último, foi calculada a PTF tanto com as horas trabalhadas quanto com o α variável no tempo e por país da PWT, chamada de “PTF-H-Alpha.



45 - A forte oscilação do PTF-Alpha: De fato, realizando-se um experimento no cálculo da PTF com o α fixo, uma mudança de 12,5% no valor do parâmetro, de 0,4, para 0,45, faz com que a “PTF-Alpha” do Brasil, em 2011, passe de 128 para 76, uma queda de cerca de 40%. A razão da alta sensibilidade dessa medida de PTF à alterações em α é a natureza exponencial da relação entre esse parâmetro e as variáveis da função de produção, dada pela Cobb-Douglas.



46 - A função translog é bem menos sensível às alterações do parâmetro α do que a Cobb-Douglas, apresentando um comportamento menos volátil. A razão é que na função translog o α aparece de forma multiplicativa, e não como a potência das variáveis.

 


47 - Produtividade do trabalho: De fato, segundo os dados da PWT, o brasileiro médio, que trabalhava 2.145 horas por ano em 1970, passou a trabalhar em média 1.841 horas por ano em 1998 (quando a série se estabiliza nesse patamar), uma redução de quase 15% na jornada de trabalho.



48 - PTF versus produtividade:



49 - ...Essa discrepância resulta da contabilização, pela PTF, de outras medidas de insumo além do trabalho, particularmente o capital humano, que cresceu 67,9% entre 1970 e 2011, e a intensidade de capital por trabalhador, que teve um aumento de mais de 120% nesse mesmo período.



50 - Surpreso aqui: As experiências de México e Chile mostram uma performance da PTF ainda pior que a brasileira no período considerado.



51 - (Também não entendo bem porque o México tinha essa PTF toda. Seria uma pergunta interessante pro texto, mas apenas jogou esses dados aí por enquanto).


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