Livro: Krugman et al. - Economia Internacional (2015) - Capítulos 1, 2 e 3

 

Livro: Krugman et al. - Economia Internacional (2015)



Obs.: não coloquei na conta pra ler os "pós-escritos". Parecem repetições em linguagem matemática/chata.



Pgs. 22-29


"CAPÍTULO 1: "Introdução"


1 - Economia internacional / Paul R. Krugman, Maurice Obstfeld, Marc J. Melitz; [tradução Ana Julia Perrotti-Garcia]. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. ... Revisão técnica: Prof. Dr. Rogério Mori - Professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EESP) - Coordenador acadêmico dos cursos de pós-graduação Lato Sensu e de Educação Continuada da FGV/EESP.


2 - Importações e exportações dos EUA em relação ao PIB:



3 - Este déficit obviamente é fechado com grandes fluxos de capital. 


4 - Outros países:



5 - Com a abertura comercial, bens de capital locais podem perder valor e populações especificas podem perder emprego ou ver seu nível de renda cair. Isso tudo enquanto o país, como um todo, fica mais rico.


6 - Coloca que o GATT regeu o comércio internacional por setenta anos, antecedendo a OMC.


7 - O resto da introdução é meio que uma apresentação dos capítulos do livro.



Pgs. 30-41


"CAPÍTULO 2: "Comércio mundial: uma visão geral"


8 - Em 2013, o mundo todo produziu bens e serviços valendo cerca de US$ 74 trilhões a preços correntes. Desse total, mais de 30% foram vendidos cruzando fronteiras nacionais: o comércio mundial de bens e serviços excedeu os US$ 23 trilhões.


9 - Comércio internacional nos EUA (2012): ...Tomados em conjunto, esses 15 países representaram 69% do valor do comércio dos Estados Unidos naquele ano:



10 - Traz uma equação lá para o óbvio: ... o valor do comércio entre dois países é proporcional, se tudo o mais for igual, ao produto do PIB dos dois países e diminui com a distância entre eles. Chama a equação de "modelo de gravidade" do comércio mundial.


11 - O modelo de gravidade serve pra detectar as anomalias que precisam de alguma explicação especial. Olhando novamente a Figura 2.2, vemos que o comércio dos Países Baixos, Bélgica e Irlanda com os Estados Unidos é consideravelmente maior do que um modelo de gravidade poderia ter previsto. Por que isso ocorre? Citam, por exemplo, os custos de transporte no caso da Holanda e Bélgica. São os maiores portos da Europa, logo, recebem mais mercadoria do que o que seria esperado pelo modelo. Localização privilegiada. (Eu imagino que os países pequenos, de ótima localização, tendem a ter comércio desproporcional com todo mundo. A relação comércio internacional/PIB costuma ser bem maior).



12 - A proximidade pesa tanto que Canadá, por exemplo, tem tanto ou mais comércio com os EUA que a Europa inteira. Além de ser vizinho, ainda tem as facilidades do NAFTA.


13 - ...Trazem tabela mostrando que, mesmo assim, o comércio entre províncias do Canadá continua maior que o comércio com Estados norte-americanos à mesma distância. Com exceção do comércio com o extremo leste da província canadense de Nova Brunswick, o comércio intracanadense cai constantemente com o aumento da distância. Mas em todos os casos, o comércio entre a Colúmbia Britânica e uma província do Canadá é muito maior do que o comércio com um estado dos EUA igualmente distante. (...) Os economistas usaram dados como os mostrados na Tabela 2.1, junto com as estimativas do efeito da distância em modelos de gravidade, para calcular que a fronteira Canadá–EUA, apesar de ser uma das mais abertas do mundo, tem tanto efeito em dissuadir o comércio quanto se os países estivessem entre 1.500 e 2.500 quilômetros de distância. Os economistas ainda estudam os motivos para isso. Moedas diferentes tem sua contribuição, parece.




14 - A primeira onda de globalização foi entre 1840 e 1914: Na verdade, houve duas grandes ondas de globalização, a primeira se baseando não nos aviões a jato e na Internet, mas sim em ferrovias, navios a vapor e no telégrafo. Guerras, depressão e protecionismo interromperam a tendência por longas décadas:



15 - Nem tudo é comércio independente entre as nações. Grande parte desse aumento no valor do comércio mundial reflete a chamada “desintegração vertical” da produção: antes que um produto chegue às mãos dos consumidores, passa muitas vezes por vários estágios de produção em diferentes países.


16 - Abaixo, tabela com os bens e serviços mais transacionados internacionalmente no mundo. As exportações de serviços incluem as taxas de transporte tradicional cobradas por companhias aéreas e empresas de transporte marítimo, taxas de seguro recebidas de estrangeiros e os gastos por turistas estrangeiros. (colocam também que os serviços podem aumentar cada vez mais sua parcela, citando, como exemplo recente, os serviços de telemarketing 0800 prestados por indianos).



17 - Os produtos agrícolas já foram mais representativos do comércio internacional. Hoje, mesmo nações desenvolvidas importam mais manufaturados que eles. 



18 - Estudo de 2005 sobre quais serviços podem ser transacionados internacionalmente ou não (hoje deve ter muito mais possibilidade): Como mostra a figura, o estudo concluiu que cerca de 60% do total de empregos dos EUA consiste de postos de trabalho que devem ser feitos perto do cliente, tornando ­os não comercializáveis. Mas os 40% dos empregos, que representam atividades comercializáveis, incluem mais serviços do que trabalhos de fabricação. Isso sugere que o atual domínio do comércio mundial de manufaturas, mostrado na Figura 2.6, pode ser apenas temporário.



Pgs. 42-62


"CAPÍTULO 3: "Produtividade da mão de obra e a vantagem comparativa: o modelo ricardiano"


19 - Explicam as vantagens comparativas a partir dos custos de oportunidade de cada produtividade. (Meio que já fichei isso várias vezes, então nem repeti). É o modelo ricardiano de comércio internacional.


20 - ...Depois, diferenciam vantagem absoluta de relativa. Também já fichei essas coisas (em livro melhor explicado por sinal). O país pode ser pior nas duas atividades e vai se especializar na que está menos atrasado em relação ao bonzão. 


21 - Salários e diferenças de produtividade: Doméstica é seis vezes mais produtiva que Estrangeira no queijo, mas somente uma e meia vez mais produtiva em vinho, e ela termina com uma taxa salarial três vezes mais alta do que Estrangeira. (...)  Por causa de sua baixa taxa salarial, Estrangeira tem uma vantagem de custo em vinho, mesmo que tenha menor produtividade. (Em termos de médias, a explicação tem base na realidade, como se vê abaixo num quadro de 2011, porém, creio que serve mais para bens e serviços transacionáveis internacionalmente).



22 - Trazem box sobre os catorze meses de proibição do comércio internacional por Jefferson entre 1807 e 1809. A ideia era atingir principalmente a Grã-Bretanha, que dificultava e aprendia navios dos EUA que tentavam comercializar com toda a Europa (ingleses queriam embargar os franceses e vice-versa, durante a guerra). Porém, contam que quem mais sofreu com a ausência de ganhos comerciais foram os próprios EUA (queda da renda na economia real) e não a Inglaterra. Daí a revogação da proibição.


23 - Trazendo mais comparações, pensam nas horas que cada país leva para produzir determinado bem e nos salários relativos de cada mão-de-obra:



24 - ...Que país produz quais mercadorias depende da relação das taxas salariais entre Doméstica e Estrangeira. Doméstica terá uma vantagem de custo em qualquer produto para o qual sua produtividade relativa for maior que seu salário relativo, e Estrangeira terá a vantagem nos outros. Se, por exemplo, a taxa salarial de Doméstica for cinco vezes a de Estrangeira (uma relação de salário de Doméstica para salário de Estrangeira de cinco para um), maçãs e bananas serão produzidas em Doméstica e caviar, tâmaras e enchiladas em Estrangeira. Se a taxa salarial de Doméstica for apenas três vezes a de Estrangeira, Doméstica produzirá maçãs, bananas e caviar, enquanto Estrangeira produzirá apenas tâmaras e enchiladas.


25 - ...Queda da demanda internacional pela exportação do país sem ou com alteração do padrão de especialização: Podemos ilustrar esses dois efeitos usando nosso exemplo numérico, conforme ilustrado na Tabela 3.2. Talvez devêssemos começar com a seguinte situação: o salário de Doméstica é inicialmente 3,5 vezes o salário de Estrangeira. Nesse nível, Doméstica produziria maçãs, bananas e caviar, enquanto Estrangeira produziria tâmaras e enchiladas. Se o salário relativo de Doméstica aumentasse de 3,5 para 3,99, o padrão de especialização não mudaria. No entanto, como os bens produzidos em Doméstica ficariam relativamente mais caros, a demanda relativa por esses bens cairia e a demanda relativa pela mão de obra de Doméstica cairia junto. (...) Suponha agora que o salário relativo aumentou ligeiramente de 3,99 para 4.01. Esse pequeno crescimento no salário relativo de Doméstica traria uma mudança no padrão de especialização. Conforme o salário relativo geral vai aumentando, menos produtos vão sendo produzidos em Domésticas e ficando a cargo de Estrangeira.



26 - ...O resultado depende do tamanho relativo dos países (que determina a posição do RS) e da demanda relativa pelos bens (que determina a forma e a posição de RD).


27 - Existem três razões principais por que a especialização em economia internacional real não é assim extrema: (...) 1. A existência de mais de um fator de produção reduz a tendência para a especialização (como veremos nos próximos dois capítulos). (...) 2. Os países, às vezes, protegem as indústrias da concorrência estrangeira (discutido longamente nos capítulos 9 a 12). (...) 3. É caro transportar mercadorias e serviços. Em alguns casos, o custo de transporte é suficiente para levar países à autossuficiência em certos setores. Se o custo de transporte duplicar o preço da mercadoria, por exemplo, muda tudo. As relações de produtividade terão que duplicar pra manter o padrão de especialização.


28 - Por fim, citam falhas do modelo ricardiano - fica muito restrito à produtividade da mão-de-obra - que serão discutidas nos próximos capítulos, porém, asseveram que, no geral, ele condiz com a realidade.



29 - ...Era 1951 e a produtividade dos EUA excedia a britânica em todos os 26 setores (indicado por pontos), como mostrado na Figura 3.7, com margens que variam de 11% a 366%. Em 12 dos setores, no entanto, a Grã‑Bretanha na verdade tinha exportações maiores do que a dos Estados Unidos. É a vantagem relativa.


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