Livro: C. I. Jones - Introdução à Teoria do Crescimento Econômico - Prefácio e Capítulo 1

                                                                           

Livro:  Charles I. Jones - Introdução à Teoria do Crescimento Econômico (2000)



Pgs. 9-10


"PREFÁCIO"


1 - Agradece a Barro, Paul Romer e outros. Prefácio de 1997. Este livro é edição de 2000. Não sei se é muito diferente de versões atuais, mas o básico deve estar aqui.



Pgs. 11-25


"CAPÍTULO 1: "INTRODUÇÃO: FATOS DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"


2 - No início dos anos 1980, o trabalho desenvolvido por Paul Romer e por Robert Lucas na Universidade de Chicago reacendeu o interesse dos macroeconomistas pelo crescimento económico ao destacar a economia das "idéias" e do capital humano.


3 - Dados de 1990, pegando o período 1960-1990, mostravam o seguinte (vale perceber que a Venezuela pré-Chavez também já estava "virando Venezuela):



4 - Ao menos em 1990: Observe que, embora tivessem, em 1990, um PIB per capita parecido, o Japão e a Alemanha Ocidental apresentavam um PIB por trabalhador bem diferente. A taxa de participação da mão-de-obra é muito mais elevada no Japão do que nos outros países industrializados. Porém, tem a questão do câmbio aí. Não lembro se o PPC beneficiava ou prejudicava o Japão nessa comparação em dólares. (...) Cingapura tem um PIB por trabalhador de US$24.344, superior até ao PIB por trabalhador do Japão.


5 - ...É também possível argumentar que o PIB por trabalhador é uma medida de bem-estar. As pessoas que não estão incluídas oficialmente na força de trabalho podem estar dedicadas à "produção no lar" ou podem trabalhar na economia subterrânea. Nenhuma dessas atividades é levada em conta no cálculo do PIB e, nesse caso, o produto aferido dividido pelo insumo de trabalho contabilizado pode mostrar-se mais acurado para as comparações de bem-estar.


6 - Ao menos em 1990: Cerca de 40% do PIB são gastos com alimentação na Etiópia, contra cerca de 7% nos Estados Unidos.


7 - Melhorou um pouco?:



8 - Taxas de crescimento não são e não foram constantes: A taxa de crescimento médio da lndia no período de 1960 a 1990 foi de 2°/o ao ano. Contudo, de 1960 a 1980 a taxa de crescimento foi de apenas 1,3°/o ao ano; durante os anos 1980, a taxa se acelerou para 3,4°/o ao ano.


9 - ...As ilhas Maurício registraram um acentuado declínio do PIB por trabalhador de 1,2°/o ao ano nas duas décadas que se seguiram à de 1950. Contudo, de 1970 a 1990 o país cresceu a 3,6°/o ao ano.


10 - EUA e o Século XX: características do crescimento: 1. a taxa de retomo real sobre o capital, r, não mostra tendência crescente ou decrescente; 2. as participações da renda destinada ao capital, rK/Y, e à mão-de-obra, wL/Y, não apresentam tendência; e 3. a taxa de crescimento médio do produto per capita tem sido positiva e constante ao longo do tempo - isto é, os Estados Unidos apresentam um crescimento da renda per capita estável e sustentado.



11 - A economia mundial era muito aberta ao comércio internacional antes da Primeira Guerra Mundial. Jeffrey Sachs e Andrew Wamer (1995) argumentam que boa parte da liberalização do comércio efetivada a partir da Segunda Guerra Mundial, pelo menos até os anos 1980, apenas recuperou a natureza global dos mercados vigente em 1900.



12 - Crescimento econômico aparece associado a crescimento do comércio. (...) Por outro lado, a intensidade de comércio no Japão na verdade caiu de cerca de 21% em 1960 para cerca de 18º/o em 1992, apesar do rápido crescimento per capita. E quase todos os países da África subsaariana têm intensidades de comércio maiores do que o Japão. Vários desses países também registraram aumento na intensidade de comércio de 1960 a 1990, apesar do fraco desempenho em termos de crescimento econômico.


13 - É normal a imigração para países ricos: Os retornos à mão-de-obra tanto qualificada quanto não-qualificada devem ser mais elevados nas regiões de renda alta do que nas regiões de renda baixa. De outro modo, os trabalhadores não estariam dispostos a arcar com os altos custos da migração.


OBS POSTERIOR: Sobre imigração, há uma tese/twitter que eu não entendi 100% (não cliquei no link), mas mostra que pode ser um fator bem subestimado no que tange ao crescimento e PTF:


Garett Jones no Twitter: "@claudferraz The nations of Latin America are about where one would expect based on Comin, Easterly, Gong (2010). It's time to explain the centuries-long unit root in migration-adjusted TFP-- and treat it as a mundane stylized fact. https://t.co/KcS3GHPYlq https://t.co/qR4WBW30d2" / X 


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