Livro: Fábio Giambiagi - Brasil, Raizes Do Atraso - Capítulos 16 a 18

                                   

Livro: Fábio Giambiagi - Brasil, Raizes Do Atraso - Paternalismo Versus Produtividade (2007)



Pgs. 211-223


"CAPÍTULO 16: "As vacas sagradas (X): o viés anticapitalista"


94 - Basicamente chororô pela lógica do capital não imperar 100% ainda - como, aliás, não acontece em lugar algum, creio. Até vitória judicial é "chorada" por ter sido apertada.


95 - Coloca que o Brasil só cresceu com políticas "ruins" porque o contexto permitia. A educação era menos importante do que é hoje em dia; a competição entre os países era menor; havia mais espaço para as políticas econômicas baseadas muito mais no estímulo à demanda do que na criação de condições para o desenvolvimento pelo lado da oferta. Bastava saber apertar parafuso, simplifica.


96 - ...o lado moderno do Brasil vem sendo sufocado, e estamos desenvolvendo uma cultura do assistencialismo, em que o excluído aspira a ganhar o Bolsa-Família, a classe média aspira a passar num concurso público para ter o salário garantido por 30 anos, e os ricos se acostumaram a aplicar no mercado financeiro ganhando juros reais de 10% a.a.




Pgs. 224-240


"CAPÍTULO 17: "Um cenário fiscal: o Brasil desamarrado"


97 - Produtividade e urbanização: ...Na média, a população rural é menos instruída que a urbana. Isso significa que quando há grandes movimentos migratórios ocorrem saltos de produtividade, resultantes do fato de que uma grande massa de população menos instruída acolhe às cidades, é apresentada a novas tecnologias e acaba aumentando em muito a sua produtividade. Quando a população já é em boa parte urbana, o espaço para esses grandes saltos de produtividade torna-se então menor.


98 - A taxa de investimento baixa para padrões emergentes limita o nosso potencial de crescimento: ...Crescer muito acima do incremento do produto potencial nesse meio-tempo é a melhor receita para passarmos a ter uma inflação de demanda. Enquanto não atingirmos uma taxa de investimento mais próxima da desejável, o PIB ainda terá um desempenho relativamente modesto.


99 - Basicamente pediu reformas e prudência fiscal para Lula II e a década de 10. Tudo que quase não aconteceu até a Era Temer. Exemplo parcial do "futurismo" dele (tudo passou bem longe):



100 - Tem páginas e páginas de lista de desejos. Os últimos aqui: ...Com isso, haveria uma combinação de maior crescimento do produto potencial — partindo de níveis baixos — com ocupação gradual da capacidade ociosa existente e um aumento paulatino da taxa de investimento, de 20% do PIB em 2006, para 23% do PIB em 2010, 25% do PIB em 2014 e 26% do PIB em 2018, no final de cada gestão de Governo. A Tabela 17.2 sintetiza as taxas de crescimento das principais variáveis fiscais.




Pgs. 241-265


"CAPÍTULO 18: "A economia política do crescimento: o papel da liderança"


101 - Afirma que o bom crescimento da PTF entre 93 e 95 se deu pela abertura comercial (não teria sido mais impactante o fim dos custos, ineficiências perversas e desorganização das hiperinflações? Algo que estranhamente sequer foi mencionado...).


102 - Esse capítulo é tipo uma conclusão. Acaba ficando um "chororô" meio repetitivo, esteja certo ou errado em alguns pontos.


103 - Roberto Campos e filosofia intervencionista: ...No tocante a investimentos, o Estado deveria ser apenas um investidor pioneiro, que se retiraria de campo transferindo-se para outra atividade logo que terminada a fase pioneira, ou ainda um investidor supletivo, que compensaria as ocasionais debilidades da iniciativa privada... O Estado ficaria em áreas como educação, saneamento e afins, colocava.


104 - Lula I e FHC: ...entre 1996 e 2005 tanto quanto entre 2002 e 2005, houve em termos acumulados uma perda absoluta de renda no país como um todo e para todas as categorias individuais, à exceção do grupo das pessoas que compõem os 40% mais pobres, que tiveram ganhos reais.


105 - ...As políticas assistenciais estão dando resultados, mas há uma classe pujante que continua pagando os custos do ajustamento — e não é a dos 1% mais ricos.



FIM!


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