Livro: IPEA - Desafios da Nação (2018) - Capítulos 1 a 3

                                                                

Livro: IPEA - Desafios da Nação (2018)



Pgs. 17-24


"CAPÍTULO 1: "Crescimento Econômico - Retomar a Expansão Acelerada da Renda per Capita"


1 - Pulei a apresentação que pareceu mero blábláblá. Não é bem um livro, apesar das cento e tantas páginas, mas sim um documento do IPEA da Era Temer. Cada capítulo é um tema. Enfim, ver/ler nesse contexto aí. Dados de até agosto de 2017. Na parte de "notas", ao final do documento, tem a fonte geral (autor e tal) em que cada capítulo se baseou. 


2 - Gráfico interessante sobre nosso nível de poupança/investimento em relação ao de outros países:



3 - Fazem umas projeções bem vagas/gerais/abertas. Nem vou detalhar. A ideia geral é que reformas microeconômicas pró-investimentos, com estabilidade macro, criariam um ambiente favorável. A consequência? Neste caso, a taxa de investimento convergiria para 22% do PIB – nível observado nos países de renda alta –, com 20% do total de investimentos sendo destinado à infraestrutura. O PIB per capita cresceria 1,5% a.a. entre 2016 e 2050, acumulando elevação de 65,2% no período. (Até hoje o Brasil espera isso). Dá outros cenários mais e menos otimistas depois.



4 - Programa sugere, entre outras coisas:  A principal responsabilidade da política monetária é manter a inflação sob controle, preservando o poder de sinalização dos preços na alocação de recursos entre diferentes atividades e setores e propiciando aos agentes econômicos condições para cálculos de longo prazo. (...) As políticas protecionistas que visaram à substituição de importações em setores específicos escolhidos pelo governo terão de ser trocadas por políticas horizontais que deem condições para as empresas brasileiras competirem internacionalmente.


5 - Afirma que o bônus demográfico e os ganhos decorrentes de industrialização e urbanização já decorreram, logo, não dá pra sonhar muito alto nas metas.


6 - Enfim, capítulo mais abstrato mesmo, mas dá pra ver o que querem.



Pgs. 25-34


"CAPÍTULO 2: "Regime Fiscal - Regras para o Crescimento Sustentado"


7 - Evolução da receita do governo central em relação ao PIB:



8 - Dívida bruta:



9 - Crítica ao otimismo da Era Lula/PT:  Embora seja prioritária, a discussão sobre eficiência parece ter sido sempre deixada de lado, devido à ilusão de que o crescimento baseado em mais crédito e mais demanda, aliado ao superciclo das commodities e à expectativa de arrecadação com o óleo do pré-sal, seria suficiente para gerar receitas capazes de financiar as contínuas ampliações de gastos.


10 - No mais, um capítulo bem vago.



Pgs. 35-44


"CAPÍTULO 3: "Mercado de Trabalho - Mudanças Institucionais e Produtividade"


11 - Creio que foi antes da reforma trabalhista de Temer esse texto. 


12 - Menciona os problemas de uma alta rotatividade no mercado de trabalho: Em termos práticos, quanto mais alta for a rotatividade, menor tende a ser a perspectiva, inferida pelo trabalhador, de progressão na empresa, e consequentemente seu próprio esforço. O "contra-ataque" do patrão é nem pensar na perspectiva de treinamento. Assim, há um ciclo vicioso entre rotatividade e qualidade da relação de trabalho, reforçado pela falta de política de valorização do empregado.



13 - Enfatiza a importância de "canais de diálogo" a fim de aparar os antagonismos (enfim, maquiar a luta de classes). Quando o mecanismo não funciona a contento, predomina a saída de trabalhadores, levados por apatia, insatisfação, descompromisso e falta de canais de diálogo com gerentes e/ou empresários. Demissões e desperdícios.


14 - ...De forma geral, o papel institucional dos sindicatos, além de propiciar a vocalização da insatisfação dos trabalhadores (incluindo reclamações individuais), funciona também em prol das empresas, por conta da redução dos custos de transação e dos custos de agência próprios às relações de trabalho. (...) Os custos de transação incluem recursos e tempo gastos pelos agentes ao recorrerem às diferentes instâncias para mediação de transações. Os custos de agência incluem os recursos necessários para monitoramento de resultados e garantia de incentivos para que os trabalhadores entreguem os resultados esperados. Melhor que negociar cada reclamação individualmente, crê. 


15 - Pesquisa sobre sindicatos na época: O número de seus associados corresponde a 18,8% dos trabalhadores em sua base. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2015, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informam que 26,4% dos trabalhadores não associados não sabem que sindicato os representa e 11,8% ignoram como se associar. Falta visibilidade da ação do sindicato. Entre os não filiados, há aqueles que consideram baixa a eficiência dos sindicatos. Para 23,6% deles, não são oferecidos serviços de seu interesse, e 16,6% disseram não confiar no sindicato como seu representante.


16 - ...Com a inaptidão dos canais de via negociada para resolver conflitos, só resta reclamar na justiça – mais de 17 milhões de processos trabalhistas foram abertos de 2011 a 2015, o que representa uma ação judicial para cada doze trabalhadores formais no Brasil.


17 - ...Segundo dados de 2015 da Coordenadoria de Estatística e Pesquisa do Tribunal Superior do Trabalho, apenas na primeira instância, um processo trabalhista demora em média sete meses na fase de conhecimento, além de 43 meses na execução (caso ela seja necessária).


18 - FGTS e multa de 40%: Por um lado, a multa visa reduzir a rotatividade do trabalho e aumentar a duração do emprego, influindo positivamente na produtividade. Por outro lado, a multa pode tolher a capacidade de as empresas ajustarem livremente sua mão de obra, causando um enrijecimento prejudicial a ganhos de produtividade. A multa também concorre para crescimento da informalidade.


19 - Coloca que o baixo rendimento do FGTS incentiva que trabalhadores queiram se apoderar dos recursos, ou seja, a demissão ganha um lado bom, o que aumenta a rotatividade.


20 - Há evidências condizentes com aumentos de desligamentos no ponto em que os trabalhadores se tornam elegíveis ao seguro-desemprego no Brasil. Estudos mostram que quando o vínculo empregatício completava seis meses – que era o período mínimo para requerer o seguro-desemprego antes da mudança das regras em 2015 –, a taxa de saída do emprego atingia um pico, aumentando em 50% relativamente ao quinto mês de emprego. (...) Em resumo, no Brasil o desenho institucional do seguro-desemprego, do saque do FGTS e da multa por demissão deve ser aperfeiçoado, a fim de serem incentivadas relações de trabalho mais duradouras e reduzidas a informalidade e a rotatividade.


21 -  Apenas 0,6% das empresas tinham mais de 200 funcionários no Brasil, ainda que essas empresas empregassem 44,4% dos trabalhadores formais, conforme dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2015.


22 - Comparativo 1995-2015 - ...a maior oferta de pessoal habilitado fez baixar a média de seu salário real:



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